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"ROCKETMAN", a cinebiografia oficial de sir Elton John


Estrelas do rock sempre renderam e renderão boas histórias. Seja em livros, documentários e a onda recente com películas criando um novo gênero cinematográfico, musicais com temática rock’n’roll. Temos dois exemplos, a cinebiografia sobre o mítico vocalista do Queen Freddie Mercury, “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury (2018)” e “The Dirt: Confissões do Mötley Crüe (2019)”, sobre uma das bandas mais infames de rock dos anos 80, o Mötley Crüe. Comentamos sobre eles nos links abaixo:

BOHEMIAN RHAPSODY: A HISTÓRIA DE FREDDIE MERCURY

THE DIRT: AS CONFISSOES DO MÖTLEY CRÜE


É a deixa perfeita para um dos maiores ídolos do rock e influenciadores culturais também contar sua história, de acordo com seu ponto de vista. Estamos falando de sir Elton John. Ele se uniu ao roteirista Lee Hall, que escreveu o musical cult “Billy Elliott (2000)”, e ao diretor Dexter Fletcher. O filme ganhou o titulo de uma de suas icônicas canções, “Rocketman (2019)”. Misturando fantasia e realidade, eles nos trazem o conto sobre o jovem Reginald Dwight que com seu talento no piano se transforma em Elton John para se tornar uma das maiores estrelas do rock no inicio dos anos 70 e fincar seu nome no mundo das artes.

Ele é interpretado por Taron Egerton, o espião Eggsy da franquia “Kingsman”. Que incorporou o papel como poucos. Além de atuar, solta a voz. Seu tom vocal se assemelha ao de Elton. Somos apresentados a ele, usando um dos seus extravagantes vestuários de palco. Quando pensando que Elton está indo em direção ao palco, eis a surpresa. Ele está entrando em uma sala de reunião no melhor estilo “Alcóolicos Anônimos”. Ao sentar na cadeira diz: “Olá, meu nome é Elton Hercules John. Eu sou um alcóolatra, viciado em cocaína e em compras, bulímico, tenho acessos de raiva e sexo maníaco”. 


Assim temos a primeira ideia do que veremos. Quando pequeno, se ressente da falta de carinho do pai Stanley (Steven Mackintosh) e a frieza da mãe Sheila (Bryce Dallas Howard da franquia “Jurassic World”). A única que lhe demonstra amor e preocupação é a avó Ivy (Gemma Jones). Ele consegue uma bolsa de estudos na Royal Academy of Music e lá desenvolve seu estilo de tocar. Um garoto prodígio, já que guardava na memoria a melodia que ouvia. 

Em meio a isso, os pais se separam e Elton descobre o rock’n’roll. Decide mudar de nome, de Reggie Dwight para Elton John. A sua origem se baseia na junção dos nomes dos dois músicos, o saxofonista de jazz Elton Dean e o countryman Long John Baldry. No filme, ela vem de forma mais glamourosa. No caso, o membro de sua banda de apoio que se chama Elton e um certo beatle que compôs “Help”.  Ele segue o conselho de um experiente soulman: “Você deve matar a pessoa que nasceu para ser a fim de se tornar a pessoa que você quer ser”. 


Fazendo isso (literalmente), vai até uma gravadora e lá recebe as letras daquele que seria seu parceiro musical e de vida, o letrista Bernie Taupin. Este é feito por Jamie Bell. Eles marcam um encontro em um café e lá iniciam um vinculo que irá marca-los pelo resto da vida. Taupin manda suas letras para Elton pelo correio. E de forma instantânea, este compõe sua melodia. Apresentam para Dick james (Stephen Graham), dono da gravadora, o que fizeram até o momento. Ele não gosta de nada. Sugere que morem juntos. 

A principio, vão com a ideia adiante.  Elton e Bernie se tornam íntimos, o primeiro demonstra quem realmente é e o segundo apenas lhe diz que o adoro. Mas não do modo que Elton gostaria. São expulsos da pensão e obrigados a voltar para a casa da mãe de Elton. Durante o café da manhã, Bernie entrega a Elton, o rascunho de uma letra que acaba de compor. Ele vai ao piano e começa a imaginar sua melodia. Depois de alguns minutos, Elton canta sua letra e sua música e assim surge a antológica “Your Song”.


Assim temos o inicio da jornada de Elton. A sua ascensão meteórica com o primeiro show na casa de espetáculos Troubadour em Los Angeles e o encontro daquele que seria o amor de sua vida, o empresário John Reid. Interpretado por Richard Madden (o Robb Stark de “Game of Thrones”). Junto às ótimas vendas de seus álbuns, a fama e a fortuna batem na porta de Elton. Consequentemente ele não segue o conselho de Dick, “Não se mate usando drogas”. Os excessos com álcool e o uso continuo de cocaína, o levam a um estagio de euforia e êxtase. Que o fazem perder a noção do tempo. Dai o mote para “Rocketman”.


O retrato honesto de uma pessoa que lutou para chegar onde está agora. Taron nos entrega uma interpretação cheia de emoção e carisma. Caindo como uma luva no papel. Como não poderia ser diferente o repertorio de Elton pontua os principais momentos de sua tortuosa vida. A transição do Reggie para o rock’n’roll em “Saturday Nignt’s Alright For Fighting”, a performance arrasadora no Troubadour com “Crocodile Rock”. Os excessos pontuados em “Bennie and the Jets”, a briga com Bernie com “Goodbye Yellow Brick Road” e a volta por cima com “I Still Standing”. Esta com a recriação do clássico videoclipe dos anos 80. A reconstituição de época está perfeita (o final dos anos 40 ao inicio dos anos 70) e o deslumbre na reprodução do vestuário usado por Elton em seus shows e no seu cotidiano. O trabalho do figurino Julian Day está primoroso. 

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