Atualmente
o cinema tem passado por uma onda heroica e películas biográficas de
personalidades que deixaram sua marca na historia da humanidade. Incluindo os
filmes independentes com uma temática pessoal de seus realizadores. Nos últimos
tempos, o gênero comédia tem perdido espaço na sétima arte. Talvez seja por se
repetir com filmes que só tiram baratos de sucessos de bilheteira ou por
simplesmente um roteiro pobre.
O que
nos leva “A Noite do Jogo (Game Night, 2018)” dirigido por Jonathan Goldstein e John Francis Daley (os dois ajudaram no
roteiro de “Homem-Aranha: De Volta ao
Lar, 2017”.) a partir da trama escrita por Mark Perez. Onde conhecemos o casal Max (Jason Bateman da franquia “Quero
Matar Meu Chefe”) e Annie (Rachel
McAdams de “Doutor Estranho, 2016”).
Os dois se conheceram numa competição de jogos de adivinhação num bar e a
partir daí engataram um romance. Casam-se, ambos com personalidades fortes e
competitivas. Levam isso para dentro do seu lar.
Chamam
amigos próximos para a noite que dá à película. Onde na noite do final de
semana jogam brincadeiras de adivinhação e perguntas. Conhecemos outro casal
Kevin (Lamorne Morris) e Michelle (Kylie Bunbury) e o mais jovem do grupo,
Ryan (Billy Magnussen). Este ultimo
se considera o bonitão da turma e cada noite traz uma garota. Desta vez, ele
leva Sarah (Sharon Horgan), uma
mulher mais velha e bem perspicaz.
Ao lado
deles, o policial Gary (Jesse Plemons).
Seu vizinho e velho parceiro das noites de jogo. Ele foi deixado de lado por
ter se separado da mulher Debora. E por sua personalidade peculiar e perseguidora.
A próxima reunião se torna especial com a presença do irmão mais velho de Max,
Brooks (Kyle Chandler). Um bem
sucedido empresário e sempre que pode se vangloria disso. O que deixa Max
enciumado desde a infância.
Brooks
propõe uma noite diferente a eles. Diz que contratou uma equipe especializada
em proporciona uma diversão inusitada. Um jogo real de sequestro e mistério. Onde
Brooks será sequestrado e eles têm que descobrir seu paradeiro. Só que algo dá
errado e realmente Brooks é levado por pessoas de caráter suspeito. Todos pensam
que é parte da encenação, enquanto degustam petiscos e bebidas de primeira
qualidade.
Fazendo
com que Brooks e Annie busquem a verdade dos fatos. Assim tem inicio o conto de
“A
Noite do Jogo”. Em uma trama
inteligente que mescla ação, suspense e acima de tudo, bom humor. Fazendo referencias
à cultura pop dos anos 80 e 90. A química
do casal McAdams e Bateman está perfeita. Eles estão em
sintonia.
Como
por exemplo, quando Brooks leva um tiro sem querer de Annie no braço. Eles não
podem ir a um hospital, que notificaria a policia. Vão a uma loja de conveniências
e compram medicamentos. A sequencia é hilária. Por causa da inexperiência,
Annie usa o aplicativo no smartphone para fazer o curativo no braço de Brooks. E
para a tela não apagar, usar o nariz para ver as instruções. Já que está usando
luvas para lavar louça. Juntos descobrem
a verdadeira origem do sucesso de Brooks. Que é não tão honesta quanto parecia
ser.
O entrosamento
de todo elenco também chama atenção. Onde a aparição de cada um é mostrada para
que se encaixe na história em situações absurdas e constrangedoras passadas por
eles. Destaque para Plemons. Ótimo como
vizinho esquisitão. Citações a ícones atuais como Denzel Washington e o incansável
Liam Neeson (no caso, “Busca Implacável 3,
2015”). Em especial no ato final de “A Noite do Jogo”. Para o espectador
mais atento, verá que a história do filme lembra “Vidas em Jogo (1997)” de
David Fincher.
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