Fatos
históricos sempre renderam bons filmes para a sétima arte. Seja o nascimento de
Jesus Cristo como “A Paixão de Cristo (2004)” do mad Mel Gibson passando pelo
drama de guerra “O Mais Longo dos Dias (1962)” e chegando até a cinebiografia do
(para muitos, o maior Presidente dos Estados Unidos) Presidente Lincoln do mago
Steven Spielberg, lançada em 2012. Estes dois últimos relatam momentos
determinantes na história da humanidade. “O
Mais Longo dos Dias” é sobre a invasão do exercito aliado na Normandia para
acabar com o reinado de terror dos nazistas na Segunda Guerra Mundial por toda
Europa. Ficando conhecido mundialmente como o “Dia D”. Já em “Lincoln”, o vemos tentando acabar com a
Guerra entre o Norte e o Sul e ao mesmo tempo, aprovar a lei que abole a escravidão
no país.
Assim
chegamos a “O Destino de uma Nação (Darknest Hour, 2017)”. A Europa está
sendo dominada pelo exercito nazista de Hitler, é o inicio da Segunda Guerra. A
supremacia bélica alema assusta a todos. Holanda e Bélgica, já dominadas, e a
França, perto de ser invadida. O próximo alvo é a ilha britânica, a Inglaterra. Seu parlamento está aos prantos com isso. Exigindo que o Primeiro Ministro
Neville Chamberlain (Ronald Pickup)
renuncie ao cargo e dê lugar a uma pessoa mais nova e ativa para resolver o
assunto.
A primeira
opção é lorde Halifax (Stephen Dillane,
o Stannis Baratheon de “Game of Thrones”), amigo pessoal do Rei George VI (Ben Mendelsohn, o diretor Krennic de “Rogue
One: Uma História Star Wars, 2016”). Mas ele se diz não estar preparado para o
cargo. A segunda opção é Winston Churchill (Gary Oldman, o Sirius Black da saga Harry Potter). Não sendo uma
unanimidade de todos. Inclusive do seu próprio partido.
Marcado
pela sua personalidade e gênio fortes, Churchill está ciente das dificuldades
do cargo. Suas convicções, quanto ao assunto, são de não negociar com Hitler e
proteger o país a todo custo. Com o
apoio incontestável da esposa Clemmie (Kristin
Scott Thomas, a tia Mimi de John Lennon em “O Garoto de Liverpool, 2009”),
ele encara a todos com sua postura altiva e inabalável. Junto a ele, a jovem secretaria Elizabeth
Layton (Lily James de “Em Ritmo de
Fuga, 2017”). Indo contra tudo e contra todos, Winston, perseverante e
convencido, acredita que irá vencer a guerra contra o ditador alemão.
Assim
temos o mote de “O Destino de uma Nação”. Dirigido por Joe Wright dos dramas românticos de época “Orgulho e Preconceito (2005)”, “Desejo
e Reparação (2007)” e “Anna Karenina
(2012)”. Ele traz este conto baseado no livro do roteirista Anthony McCarten ("A Teoria de Tudo, 2014"), sobre este período determinante
na vida de Churchill, tanto pessoal como profissional. Interpretado maravilhosamente
por Gary Oldman. Apesar da pesada
maquiagem, ele exibe toda força do seu personagem. E nos mostrando um lado mais
humano dele, se questionando sobre seus ideais e convicções. Sem deixar cair sua
imagem imponente.
Como
em seus trabalhos anteriores, Wright
capricha na reconstituição de época. A direção de arte e os figurinos nos levam
a uma viagem no tempo pela a capital inglesa Londres nos anos 40. Por exemplo,
os vagões do metrô, o interior do Palácio de Buckingham e a elegância no vestuário
dos parlamentares e da realeza. NOTA PESSOAL: Se você assistiu a "Dunkirk (2017)" de Christopher Nolan, entenderá melhor as motivações de Churchill sobre sua posição em não negociar um "acordo de paz" com Hitler.
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