Nos dias
de hoje, filmes de heróis já fazem parte da sétima arte. Desde a criação do já
bem estabelecido Universo Cinematográfico Marvel e a DC juntamente com a Warner
tenta fortalecer seu Universo Estendido. O cineasta M Night Shyamalan antecipou (de forma despretensiosa) isso com o
suspense “Corpo Fechado” em 2000. Vindo
do sucesso de seu primeiro filme, o sobrenatural “O Sexto Sentido (1999)”. Aqui temos a história do segurança David
Dunn (o duro de matar Bruce Willis),
o único sobrevivente de um desastre de trem que vitimou mais de 131 pessoas. Isso
chamou a atenção do colecionador de HQ’s Elijah Price (o Nick Fury Samuel L. Jackson). Para saber mais no
link:
CORPO FECHADO
Passados dezessete anos, ele nos traz “Fragmentado (Split, 2017)”. Conhecemos Kevin Wendell Crump (James McAvoy, o jovem professor Xavier da saga mutante X-Men), que possui 24 personalidades. A mais perigosa delas se chama “A Fera”. E introduzindo na trama o personagem de Willis. Deixando a mensagem subliminar que suas histórias estão entrelaçadas e fazem parte da trilogia imaginada por Shyamalan sobre a presença de heróis e vilões em nosso cotidiano diário. Comentamos sobre “Fragmentado” no link abaixo:
FRAGMENTADO
Agora
temos o capitulo que encerra a saga, “Vidro (Glass, 2019)”. Iniciando
a partir do final de “Fragmentado”,
com David está no encalço de Kevin. Já que este está foragido e fazendo suas vítimas
em nome da “Horda”. Esta é a sua ideologia onde desajustados como ele vão tomar
conta do mundo e tirar as pessoas normais do controle. David possui uma loja
especializada em artigos de segurança e tem o auxílio do filho Joseph (Spencer Treat Clark). Ele também ajuda
o pai em seu trabalho como “vigilante”. Em uma das suas buscas, eles encontram
Kevin.
O embate
entre eles é inevitável. Com Kevin assumindo a personalidade da “Besta”. Eles
lutam dentro de uma fábrica abandonada e David resgata quatro garotas que
estavam desaparecidas. Do lado de fora, eles são pegos de surpresa pela força
policial da cidade. Para conter Kevin, eles usam spots de luz. Já David, ele se
deixa ser pego para não machucar os policiais. Com eles, temos a psiquiatra
Ellie Stample (Sarah Paulson da série
de TV “American Horror Story” desde
2011”).
Ela
defende a tese que as habilidades de David e Kevin são partes de uma doença
mental. Onde indivíduos comuns acreditam ser super-heróis. Por acharem que tem
poderes. No caso, David é indestrutível, possui poderes extra-sensoriais e
força sobre-humana. Já Kevin se transforma na “Fera”, um ser poderosíssimo. São
levados para uma instituição psiquiátrica e encontram Elijah (Jackson). Ele está lá fazendo
tratamento desde os eventos ocorridos em “Corpo
Fechado”.
Daí o
mote inicial de “Vidro”. Shyamalan
amarra muito bem sua trama com o que foi visto em “Corpo Fechado” e “Fragmentado”.
Onde primeiro foca em David e o segundo em Kevin. Este terceiro episódio foca no
intelecto privilegiado de Elijah, que se auto intitula como “Sr. Vidro”. Apesar
da apatia inicial quando o vemos pela primeira vez em cena. Ele silenciosamente
articula seu plano para David e Kevin tenham seu confronto definitivo.
Junto a
isso, uma homenagem ao mundo dos quadrinhos. Cada enquadramento de “Vidro”,
parece que estamos lendo uma HQ. Conectando os três filmes perfeitamente, onde
David, Kevin e Elijah estão destinados a se encontrarem. E ao mesmo tempo,
mostrarem ao nosso mundo que a existência de super-heróis e seus respectivos
inimigos é real. Com isso o ideal imaginado por Elijah em “Corpo Fechado” é verdadeiro. Pegando emprestado a referência
deixada pelo saudoso Stan Lee, quando ele disse: “A pessoa que ajuda as outras porque isso deve ser feito, e porque é a
coisa certa a se fazer, é sem dúvidas uma super-heroína”.
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