Os
filmes de ficção cientifica dos dias de hoje ganharam novos contornos. A pegada
que faz o espectador viajam no conceito criado ainda está lá. Porem, ele foi
ampliado. Se aproximando da realidade que vivemos. Não que isso seja um demérito,
e sim um acréscimo. O conto scifi se engrandece ainda mais. Como
exemplos recentes temos o cult “Sob A
Pele (2014)” e o eloquente “A Chegada
(2016)”. Ambos aproximam a ficção
cientifica do cotidiano da humanidade atual. Comentamos a respeito nos links
abaixo:
SOB A PELE (2014)
A CHEGADA (2016)
Agora
o canal das redes sociais Netflix lançou
no ultimo mês de março em suas plataformas, “Aniquiliação (Aniquilation, 2018)”.
Baseado no conto escrito por Jeff
VanderMeer que foi adaptado e dirigido por Alex Garland. Este responsável pelo cultuado “Ex-Machina: Instinto Artificial (2015)”. Aqui vemos a bióloga e
professora universitária Lena (Natalie
Portman, a senadora Amidala da saga Star Wars) vivendo o luto pela perda do
marido Kane (Oscar Isaac, o Poe
Dameron da nova fase da saga Star Wars). Ele está na casa que moravam juntos e depois
de um ano, ele aparece em sua porta.
Lena questiona Kane a respeito. Ele fez parte de uma missão secreta e foi dado como desaparecido. Em meio à conversa, passa mal e Lena tenta leva-lo para o hospital. É interceptada por agentes militares. Mais tarde, acorda em uma instalação secreta, que é dirigida pela dra. Ventress (Jennifer Jason Leigh de “Os Oito Odiados, 2015”). Ela investiga um objeto não idenficado que caiu em um farol no mar. Ele vem crescendo e virando um campo eletromagnético que consume tudo a sua frente. Ventress o chama de “O Brilho”.
Kane,
junto a outros soldados, entrou no “Brilho”
e foi o único que saiu de lá vivo. Outros fizeram o mesmo, só que nunca mais
voltaram. Ventress lidera uma equipe formada pela paramédica Anya (Gina Rodriguez da serie de TV “Jane The
Virgin desde 2014”), a física Josie (Tessa
Thompson de “Thor: Ragnarok, 2017”) e a geóloga Cass (a atriz sueca Tuva Novotny), para irem ao “Brilho” e descobrirem mais a respeito. Lena
se junta a elas e tentar entender o que houve com o marido.
Assim
temos o mote inicial de “Aniquilação”. Uma trama inteligente
contada em formato de flashback, onde Lena sendo interrogada pelo cientista
Lomax (Benedict Wong do filme Marvel
“Doutor Estranho, 2016”). Como Kane, ela foi a única sobrevivente de seu
time. Lena tenta reviver os fatos, quando estava dentro do “Brilho”. Onde as aparências enganam, Garland se aproveita do conceito criado
por VanderMeer.
Sustos
e monstros fazem parte da jornada de Lena. Com cada passo dado por ela e suas
companheiras, toda tensão que estão sujeitas dentro do “Brilho”. Que não é mais território do planeta, faz parte de uma
nova cultura. De origem alienígena. Algum novo para o ser humano. Assim alucinações
e lapsos de memoria se confundem com o estado de loucuras delas. E a própria Lena
começa a se contestar. Dentro e fora do “Brilho”,
ela questiona sua sanidade. Com criaturas e situações que só vivenciamos
nos cantos mais escuros de nossas mentes
em nossos sonhos mais obscuros.
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