Pular para o conteúdo principal

"LOLLAPALOOZA BRASIL 2018 - 2º DIA (24.03)"


O segundo dia do festival começou com muito swingue, salpicado com hip hop, jazz, blues, country, pop rock, soul, r’n’b, art rock e encerrando com o bom e velho rock’n’roll. Entre os artistas brasileiros, tivemos o hard rock do Ego Kill Talent, o som dançante de Liniker e os Caramelows e a volta da black music anos 70 com o rapper Mano Brown. No time internacional se destacam Anderson Paak, The National, os queridinhos da galera Imagine Dragons, Kaleo, o versátil David Byrne e um dos representantes do movimento grunge, o Pearl Jam. Segue abaixo um relato do que melhor aconteceu no dia.

PALCO PERRY’S DORITO

Espaço reservado aos DJ’s do dia. Destacando o brasileiro Gustavo Motta, o rapper Mac Miller, a dupla Yellow Claw e o DJ Snake


PALCO AXE

Com Jesuton e o jovem talento Tash Surtana abrem os trabalhos por lá. Seguidas pelo power trio O Terno em seu som experimental e vestidos de vermelho deixam seu recado no festival. Mano Brown em seu projeto solo, se afastando do tom politizado dos Racionais MC, para nos levar em uma viagem no tempo. Mais precisamente a black music brasileiro dos anos 70. Citando influencias de Hyldon, Cassiano e o sindico Tim Maia. Divulgando seu álbum solo “Boogie Naipe” desde 2016. Vem arrastando multidões para conferir esta nova faceta do rapper.


PALCO ONIX

O trio carioca Ventre inicia os shows no Palco Onix. O swingue dos Liniker & Os Caramelows se destacou, porem uma falha técnica interrompeu a apresentação impecável até então. A banda saiu e na volta com a vocalista chorando. A vaia foi geral para a organização do festival. Os irlandeses do Kaleo trazem seu som calcado no blues, country e rock norte-americano. Destaque para a canção “Way Down We Go”, tocada no trailer do ultimo filme do mutante de garras adamantium Wolverine, “Logan (2017)”. 


Logo em seguida é a vez do eclético David Byrne. O ex-líder dos Talking Heads nos trouxe seu mais recente show baseado em “American Utophia (2018)”. É o primeiro trabalho que ele lança desde “Grown Backwards” de 2004. Num palco montado com uma cortina formada por correntes de metal, Byrne e sua banda solo tocam seus instrumentos sem qualquer tipo de suporte. Eles os carregam em si. E todos vestidos com roupas sociais em tom cinza.

As canções do setlist são acompanhadas por coreografias idealizadas por David. Entre elas as novas “Every Day is a Miracle” e “Dance Like This” junto às clássicas canções com os Talking Heads como “This Must Be The Place”, “Once in a Lifetime” e “Burning Down the House” que fecha a antológica apresentação em nossa terra brasilis.


Os amados do publico Imagine Dragons encerrou as atividades do Palco Onix com um show energético e com certo tom politico. O vocalista Dan Reynolds comentou a lei sobre o uso de armas nos EUA e os recentes atentados às escolas de lá. E atual politica vigente de seu presidente. Já descamisado na segunda canção do show, Dan comandou o grupo e declarou seu amor pelo nosso país. Seus shows no festival em sua edição de 2014 e na turnê deles em 2015 foram ovacionados. “Believer”, “Thunder” e “Radioactive” fechou o show de forma apoteótica.


PALCO BUDWEISER

Tagore e Ego Kill Talent começam os shows. Com o Segundo, deixando sua marca com o hard rock que lhe característico. O rapper Anderson Paak trouxe um pouco de balanço para o Palco Budweiser. Se revezando na frente dele e na bateria colocada ao lado, ele esbanjou carisma. Seu som é uma mescla de soul, funk, r’n’b, hip hop e jazz.  


The National em sua terceira passagem pelo Brasil trouxe seu pop rock com tons melancólicos tendo como base o último disco “Sleep Well Beast (2017)”. Que ganhou o Grammy 2018 para Melhor Disco de Musica Alternativa. Foi uma apresentação vigorosa com o vocalista Matt Berninger soltando a voz e sua emoção.


Chegou o grande momento da noite, o Pearl Jam sobe ao palco. Um silêncio se fez presente antes disso. Como se estivéssemos em uma catedral, os presentes se mantiveram calmos e tranquilos até a entrada na banda. Foi uma apresentação intensa e forte como sempre. Poucos sucessos como “Jeremy”, “Even Flow” e “Do The Evolution”. Uma grata surpresa quando Eddie Vedder foi dar os parabéns pelo aniversario do idealizador do Lollapalooza, Perry Farrell. Este sobe ao palco para receber a homenagem e depois tocarem juntos “Mountain Song” do Jane’s Addiction.


Teve espaço para nova canção “Can’t Deny Me” e um final de destruir corações e mentes com “Comfortably Numb” do Pink Floyd, com direito a dedicatória a Roger Waters, a destruidora “Alive” e “Baba O’Riley” do The Who. Onde Eddie distribuiu vários pandeiros com o publico. Como sempre, conversou muito com a galera. Tentando falar em português. Citou a manifestação de hoje nos EUA contra o uso de armas de fogo. 


Ao final, comentou sobre a felicidade de tocar no Brasil. Em especial na cidade de São Paulo. Onde disse que a terra da garoa é a capital do Rock no nosso país tupiniquim. Sendo praticamente expulsos do palco, eles tocam a balada hendrixiana “Yellow Ledbetter”. A organização do festival estava preocupada em manter seu cronograma em relação aos horários dos shows.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do ...

Visita à "SPACE ADVENTURE"

Aberta em 26 de agosto deste ano, a primeira exposição com material da NASA na América Latina, a “ Space Adventure ”. Localizada em um espaço no estacionamento do Shopping Eldorado na cidade de São Paulo, ela tem atraído pessoas que se encantam com os mistérios do espaço bem como a viagem espacial. Lá encontramos desde as primeiras vestimentas usadas pelos astronautas até o traje utilizado por Neil Armstrong no primeiro voo tripulado para a Lua em 1969. Junto a uma réplica do modulo lunar que ele, Buzz Aldrin e Mike Collins comandaram na Apollo 11. Lá vemos os primeiros projetos da NASA, como os instrumentos de navegação para os protótipos, Mercury e Gemini. Junto ao foguete Saturn V, este sim utilizado para os voos tripulados até a Lua. Inclusive possui sua versão em escala de miniatura, onde vemos cada um dos seus três estágios, chamados S-IC (primeiro estágio), S-II (segundo estágio) e S-IVB (terceiro estágio), usavam oxigênio líquido (lox) como oxidante. Sendo composta de três pa...

A Primeira Temporada de "STAR WARS VISIONS"

Poucos imaginavam que a saga Star Wars do seu Criador George Lucas pudesse ir tão longe quanto neste momento. O próprio foi pego de surpresa com o sucesso arrebatador do primeiro filme “ Guerra Nas Estrelas: A Nova Esperança ”, quando estreou em 25 de maio de 1977. Que gerou a antológica trilogia formada por “ O Império Contra-Ataca (1980)” e “ Retorno de Jedi (1983)”. O resto é história. No aniversário pelos 20 anos de “ Uma Nova Esperança ”, Lucas resolveu remasterizar sua “ Opera Espacial (como ele gosta de chama-la)”, já que os frames originais estavam se deteriorando com o tempo. Imagem  e som ganharam nova roupagem e daí tivemos as “ Edições Especiais ”.  Junto a isso, a inserção de novas cenas e a reedição de sequencias.  A desculpa de George , é que na época, não tinha disponível a tecnologia que possuía em 1997. O que causou certo tremor na Força, já que algumas alterações irritam os fãs xiitas da saga. Mesmo assim, “ Star Wars ” voltava a ficar em evidenci...