J.R.R.Tolkien é um dos mais celebrados autores da literatura. Seus contos antológicos
“Senhor dos Anéis”, “O Hobbit” e “O Sillmarillion” se tornaram best-sellers mundo a fora. E mais
recentemente as duas primeiras obras foram adaptadas para o cinema por Peter
Jackson. Sua imaginação e riqueza de detalhes foram os grandes obstáculos para
Jackson e de sua equipe Weta, levar o mundo criado por Tolkien para a sétima
arte. Conseguiram e assim tivemos a Trilogia do Anel. Como ficou mundialmente conhecido, é a
maior produção cinematográfica a ganhar o Oscar. Ao todo acumularam 17
estatuetas, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor (Jackson) pelo “O Retorno do Rei”.
Muitos
imaginam como Tolkien conseguiu escrever sobre um universo tão diversificado,
onde cada espécie possuía um dialeto próprio. Professor de Oxford,
especializado em línguas anglo-saxãs, linguística e etimologia. Desde de
pequeno, era perspicaz e considero um menino prodígio. Perdeu os pais cedo, ele
e o irmão mais novo Hillary foram adotados. Seus estudos eram
supervisionados pelo padre Francis Morgan (o veterano Colm Meaney), que era amigo deles desde a infância.
Antes
disso, morava no campo com a mãe Mabel (Laura
Donnelly) e Hillary. Sentiu-se deslocado ao mudar para a cidade grande. Ela o influenciou contando desde pequeno,
histórias de aventura e magia. Isso impulsionou sua criatividade. Daí o início
para a película que conta sobre sua vida, “Tolkien (2019)”. Estrelada por Nicholas Hoult, o jovem Fera da saga
mutante X-Men, como o biografado e Lily
Collins, filha de Phil Collins, o líder da banda de rock progressivo
Genesis. Ela interpreta Edith Bratt, a paixão da vida de Tolkien.
Os
dois se conheceram na juventude, já que moravam na mesma casa da tutora. Edith era
sua companhia e aprendeu a tocar piano. A adaptação de John Ronald Reuel
Tolkien (Hoult) não foi fácil. Estranhando
a vida em Birmingham, já arranjando encrenca com um dos alunos da escola que
frequenta. Mais tarde, eles se tornam amigos e junto a outros formam uma “irmandade”.
São eles: Geoffrey Smith (Anthony
Boyle), Robert Gilson (Patrick
Gibson) e Christopher Wiseman (Tom
Glynn-Carney). Eles se
reuniam na casa de chá da cidade e lá debatiam sobre livros e musica.
Smith e Tolkien vão para Oxford, enquanto Gilson e Wiseman vão para Cambridge. A paixão de Ronald por Edith (Collins) só aumenta com a distância. Numa noite em que a irmandade se encontra, eles se metem numa confusão e Ronald perde a bolsa de estudos. Ao mesmo tempo, ele descobre que sua amada está de noiva de outro. Precisando reagir e recuperar sua bolsa, vai atrás do professor Wright (o ator britânico shakespeariano Derek Jacobi). Este ensina sua maior paixão, a linguística dos antigos povos. Se tornar seu melhor aluno e tem sua bolsa de volta. Junto a isso, a Primeira Guerra Mundial estoura por toda Inglaterra.
Assim
temos o mote de “Tolkien”. Dirigido por Dome
Karukoski com roteiro escrito por David
Gleeson & Stephen Beresford. Eles se inspiraram em relatos e livros
sobre a vida de Tolkien e nos trazem um retrato honesto sobre um dos mais
prestigiados escritores dos últimos tempos. Uma vida que passou por uma serie de
dificuldades. Desde que falecimento dos pais e a imagem de órfão criada por
isso. A descoberta da amizade verdadeira juntamente com o amor de sua vida. Serviram
de inspiração para criar os contos sobre hobbits e o “Anel”.
A vida
nos campos de batalhas exibe como sua imaginação funcionava. Adoentado, Tolkien
visualizava seus personagens como Sauron e seus cavaleiros em meio às explosões
e a batalha pela Terra-Média em meio à luta nas trincheiras contra os alemães. Karukoski soube favor bom uso dos
efeitos visuais. As referencias para “O Hobbit” e “A Sociedade do Anel” estão
lá para o espectador mais atento. Somanda
a excepcional reconstituição de época, a cenografia e os figurinos da Inglaterra
dos anos 20, está primorosa.
Comentários
Postar um comentário