Quando
vamos a um museu como o Masp ou o Museu de Arte Moderna de São Paulo,
normalmente é para visitar alguma exposição de um pintor renomado. No caso,
Picasso, Gauguin, Monet, dentre outros. Mas pouco se sabe sobre sua vida
pessoal e suas inspirações para ser um grande artista dos pinceis. Com isso em
mente, Julian Schnabel, que realizou
o existencial “O Escafandro & A
Borboleta (2007)”, nos traz como novo trabalho o filme sobre Van Gogh
intitulado “No Portal da Eternidade (At
Eternity’s Gate, 2018)”.
Focando
nos últimos anos de sua vida, quando saiu de Paris para ir à interiorana Arles,
no sul França. Ele fez por dois motivos: por não reconhecerem sua arte na Cidade
Luz e por sugestão de seu maior ídolo, Paul Gauguin. Van Gogh cansou dos tons pastéis de Paris e está em busca da luz perfeita da natureza imaginada por
ele. Com o auxilio do irmão Theo, ele vai morar em um hotel local. Em meio aos seus
vastos campos, encontra a inspiração necessária para seus quadros.
Como
o temperamental artista temos o veterano Willem
Dafoe, o Harry Osborn da saga aracnídea de Sam Raimi. Para ser Gauguin
temos Oscar Isaac (o Poe Dameron da
saga Star Wars) e Theo é feito por Rupert
Friend. Schnabel nos traz um
retrato honesto sobre a persona de Van Gogh. Acompanhando de perto seus passos,
como estivéssemos ao lado dele. Sentimos suas angustias e frustações por não ter
obtido o sucesso desejado. Para deixar de ser dependente financeiramente do irmão e sair da pobreza que vive.
Ao mesmo tempo, sente falta do apego que tinha com ele. Já que Theo constituiu
sua própria família e administra uma galeria de arte.
Narrando
a própria história, vemos seus grandes momentos à frente do quadro branco com sua visão
única. Pintando a paisagem à sua frente e criando algo espetacular. Seguindo seu mandamento, “a
pintura deve feita rápida”. Contrastando a ideologia imposta por Gauguin que
acreditava que a paisagem é apenas o cenário e que o artista precisa libertar
sua imaginação para criar algo inovador. As conversas (bem acaloradas) entre eles são um deleite
em cena. Onde cada um defende seu ponto de vista com muito afinco. Gauguin
acredita que a arte das pinturas precisa ser renovada. Já que Monet, para ele,
está ultrapassado e datado.
Dando
veracidade a isso temos Willem Dafoe.
Como num quadro, sua interpretação nos dá pinceladas sobre quem era Van Gogh. Uma alma atormentada, insatisfeito por não conseguir
expressar sua arte e tendo lapsos de memorias. Não sabendo distinguir atos
violentos contra crianças e um possível estupro contra uma camponesa de Arles,
como momentos de loucuras. Sua dificuldade em interagir com a população de lá. Ou mesmo citando o incidente em que cortou a própria orelha e não entendendo porque o fez.
“No
Portal da Eternidade” conta com participações mais especiais de Mads Mikkelsen (o Galen Erso de “Rogue One: Uma História Star Wars, 2016”)
faz o padre que administra o ultimo sanatório em que Van Gogh esteve internado. Apesar de pequena,ela é impactante, pois exibe todo seu choque ao ver um quadro de Van Gogh. Mathieu Amalric é o dr. Paul Gachet
e Emmanuelle Seigner, ambos
trabalharam com Schnabel em “O Escafandro & A Borboleta”.
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