Baseado
no romance de mesmo nome escrito por R.J.
Palacio, “Extraordinário (Wonder,
2017)”. Ganhou sua primeira edição em 2012 e agora é adaptado para a tela
grande do cinema. Neste conto conhecemos o pequeno August Pullman, que é
chamado pelos pais Isabel, Nate e a irmã mais velha “Via” Olivia por Auggie. Nascido
com uma deformação facial, que o levou a fazer 27 cirurgias. Com ela, pode ter
uma vida normal ao lado da família. Até que Isabel decidiu junto a Nate matricula-lo
em uma escola particular aos dez anos de idade.
Que o
deixa apavorado e preocupado com a reação das outras crianças ao vê-lo pela primeira
vez. Até então viveu em seu mundo fantástico, onde é um astronauta. E fã da
saga Star Wars como o pai, onde lutam com seus sabres de luz de brinquedo. Ao chegar
à escola, usa um capacete de astronauta presenteado pela melhor amiga de
Olivia, Miranda.
O primeiro
dia na escola, nunca é um momento para uma criança. Especialmente, se ela nunca
frequentou uma. Auggie tenta se aproximar de Jack Will, Julian e Charlotte. Na primeira
ida dele até lá, foi para conversar com o diretor Tushman. Que pediu aos três para
mostrar a escola à Auggie. De inicio, ele é colocado de lado por todos. E sofrendo
com os abusos de Julian, que deixa em sua cadeira na sala de escola, um desenho
que o chama de “monstro”.
Assim
temos o inicio da nova rotina na vida de Auggie. Aqui interpretado por Jacob Tremblay, o menino do elogiadíssimo
drama indie “O Quarto de Jack (2015)”.
Repetindo ótimo trabalho anterior, Tremblay traz a dor, a alegria e as
duvidas do seu personagem. Narrando toda sua jornada ao lado dos pais feitos
pela musa Julia Roberts (Oscar de
Melhor Atriz por “Erin Brokovich: Uma
Mulher de Talento, 2000”) e o boa-praça Owen Wilson (o minicowboy da franquia “Uma Noite no Museu”). Dirigido por Stephen Chbosky, que realizou o excelente drama adolescente “As Vantagens de ser Invisível (2012)”.
Ele adaptou
o livro ao lado dos roteiristas Jack Thorne
e Steve Conrad, que nos brindam sua
visão sobre um assunto muito recorrente nos dias de hoje. Em especial entre os
nossos jovens, o “Bullying”. Não nos
deixam cair no dramalhão como poderia ocorrer. Abordar o assunto com leveza,
mas com seriedade. E uma leve pitada de humor.
Graças
ao seu elenco afiado, o Bullying é
colocado no seu lugar. Deixado no cantinho da sala da aula de castigo. A interação
de Auggie e seus novos amigos, destacando Jack Will (Noah Jupe) e Summer (Millie
Davis). O primeiro se aproxima, devido a influencia do diretor Tushman (Mandy Patinkin, o Saul Berenson da
serie de tv “Homeland, desde 2011”). Com
o passar do tempo, percebe que podemos ser os melhores amigos de uma vida. A
segunda, apesar de ser uma menina normal se sente como ele, deslocada.
Chbosky é inteligente em abordar o tema em
outros momentos. Quando apresenta a Olivia (Izabela Vidovic), mesmo amando o irmão, se sente rejeitada pelos
pais, em especial a mãe, com a atenção dada por eles a Auggie. E não entendendo
porque a melhor amiga Miranda (Danielle
Rose Russell) não fala mais com ela no colégio. Só se sentindo bem ao lado
da avó (a musa do cinema brasileira Sônia
Braga, em pequena e marcante participação). Usando referências da cultura pop, como a presença do wookie Chewbacca quando Auggie se sente acuado no pátio da escola, descrito por ele como seu pior momento lá.
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