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A lenda do cinema CHARLES BRONSON em seu DESEJO DE MATAR"


Filmes policiais é um gênero que não se desgasta na sétima arte. Tem sua fase de esgotamento, mas sempre dá a volta por cima. Nos anos 70, tivemos grandes películas como “Perseguição Implacável (1971)” com o eterno cowboy Clint Eastwood como o incansável policial “Dirty” Harry. Logo na seqüência “Operação França (1971)” com Gene Hackman, onde ele é o incorruptível detetive “Popeye” Doyle.  Em 1975, houve a continuação “Operação França II”.  E em 1973, Al Pacino fez “Serpico”, o oficial policial que dá titulo ao filme, que se recusa a aceitar propina nas ruas de Nova York.

A temática deles é voltada para a realidade do dia-a-dia nas cidades de San Francisco (“Perseguição Implacável”) e Nova York (“Operação França” e “Serpico”). Onde a violência crescia naqueles tempos. Seja entre as comunidades, entre a policia e a criminalidade local. Junto a eles, tivemos “Desejo de Matar (Death Wish)” em 1974. Estrelado pela lenda Charles Bronson. Conhecido dos clássicos westerns “Sete Homens & Um Destino (1960)” e “Era Uma Vez no Oeste (1968)”. E dos filmes de guerra “Fugindo do Inferno (1963)” e “Os Doze Condenados (1967)”.


Desejo de Matar” é baseado no romance de mesmo nome escrito por Brian Garfield.  Bronson é Paul Kersey, um bem-sucedido arquiteto que vive feliz ao lado da esposa Joana (Hope Lange) e a filha Carol Anne (Kathleen Tolan) na cidade de Nova York. Retornam de uma viagem de férias ao Hawaii e resolvem fazer compras para casa. Na volta, Joana e Carol são atacadas por invasores. Vitimando Joanna e Carol é violentada.

DESEJO DE MATAR (1974)

Na delegacia, Paul está transtornado com o caso. A polícia não está conseguindo resolve-lo. Isto é, encontrar os envolvidos pelo crime. Ascendendo dentro dele, um sentimento de vingança. Andando pelas ruas da cidade, atrás daqueles que lhe tiraram seu sossego. Iniciando sua jornada de vigilante da justiça. “Desejo de Matar” tem a ponta do então iniciante Jeff Goldblum (o dr. Malcolm da franquia “Jurrasic Park”) como um dos bandidos

O tema dividiu critica e publico. Onde está o limite para o individuo conseguir justiça pelas próprias mãos? Mesmo assim, se tornou um sucesso mundial. Que lhe rendeu quatro continuações. Sendo dirigido por Michael Winner. Outro destaque para “Desejo de Matar” é sua trilha sonora musical composta pelo jazzman Herbie Hancock.

HERBIE HANCOCK – DEATH WISH THEME

Passados oito anos, Charles volta a ser Paul Kersey em “Desejo de Matar 2 (Death Wish 2, 1982)”. Morando em Los Angeles com a filha Carol recuperada do trauma e está namorando Geri Nichols (Jill Ireland). Tendo como vizinho, o ex-policial Frank Ochoa (Vincent Gardenia). Que o investigou em seus tempos de vigilante e agora se tornaram amigos. Tudo parece estar tranquilo, até que Paul tem sua carteira roubada. Os assaltantes encontram seu endereço e resolvem ir até lá para completar o assalto.

Chegando lá, são surpreendidos pela empregada da casa e Carol. Elas são brutalmente assassinadas. O fato acende novamente a chama de vingança em Kersey. O filme chamou atenção pelo seu alto grau de violência. Em especial, a seqüência de estupro.

DESEJO DE MATAR 2

Mais uma vez dirigido por Michael Winner. Não atingiu os mesmos índices do primeiro filme, mas deixou seu recado. O carisma de Bronson também ajudou para isso acontecer. Novamente a música se destaca. Troca-se o jazz pelo rock’n’roll salpicado com blues do guitar hero Jimmy Page. Que comporia também a trilha musical de “Desejo de Matar 3”.

JIMMY PAGE – DEATH WISH 2 THEME

Em 1985, chegamos ao terceiro filme da franquia “Desejo de Matar 3 (Death Wish 3)”. Com Paul Kersey volta à sua cidade natal para visitar o amigo de infância Charley. Ao chegar à residência dele, o encontra morto. Ele foi assassinado por uma gangue local que se considera “dona” do pedaço. Os vizinhos chamaram a policia. Chegando lá, veem Kersey ao lado do corpo e segurando a arma do crime.

Encontrando com o chefe da policia Shriker (Ed Lauter), que conhece seu passado como justiceiro. Que lhe propõe um acordo. Vai morar no prédio de Charley e ao mesmo tempo, fazer uma “limpeza” da bandidagem no seu entorto. Assim se livra de ser preso. A postura dura de Paul aterroriza a todos. Inclusive os moradores de lá. Boas sequências de ação e humor na medida certa garantem seu padrão de qualidade.


Desejo de Matar 4: Operação Crackdown (Death Wish 4: Crackdown, 1987)”, o conto de Paul Kersey ganha um novo contorno. O mundo das drogas ilícitas está presente no seu cotidiano. Ele está morando definitivamente em Los Angeles e se uniu a jornalista Karen Sheldon (Kay Lenz). Os dois são surpreendidos com a morte súbita da filha dela, Erica (Dana Barron).

Na autopsia, a causa da morte foi uma overdose de cocaína. Fazendo com que Kersey siga o namorado de Erica, Randy. Ele o vê com o traficante Jojo. Eles discutem, com Randy sendo morto por Jojo. Paul age em seguida e o ataca. Mais tarde, ele é contratado por uma pessoa misteriosa para acabar com os dois traficantes mais poderosos de LA, Zacharias e Romero. Tem inicio uma corrida contra o tempo para Kersey limpar as ruas da cidade.


O tema das drogas retorna em “Desejo de Matar 5 (Death Wish 5: The Face of Death, 1994)”. Agora Paul assume uma nova identidade. Para esconder seu passado violento. Volta para Nova York como professor universitário. Está namorando a estilista Olivia Regent (Lesley-Anne Down). O passado vem a tona, quando Olivia é assassinada pelo ex-marido de Olivia, o mafioso irlandês Tommy O’Shea (Michael Parks). Ameaçando a vida da filha dela, Chelsea. Faz com que Paul reviva o justiceiro das ruas para vingar a morte da amada.

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