O
segundo dia do festival começou com muito swingue, salpicado com hip hop, jazz,
blues, country, pop rock, soul, r’n’b, art rock e encerrando com o bom e velho
rock’n’roll. Entre os artistas brasileiros, tivemos o hard rock do Ego Kill Talent, o som dançante de Liniker e os Caramelows e a volta da
black music anos 70 com o rapper Mano
Brown. No time internacional se destacam Anderson Paak, The National,
os queridinhos da galera Imagine Dragons,
Kaleo, o versátil David Byrne e um dos representantes do
movimento grunge, o Pearl Jam. Segue
abaixo um relato do que melhor aconteceu no dia.
PALCO PERRY’S DORITO
Espaço
reservado aos DJ’s do dia. Destacando o brasileiro Gustavo Motta, o rapper Mac
Miller, a dupla Yellow Claw e o DJ Snake.
PALCO AXE
Com Jesuton e o jovem talento Tash Surtana abrem os trabalhos por lá.
Seguidas pelo power trio O Terno em
seu som experimental e vestidos de vermelho deixam seu recado no festival. Mano Brown em seu projeto solo, se
afastando do tom politizado dos Racionais MC, para nos levar em uma viagem no
tempo. Mais precisamente a black music brasileiro dos anos 70. Citando influencias
de Hyldon, Cassiano e o sindico Tim Maia. Divulgando seu álbum solo “Boogie Naipe” desde 2016. Vem arrastando
multidões para conferir esta nova faceta do rapper.
PALCO ONIX
O trio
carioca Ventre inicia os shows no Palco Onix. O swingue dos Liniker & Os Caramelows se
destacou, porem uma falha técnica interrompeu a apresentação impecável até
então. A banda saiu e na volta com a vocalista chorando. A vaia foi geral para
a organização do festival. Os irlandeses do Kaleo trazem seu som calcado no blues, country e rock
norte-americano. Destaque para a canção “Way
Down We Go”, tocada no trailer do ultimo filme do mutante de garras
adamantium Wolverine, “Logan (2017)”.
Logo
em seguida é a vez do eclético David
Byrne. O ex-líder dos Talking Heads nos trouxe seu mais recente show
baseado em “American Utophia (2018)”.
É o primeiro trabalho que ele lança desde “Grown
Backwards” de 2004. Num palco montado com uma cortina formada por correntes
de metal, Byrne e sua banda solo
tocam seus instrumentos sem qualquer tipo de suporte. Eles os carregam em si. E
todos vestidos com roupas sociais em tom cinza.
As
canções do setlist são acompanhadas por coreografias idealizadas por David. Entre elas as novas “Every Day is a Miracle” e “Dance Like This” junto às clássicas canções
com os Talking Heads como “This Must Be
The Place”, “Once in a Lifetime”
e “Burning Down the House” que fecha
a antológica apresentação em nossa terra brasilis.
Os
amados do publico Imagine Dragons
encerrou as atividades do Palco Onix
com um show energético e com certo tom politico. O vocalista Dan Reynolds comentou a lei sobre o uso
de armas nos EUA e os recentes atentados às escolas de lá. E atual politica
vigente de seu presidente. Já descamisado na segunda canção do show, Dan comandou o grupo e declarou seu
amor pelo nosso país. Seus shows no festival em sua edição de 2014 e na turnê deles
em 2015 foram ovacionados. “Believer”, “Thunder” e “Radioactive” fechou o show
de forma apoteótica.
PALCO
BUDWEISER
Tagore e Ego Kill Talent começam os shows. Com o Segundo, deixando sua marca com
o hard rock que lhe característico. O rapper Anderson Paak trouxe um pouco de balanço para o Palco
Budweiser. Se revezando na frente dele e na bateria colocada ao lado,
ele esbanjou carisma. Seu som é uma mescla de soul, funk, r’n’b, hip hop e
jazz.
The National em sua terceira passagem pelo Brasil
trouxe seu pop rock com tons melancólicos tendo como base o último disco “Sleep Well
Beast (2017)”. Que ganhou o Grammy 2018 para Melhor Disco de Musica Alternativa. Foi
uma apresentação vigorosa com o vocalista Matt Berninger soltando a voz e sua
emoção.
Chegou
o grande momento da noite, o Pearl Jam
sobe ao palco. Um silêncio se fez presente antes disso. Como se estivéssemos em
uma catedral, os presentes se mantiveram calmos e tranquilos até a entrada na
banda. Foi uma apresentação intensa e forte como sempre. Poucos sucessos como “Jeremy”, “Even Flow” e “Do The
Evolution”. Uma grata surpresa quando Eddie
Vedder foi dar os parabéns pelo aniversario do idealizador do Lollapalooza, Perry Farrell. Este sobe ao palco para receber a homenagem e depois
tocarem juntos “Mountain Song” do
Jane’s Addiction.
Teve
espaço para nova canção “Can’t Deny Me”
e um final de destruir corações e mentes com “Comfortably Numb” do Pink Floyd, com direito a dedicatória a Roger
Waters, a destruidora “Alive” e “Baba O’Riley” do The Who. Onde Eddie
distribuiu vários pandeiros com o publico. Como sempre, conversou muito com a
galera. Tentando falar em português. Citou a manifestação de hoje nos EUA
contra o uso de armas de fogo.
Ao final,
comentou sobre a felicidade de tocar no Brasil. Em especial na cidade de São Paulo.
Onde disse que a terra da garoa é a capital do Rock no nosso país tupiniquim. Sendo
praticamente expulsos do palco, eles tocam a balada hendrixiana “Yellow Ledbetter”. A organização do
festival estava preocupada em manter seu cronograma em relação aos horários dos
shows.
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