Depois
de muitas idas e vindas, finalmente saiu do papel a película que conta a
história de um dos maiores grupos de rock de todos os tempos, juntamente com a
de seu icônico vocalista. No caso, estamos falando do Queen e Freddie Mercury.
Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria) mantem o legado
da banda vivo em constante turnê ao lado de músicos convidados e soltando
material inédito em coletâneas ou edições comemorativas de seus álbuns mais
marcantes. Recentemente, foi celebrado os 40 anos de “News of the Word (1977)”. Já que o baixista John Deacon, após o falecimento de Freddie em 24 de novembro de 1991,
se aposentou.
May
& Taylor sempre tiveram em mente fazer um filme sobre a história
deles e ao mesmo tempo, homenagear Freddie. Desde 2010, o projeto estava encaminhado com
roteiro a ser escrito por Peter Morgan
e direção de Stephen Frears. A dupla responsável pelo elogiadíssimo “A Rainha (2006)”. Para ser Freddie, o
escolhido na época foi o comediante Sasha Baron Cohen. Que chamou
atenção de todos para ser quase semelhante a Mercury, por causa do seu
personagem, o repórter do Cazaquistão sem noção Borat.
Foi
se passando o tempo, tanto Frears e Cohen, deixaram o projeto. O roteiro de
Morgan foi revisado por Andrew McCarten
e Ben Wisham (o novo Q da franquia 007) foi mencionado para substituir Sasha. Porem
quem pegou o papel foi Rami Malek (o
Elliot da série “Mr. Robot, desde 2015”).
Para a cadeira de diretor foi confirmado Bryan Singer, recém-saído da saga mutante X-Men. Para ser Brian
temos Gwilym Lee, Roger é feito por Ben Hardy (o Anjo de “X-Men: Apocalipse, 2016”) e Joseph Mazzello (o garotinho de
“Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros,
1993”) interpreta John. Para ser a eterna namorada de Freddie, Mary Austin, temos Lucy Boynton. E os veteranos Aidan Gillen (o Littlefinger da série “Game of Thrones, desde 2011”) e Tom Hollander são os empresários John
Reid e Jim Beach respectivamente.
A película
começa com o clássico tema musical da 20th Century Fox tocado por May. Já preparando
o publico para a jornada musical. Quando de repente estamos em 13 de julho de
1985. Mais precisamente na morada de Freddie (Malek), o Garden Lodge. Ele está se preparando para a apresentação no Live Aid. Durante o caminho
para Wembley Stadium, ele relembra seu inicio de carreira ao lado do Queen e como se
tornou o ídolo que bem conhecemos. Estamos no final dos anos 60 e inicio dos 70,
Freddie trabalhando como carregador de malas em um aeroporto. E nas horas
vagas, compõe canções.
À noite,
curte a boemia dos pubs de Londres. Em um deles, ouve e conhece a banda Smile.
Formada por Brian (Lee) e Roger (Hardy) e lá também encontra a mulher
que se tornará sua mais fiel companheira, Mary Austin (Boynton). Ele vai até os rapazes e descobre que o vocalista e
baixista Tim Staffell saiu do grupo. Ele se oferece para preencher a vaga. Os dois
recusam o convite e Roger tira sarro dos dentes de Freddie. Provocado, ele
canta “Doing All Right”, canção do
Smile. Os impressiona, Brian pergunta a Freddie se toca contrabaixo e seu
nome. Respondendo que não e vai voltar a procura-los.
Dai temos
um salto no tempo, eles vão se apresentar no mesmo bar em que se conheceram e com
John Deacon (Mazello) no
contrabaixo. Tocando “Keep Yourself Alive”
e assim descobrimos a origem do microfone com pedestral de Freddie. Bastante nervoso,
ele improvisa a letra e mesmo assim, causa uma boa impressão. Como todo inicio, o Queen passa por percalços.
Apesar do sucesso no circulo universitário, não é suficiente para pagar as
contas. Freddie convence a todos que precisam vender a Van que usamos para
viajar e conseguir dinheiro suficiente para gravar seu primeiro disco em tempo
recorde.
O
empenho e a versatilidade musical deles chamam atenção de um executivo da EMI
ODEON. Celebrando o aniversário de Freddie na casa dos pais deles, recebem uma ligação para se
encontrarem com o empresário John Reid (Gillen). Que havia trabalhado com Elton John. Com ele,
Queen emplaca turnês nos EUA e no Japão.
Freddie e Mary assumem compromisso como se fosse um casamento. E o sucesso batendo na porta de Freddie, Brian, Roger e John. A partir daí, eles
trilham a ascensão e a queda de uma lenda do rock.
Apesar
de não ter uma linha do tempo linear, isso não desabona “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury (Bohemian Rhapsody, 2018)”. Por exemplo, quando Queen finalmente emplaca
na sua terra natal com “Killer Queen”.
Num encontro com Ray Foster, executivo chefe da EMI, que não acredita no potencial
da canção que dá nome a película. Este é feito maravilhosamente por Mike Myers (que faz a voz do ogro
Shrek). Antes disso, vemos o Queen fazendo shows nos EUA com “Fat Bottomed Girls” como principal sucesso. Detalhe: ela foi
gravada no álbum “Jazz” de 1978.
Os melhores
momentos ficam para estão gravando seus maiores clássicos. Quando produzem “A Night at the Opera (1975)” no
Rockfield Studios e lá fazem as bases de “Bohemian Rhapsody” e a sensacional “Opera Section” com Freddie enlouquecendo Roger, quando este canta “Galileo”. Em “We Will Rock You”, Freddie está atrasado e Brian ensaia com Roger,
John e as respectivas esposas, a batida deste icônico hino do rock.
Com os ânimos
acirrados, o grupo discute os rumos musicais que desejam seguir. Freddie quer
uma pegada mais dançante, enquanto Roger e Brian querem manter o estilo musical
que definiu Queen. Sempre
na dele, John dedilha no seu contrabaixo a base de “Another One Bites The Dust”. A tensão dá lugar a um clima mais
amistoso e de lá sai sua versão final. Singer antes de abandonar as filmagens e ser substituído por Dexter Fletcher. Deixou bem à vista os
conflitos que quase encerraram as atividades do Queen.
Por exemplo,
a divisão do faturamento com a venda de discos e a renda dos shows. Bem
como os direitos autorais, já que eles assinavam as respectivas canções. “Bohemian Rhapsody” e “Love of my Life” foram compostas por
Freddie, “We Will Rock You” por
Brian, “Another One Bites The Dust” por
John e “I’m in Love With My Car” por
Roger. Com esta ultima gera uma das cenas mais engraçadas de “Bohemian Rhapsody”. Onde seus companheiros de banda discutem com Roger seu teor e se pode entrar no disco. Ele não gosta
disso e quase quebra a cafeteira. Impedido por Brian e John. Freddie apenas
lhe: “Roger, só há espaço para uma rainha
histérica nesta banda”.
E o
momento mais esperado, o ato final com a apresentação histórica no Live Aid.
Com todos interpretes fazendo seu melhor para reproduzir os momentos dos
biografados. Destaque para Rami que
assumiu o papel de corpo e alma. Em seus 134 minutos, é visível sua dedicação
em representar a persona controversa de Freddie. Apesar da segurança e a imponência
em cima do palco, tinha seus momentos de insegurança e duvida. Em especial, seu espirito inquietante. Onde viveu a vida intensamente e do seu jeito.
Comentários
Postar um comentário