No natal
de 2016, o mundo artístico recebeu a pior noticia para uma data tão festiva. O falecimento
repentino do cantor George Michael (25.06.1963
– 25.12.2016) aos 53 anos de idade. Encontrado pelo seu companheiro, Fadi Fawaz. Uma autopsia mais
detalhada realizada pelo medico legista Darren
Salter em março de 2017, foi constatado que ele sofreu uma “cardiomiopatia dilatada com miocardite e fígado
gordo”. E a investigação sobre sua morte foi encerrada e junto ao resultado
conclusivo da autopsia, a confirmando por causas naturais.
Antes
do ocorrido, George estava produzindo
e dividindo a direção com David Austin,
o documentário "Freedom" sobre sua carreira e seu disco mais emblemático, “Listen
Without Prejudice Vol.1 (1990)”. Narrado pelo próprio, ele nos dá detalhes
sobre o inicio de carreira ao lado de Andrew
Ridgeley, com que formou a dupla “Wham!”no inicio dos anos 80.
Destacando a dificuldade de emplacar o som deles e quando lançaram seu segundo
disco, “Make it Big” em 1984. Virada total com os hits “Wake Me Up Before
You Go-Go”, “Everything She Wants”
e a balada “Careless Whisper”. Esta
ultima creditada como canção solo de Michael.
Apesar de ter sido composta com Andrew.
Atingiu sucesso mundial.
Daí ele
viu que precisava alçar voos mais altos. E com o “Wham!”, ele ficaria preso na sonoridade da dupla. Em comum acordo com Ridgeley
gravaram seu disco derradeiro “Music from
the Edge of Heaven” e soltaram a coletânea “The Final”, ambas em 1986. Junto a isso, fizeram sua ultima turnê juntos.
Em 1987, George soltou seu primeiro
trabalho solo “Faith”. Atingindo o sucesso desejado por ele. Chegando ao nível
de Michael Jackson e Madonna, palavras do próprio.
Realizando
grandes apresentações em uma turnê quase contínua. O que lhe causou um stress físico
e psicológico. Forçando uma parada para repensar a carreira. Se continua nesse
nível frenético ou aposenta de vez. Nesse período iniciou os trabalhos de
composição e gravação de “Listen Without Prejudice Vol.1”. Suas
canções refletem o momento vivido por ele. O deslumbramento com o sucesso e os prejuízos
causados. Tocando praticamente sozinho, todos os instrumentos do álbum. Vemos os
bastidores de suas gravações.
Comenta sobre seu show na segunda edição do Rock In Rio Brasil em 1991, quando conheceu “o
amor da sua vida” (palavras dele), o estilista brasileiro Anselmo Feleppa. Descrevendo como o melhor momento da sua vida. E
sua tristeza ao relatar como acompanhou o falecimento dele, em decorrência da
AIDS no ano de 1993. E o que não poderia piorar ainda mais na vida de Michael.
Descobre que sua mãe Lesley tinha câncer e mais uma vez, viu mais uma pessoa
amada morrer em seus braços. Ela veio a falecer em 1997. Em sua
participação no tributo a Freddie Mercury em 1992, ao ser convidado para cantar
“Somebody to Love” ao lado do Queen. Comenta sobre sua admiração ao líder da banda. Um dos momentos mais interessantes de “Freedom” é quando ele
decide fazer algo que poucos artistas fazem. Romper o contrato milionário que
tinha com a Sony.
Vemos
depoimentos dos executivos e advogados da gravadora na época. George culpava
Sony pela falta de consideração dela para divulgar “Listen Without Prejudice Vol. 1”.
E a mesma não entendia o motivo dele em não colocar seu nome na capa do disco. Somado
aos comentários de sir Elton John, a
soul singer Mary J. Blidge, o
guitarrista e produtor Nile Rodgers, Stevie Wonder, o comediante britânico Rick Gervais, o apresentador de TV James Corden e do garoto enxaqueca Liam Gallagher.
Este
último traz as melhores falas. Diz que seu irmão mais velho (Noel) jamais admitiria que ouviu e
gostou de “Listen Without Prejudice Vol. 1”; a canção “Praying For Time” lembra "Imagine" de
John Lennon e sua admiração pela persona de George. Junto a isso as modelos Cindy Crawford, Naomi Campbell, Linda
Evangelista, Tatjana Patitz e Christy Turlington falam como foi
participar do vídeo clip “Freedom’90”. Ao ser perguntado sobre
como gostaria de ser lembrado, apenas diz:
“Como um grande compositor de canções. E
espero que as pessoas lembrem de mim como alguém que tinha integridade”.
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