Quando surgiu no ano passado (2016), a série Netflix dos irmãos Matt & Ross Duffer (The Duffer Brothers), “Stranger Things”, parecia mais um conto sobrenatural que tinha como referencia o cinema e a cultura dos anos 80. Em especial ao que foi produzido pelo mago Steven Spielberg. Seja como produtor (“Os Goonies, 1985”) ou na cadeira de diretor com o clássico “E.T.: O Extraterrestre (1982)”.
Com citação ao cinema terror de John Carpenter com “O Enigma de Outro Mundo (1982)” e os contos de Stephen King adaptados para o cinema como o juvenil “Conta Comigo (1986)” e o suspense “Chamas da Vingança (1984)”. O famoso boca a boca, desta vez pelas redes sociais, transformaram “Stranger Things” num fenômeno mundial. Se tornando um dos principais atrativos da Netflix. Comentamos a respeito no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2016/09/stranger-things-1-temporada.html
Confirmada sua segunda temporada para este ano. Sendo disponibilizada estrategicamente no ultimo dia 27 de outubro, próximo do Halloween. Seguindo a estrutura vista na primeira, os Duffer Brothers mostram o cotidiano dos quatro amigos Mike (Finn Wolfhard), Lucas (Caleb McLaughlin), Dustin (Gaten Matarazzo) e Will (Noah Schnapp) na sua cidade natal, a fictícia Hawkins (Indiana, EUA). Este último se recuperando do seu desaparecimento, quando estava no Mundo Invertido e resgatado por Onze (Millie Bobby Brown). Seu melhor amigo Mike procura por ela constantemente, a chamando pelo walkie-talkie. Onze desapareceu após salvar Will.
Enquanto
isso, Lucas e Dustin se preocupam com a novata da escola, Maxine (Sadie Sink). Porem, ela gosta de ser
chamada de Max. A mãe de Will, Joyce (Winona
Ryder) está namorando o técnico em eletrônica, Bob Newby (Sean Astin, o Samwise Gamgee da saga do
Anel). O irmão mais velho de Will, Jonathan (Charlie Heaton), ainda tenta esquecer a paixão da sua vida, Nancy (Natalia Dyer), irmã de Mike. Ela está
namorando o cara mais popular da escola Joe (Steve Harrington). Já este encontra um rival na escola, o valentão
Billy (Dacre Montgomery), meio-irmão
de Max.
O
xerife da cidade Hopper (David Harbour)
que superou seus traumas do passado e agora tenta controlar os ânimos da
cidade. Os habitantes de lá não sabem a verdade dos fatos sobre o sumiço de
Will e o Laboratório Nacional de Hawkins em suas pesquisas sobre energia. Agora
comandando pelo doutor Sam Owens (Paul
Reiser, o Paul Buchman do seriado televisivo anos 90 “Mad About You de 1992 a 1999”). Lá Will é tratado por ele e seus
grupo de cientistas que buscam por respostas do que houve. Ao mesmo tempo, tem
visões do Mundo Invertido. Onde uma criatura que Will chama de “Monstro das Sombras”, tenta dominá-lo
como da primeira vez.
Sem
revelar muita coisa, assim temos o mote da segunda temporada de “Stranger Things”. Como os irmãos
falaram anteriormente, ela teria uma pegada mais voltada para o terror. Com
citações a filmes clássicos do gênero dos anos 80 claramente. Por exemplo, “Aliens: O Resgate (1986)”; “Gremlins (1984)”; “Ataque dos Vermes Malditos (1990)” e como não poderia faltar,
Spielberg é citado com a sequência clássica de “Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)”. Quando a nave alienígena
sobrevoa a fazenda de Teri Garr e sequestra seu filho pequeno. Desta vez, Will
vê o Monstro das Sombras na frente do fliperama que vai com os amigos. Ou
relembrando os “Caça-Fantasmas
(1984)” na festa de Halloween da escola, com os quatros se vestindo como eles.
Ao som do tema musical composto por Ray Parker Jr..
Entende-se
melhor o que houve com Onze e um pouco de seu passado é revelado. Ao mesmo
tempo, ela entende melhor seus poderes. E se aproximando de Hopper, vendo nele
o pai que nunca teve. O vinculo dos amigos fica mais forte. Nos primeiros
episódios cada um desenvolve sua personalidade. E mostra a força da amizade
deles, nos dois últimos anos. Adicionando, a contragosto de Mike no inicio, a
presença de Max na turma.
A
música dos anos 80 está mais presente agora. Lembrando os filmes adolescentes
de John Hughes como “A Garota Rosa
Shocking (1986)”, com a sequência do baile na escola rolando “Time After Time (1984)” de Cyndi Lauper
e “Every Breath You Take (1983)” do
The Police. Ou quando Billy está em cena, temos o melhor do hard rock daqueles
tempos com “Rock You Like A Hurricane
(1984)” dos Scorpions e “The Four
Horsemen (1983)” do Metallica.
No
decorrer da serie, outras perolas como “Shout
At The Devil (1983)” do Mötley Crue e “Girls
on Film (1980)” do Duran Duran na festa adolescente de Halloween com as
presenças de Nancy, Joe e Jonathan. No episódio "The Lost Sister",
que destaca Onze temos “Runaway
(1983)” do Bon Jovi. Ainda ouvimos “Just
Another Day (1985)” do Oingo Boingo (antiga banda de Danny Elfman, que hoje
compõe trilhas musicais para filmes como a trilogia “MIB: Homens de Preto”) e “Hammer
do Fall (1984)” do Queen.
Comentários
Postar um comentário