Quando lançado em 2015, “Sicário: Terra de Ninguém”, o conto escrito por Taylor Sheridan e dirigido por Denis Villeneuve exibia os bastidores da guerra contra as drogas travada pelos Estados Unidos na fronteira com o México. Seu alto teor de violência e a dualidade dos lados em conflito chamaram atenção do público e crítica. Onde os mocinhos, na verdade, estão mais para vilões quando agem contra os carteis mexicanos.
Representando
a moral e a honestidade do FBI temos a agente Kate Marcel (a bela Emily Blunt) que faz parte de uma
força-tarefa no combate contra os carteis. Esta é liderada pelo agente do
Departamento de Defesa dos EUA Matt Graver (o Thanos Josh Brolin) e tem ao seu lado, o misterioso Alejandro Gillick (o
Che Guevara Benicio Del Toro). Indo
diretamente à fonte na Cidade do México.
Numa
trama envolvente e cheia de nuances, quando o assunto é “preto no branco”, ele
nunca realmente é o que parece ser. Graver usa os serviços prestados por
Alejandro como um matador de aluguel e espião infiltrado nas famílias dos
chefões mexicanos. Já Kate percebe que está lutando em duas frentes. Contra seu
próprio governo e o cartel. Onde Graver tem o poder para agir como quer,
dependendo como a ação ocorrer. Ela é contra isso. Quer usar a lei literalmente
contra tudo e contra todos.
Onde a corrupção nos dois lados dita as regras. Assim
temos a continuidade da saga Sicario com “Sicário: Dia do Soldado (Sicario: Soldado,
2018)”. Com o retorno de Graver e Alejandro, a história ocorre desta
vez na fronteira do Texas com o México. O primeiro tem como missão desmantelar
o cartel local, pois o governo dos EUA tem informações que ele
facilitou a entrada de terroristas do Oriente Médio no país. Assim tem “carta branca” para agir e usar isso a
favor do governo norte-americano. Onde precisa criar um confronto entre eles, sem que saibam a
verdade dos fatos.
Para
isso, Graver conta mais uma vez com o auxilio de Alejandro. Juntos, vão
sequestrar Isabel Reyes (Isabela Moner
de “Transformers: O Último Cavaleiro,
2017”), a filha de um narcotraficante, e colocar a culpa em outro. Esta tem uma
relação com seu passado. Gillick viu sua família ser assassinada pelo pai dela.
Graver, é conhecido pela sua impetuosidade e gênio forte, vai com tudo. E como
toda operação militar, nada ocorre como planejado.
O tiro
sai literalemente pela culatra. Graver não consegue atingir o objetivo. E ganha
uma testemunha do seu erro, Isabel. O Secretário de Defesa dos EUA James Riley
(Matthew Modine da serie Netflix “Stranger
Things”) e a oficial do governo Cynthia Foards (Catherine Keener de “Corra, 2017”) ordenam que a menina seja
eliminada. Indo contra as ordens, Gillick a sequestra e a protege de Graver e
seu exercito. Assim temos o mote inicial de “Sicário: Dia do Soldado”.
Mais
uma vez escrito por Sheridan e quem
assume a cadeira de diretor é o italiano Stefano
Sollima. Pegando emprestado estilo de Villeneuve para contar a história de
Graver e Alejandro. Onde conhecemos melhor suas personalidades. Brolin e Del Toro com a competência que lhes é uma marca registrada. Recheada
com sequencias de ação de tirar o folego. Adicionando à franquia, novos tons. O
thriller e o suspense em um conto rico em detalhes ganha ares de faroeste no
embate entre Alejandro e Graver. Destaque fica para a atuação de Isabela, que chega a rivalizar com os
atores veteranos.
Dia do Soldado, não é um projeto bem pensado seja enquanto sequência ou enquanto uma nova história dentro daquele universo, mas que explora as mesmas ideias com menos afinco. Na minha opinião, este foi um dos melhores filmes de ação que foi lançado. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio, em Sicario Filme, eu recomendo muito no caso de que ainda não viram. Não tem dúvida de que Benicio del Toro foi perfeito para o papel de protagonista, falar do ator significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador.
ResponderExcluirObrigado Camila pela visita. O 1º filme da franquia explora melhor o assunto. Já este vc disse que foca na ação e na relação dos personagens do Benicio Del Toro e Josh Brolin. Entendemos melhor o porquê que eles agem em "Sicário: Terra de Ninguém". Benicio é um caso a parte. Ele é excepcional.
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