Já fazem quatro anos que um dos maiores power trios do mundo do rock encerrou suas atividades. Estamos falando do canadense Rush. Após várias turnês mundiais e álbuns antológicos lançados ao longo de seus 40 anos de carreira, eles se decidiram por isso. Na visão deles, era o momento de fechar o ciclo deles no mundo da música. Outros fatores também influenciaram como a artrite de Alex Lifeson e o pensamento de Neil Peart em continuar tocando já sem a mesma aptidão física. O único que não pensou em parar foi Geddy Lee. Que respeitou a decisão dos dois e como eles tinham firmado um pacto em conjunto.
Quando
precisam tomar uma decisão sobre determinado assunto, os três tinham que estar
de acordo. Por isso, eles realizaram sua última turnê que celebrava os 40 anos
do trio, chamada “R40”. Ela foi
devidamente registrada no documentário “Time Stand Still (2016)”, dirigido
por Dave Heslip. Contando com
depoimentos dos próprios, sua equipe de produção e dos fãs. Antes disso tivemos
“Beyond The Lighted Stage” em 2010,
relato completo sobre a carreira deles. Aqui eles relembraram suas aventuras na
estrada e tocando de bar em bar. Como as dificuldades no início de tudo.
Em especial, ao utilizarem uma van para levar o equipamento e uma cozinha improvisada. Os primeiros ensaios e shows. As acomodações precárias para descanso. Uma das melhores histórias é quando excursionaram com o Kiss, fazendo o show de abertura. Nos intervalos, Alex criou o personagem “The Bag”. Onde usava um saco de papelão com um rosto desenhado e cobrindo parte do seu corpo. Para divertimento de todos. Até Ace Frehley ia até eles para curtir. O único que não gostava era Gene Simmons, este prezava pelo profissionalismo. Tanto dentro quanto fora do backstage. Segundo Geddy, ele ficava furioso com a curtição. Quando todos estavam bebendo e usando drogas, Gene era o cara certinho. Sobre isso Lee diz:
“Gene era firme e não ficava doidão como nós,
estando num senso de realidade diferente quando entrava no quarto de Ace.
Estávamos bebendo, fumando e geralmente sendo idiotas. Gene veio uma vez e lá
estavam duas garotas olhando para a sacola se perguntando, 'Quem é esse cara?'.
Uma delas se aproximou e tentou tirar o saco - sendo a causa imediata para a
expulsão delas do quarto. Assim, joguei fora. Gene ficou muito chateado, pois
essa era a única razão pela qual as duas meninas estavam no quarto".
Juntamente
com o depoimento do empresário e gerente de negócios do grupo Ray Danniels, se
mostra emocionado com o fim da sua jornada ao lado dos três. Mas consciente e
concordando com a decisão deles. Assim como os membros que fazem parte de sua
equipe técnica das turnês. Onde criaram um vínculo familiar muito forte e todos
estão bem tristes pelo o que estava para ocorrer. Em meio a isso, temos a
contagem regressiva para o fim da turnê. Pontuada com as apresentações ao vivo,
com eles tocando clássicos como “Tom
Sawyer”, “Subdivisions” e o medley
“2112”.
Os fãs
ganham seu espaço com a ex-assessora de imprensa da Casa Branca Jillian Maryonovich que trabalhou ao
lado do Presidente Barack Obama. Onde abandonou tudo para seguir o trio e criar
a “Rushcon”. Convenção que reúne os
fãs da banda ao redor do globo. Ela se diz emocionada e triste com o final do
Rush. Juntamente com Ray Wawrzyniac,
um dos maiores colecionadores sobre itens relacionados ao trio. Desde matérias
de jornal, fotos, vinis, fitas de vídeo e cassetes raras. Tudo devidamente
catalogado com data, hora e ano em que foram adquiridos.
E o finale com o Rush tocando pela última vez, a icônica “Working Man”. Com a emoção vai à flor da pele. Tanto eles quanto os presentes o final da caminhada ao lado de um dos maiores nomes da música. Em especial do rock’n’roll. O sentimento de dever cumprido em meio à tristeza dos fãs em seu derradeiro momento ao lado deles. O documentário é narrado pelo homem-formiga Paul Rudd. Também um grande admirador do grupo e atuou na comedia romântica “Eu Te Amo Cara (2009)”. Onde sua trilha sonora musical é embalada pelas canções do Rush como “Fly by Night”, “Tom Sawyer” e “Limelight”.
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