O mundo das drogas e como elas afetam o ser humano e pessoas próximas nos trouxeram grandes flmes sobre o tema. Como o junkie britânico “Transpotting: Sem Limites (1996)” e o clássico cult dos anos 80 “Eu, Christiane F. (1981)”. Com isso dito, o cineasta belga Felix van Groeningen juntamente com o roteirista Luke Davies adaptaram os romances “Beautiful Boy: A Father's Journey Through His Son's Addiction” de David Sheff e “Tweak: Growing Up on Methamphetamines” de Nic Sheff. Os dois livros são baseados nas experiências de pai e filho, quando o segundo se tornou usuário de metanfetamina. David é um renomado jornalista que escreve matérias para a Rolling Stone EUA e o New York Times, que resolveu contar seu ponto de vista sobre o vicio do seu filho mais velho Nicholas que teve com a ex-mulher Vicki.
Mais
tarde se casou mais uma vez, com Karen e juntos tiveram um casal de filhos,
Jasper e Daisy. David e Nic são interpretados por Steve Carell e Timothée
Chalamet respectivamente. Para ser Karen temos Maura Tierney (da serie “The
Affair” desde 2014) e Vicky é feita por Amy Ryan (“Birdman, 2014”).
Contando em formato de flashback e
retomando a linha do tempo quando Nic está em casa com a família. Vemos David
preocupado com o sumiço do filho, já que ele não retornou de um passeio de
carro. Os dois possuem uma relação de dar inveja com uma cumplicidade pouco vista
entre pai & filho. Como cuidou dele sozinho, David lhe ensinou o que pode
sobre o certo e o errado. Já que a mãe mora em Los Angeles.
Ele descobre
que o filho está viciado em metanfetamina e buscando auxilio em clinicas de
reabilitação. De inicio, elas conseguem ajuda-lo. Mas após certo tempo recuperado, volta à droga e cada vez mais dependente dela. Tentando entender os
motivos de Nic, David usa toda boa fé e esperança para tirar o filho do vício. As
recaídas são maiores do que os momentos de superação. Em uma das tentativas,
Nic vai se tratar em Los Angeles, com Vicki o acompanhando de perto. Quando parecia
que tudo daria certo, Nic cede mais uma vez à droga. Levando com ele, sua
ex-namorada Lauren (Kaitlyn Dever). Dai a trama básica de “Querido Menino (Beautiful Boy, 2018)”.
Pegando emprestado o título da canção homônima do beatle John Lennon, compôs como uma homenagem
ao nascimento do filho Sean. Num momentos mais tocantes e íntimos, é quando David
a cantarola para Nic, este pequeno, para acalma-lo. Groeningen acerta ao abordar o tom de forma direta e sem cair no
melodrama, como ocasionalmente acontece em filmes do gênero. O momento delicado
vivido por Nic, não o afeta somente, mas quem está próximo a ele. No caso, o
pai e sua família.
Como
as drogas atrapalham a paz e a estabilidade de uma família como a dele. Chalamet exibe em cena porque é
considerado o melhor ator da sua geração. Como bem vimos no drama “Me Chame Pelo Seu Nome (2017)”. Os altos
e baixos de quem se torna viciado em metanfetamina. E Carell como o pai impotente e não sabendo lidar com o problema do filho. E fazendo
de tudo para ajuda-lo a sair dessa. Provando mais uma vez que é um profissional
versátil. Visto recentemente no politico “Vice
(2018)”. Em um papel mais contido e dramático. A cumplicidade dos dois em cena é
a força motriz da película.
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