Pular para o conteúdo principal

"U2", O Encerramento da Turnê "THE JOSHUA TREE" em São Paulo (25 de Outubro de 2017)


A ultima noite na Terra” parafraseando a canção do U2 é como podemos descrever o último show da turnê comemorativa dos 30 anos do disco mais emblemático da banda, The Joshua Tree. Matando dois coelhos em uma cajadada só, é o quarto e último show deles em nossa terra brasilis. Um misto de ansiedade e alegria por estar testemunhando este evento único. O grupo que faz parte da vida e do dia-a-dia deste que vos escreve. As canções deste mítico disco se misturam com a minha história, bem como daqueles que estavam nas quatro apresentações no estádio Cícero Pompeu de Toledo. Mais popularmente conhecido pelos boleiros de plantão por “Panettone”.


A abertura ficou a cargo do ex-carrancudo e agora bem-humorado guitar hero Noel Gallagher ao lado da sua banda High Flying Birds. E provando mais uma vez que o Oasis faz parte de seu glorioso passado musical. Se mostrando mais relevante sozinho do que ao lado do irmão Liam. Mesclando o cancioneiro da sua curta carreira solo como “Everybody’s on the Run”, que abriu os trabalhos, “In The Heat of the Moment” e a nova “Holy Mountain” com canções do Oasis como uma belíssima e emocionante versão para a clássica “Champagne Supernova” e tirando do baú, “Half The World Away”. Juntamente com uma versão destruidora de “Little by Little”. Ganhando os presentes com “Wonderwall”, que é iluminada pelos celulares ligados. Fechando com chave de ouro com “Don’t Look Back in Anger” em formato acústico e seu maior sucesso solo “AKA ... What A Life”.

 
Com o hit anos 80 “The Whole of the Moon” dos Waterboys rolando nas caixas de som do estádio, é a deixa para suas luzes apagarem e a torre central ilumina-lo. Com o passar da canção cada membro do U2 sobe ao palco para delírio de todos.


Eles se dirigem a uma área central onde temos um mini palco montado e Larry já inicia o show com as batidas do clássico “Sunday Bloody Sunday” seguido de outro hino U2, “New Year’s Day”. Pequena pausa para um papo com a galera, Bono diz que esse é o ultimo show da turnê e se for para a banda acabar (tipo um atentado) essa noite na cidade de São Paulo, morreriam felizes. É a deixa para a balada “Bad”. Dedicada ao camaleão do rock David Bowie. Devidamente citado com “Heroes”. “Pride (In The Name of Love)” é o fim da primeira parte da apresentação.  Com todos entoam seu refrão “In the name of love”, o U2 se dirige ao palco principal ao som dos primeiros acordes da messiânica “Where The Streets Have No Name”. A emoção vai à flor da pele literalmente. Ilustrada no telão por uma estrada sem fim.


Seguida pela religiosa “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” e a balada das baladas “With or Without You”. A temperatura esquenta com a hendrixiana com pitadas de LZ “Bullet The Blue Sky”. Bono está com uma handcam e filmando The Edge, Adam e Larry. The Edgesenta a mão” nas seis cordas da sua guitarra. A poeira abaixa com a balada country “Running To Stand Still”, com direito a solo de gaita de Bono.  O soul está presente em “Red Hill Mining Town”. O messianismo está de volta com “In God’s Country”.


É a vez do smash country blues “Trip Though Your Wires”. A agridoce “One Tree Hilldá as caras. O contrabaixo pulsante de Adam introduz a poderosa “Exit”. Com Bono de volta aos tempos de “Rattle & Hum (1988)” usando um chapéu de cowboy e encerrando a segunda parte com a canção em homenagem as mães dos desaparecidos políticos em El Salvador, Chile e Argentina com “Mothers of the Dissapeared”. Contando com a participação de Daniel Lanois. Um dos produtores de “The Joshua Tree”.


Outra pequena pausa e a parte final começa com “Beautiful Day”. Seguida da arrasa quarteirão a la T-Rex de Marc Bolan “Elevation”. Ao final dela, a câmera de dirige para trás da bateria de Larry.  Que está usando uma camiseta com os dizeres “Amor, Ordem & Progresso”. Virando para ela, batendo no peito e dando um “Tamo Junto”. Como bem dizemos para os nossos melhores amigos. E encerrando com a vibrante “Vertigo”. Com Bono citando trechos de “Live Forever” do Oasis.


O bis começa com o mais recente single “You’re The Best Thing About Me”. Bono dedica a próxima canção a todas as mulheres presentes no estádio, do Brasil, da equipe de produção e do mundo, “Ultraviolet (Light My Way)”. No telão, mulheres que fizeram e/ou fazem parte da história mundial como Irmã Dulce e mais recentemente a atriz global Taís Araújo. Vitima recente de preconceito racial nas redes sociais.


E para encerrar uma noite perfeita temos “One”. Bono brinca sobre os papeis do homem (destacando como ele é importante para o crescimento da população. Não importando o tamanho do "membro". Seja pequeno, mediano ou grande) e da mulher, a importância deles para a sociedade. Deixando seu recado onde cada UM deve cuidar do outro. Bem como do seu próximo. E abalando “as já frágeis” estruturas do estádio com “I Will Follow”. Um final destruidor e inesperado por todos que testemunharam esta apresentação histórica em nosso país tupiniquim.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zendaya & Os "RIVAIS"

Ao contrário do que se pode imaginar, o drama “ Rivais ( Challengers , 2024) ” não é um filme sobre tênis. Apesar do foi visto nos trailers e os vídeos promocionais, o filme discute a relação entre Tashi Duncan e os amigos de infância Art Donaldson e Patrick Zweig. Eles são interpretados pela musa Zendaya , Mike Faist (da refilmagem “ Amor Sublime Amor , 2021”) e Josh O’Connor (o Príncipe Charles da série Netflix “ The Crown ”, 2016 a 2023) respectivamente. Dirigido por Luca Guadagnino de “ Me Chame Pelo Meu Nome (2017)” a partir do roteiro escrito por Justin Kuritzkes . Zendaya é a jovem tenista com futuro promissor. Já os personagens de Mike e Josh almejam ser grandes tenistas.  A princípio, o conto se mostra simples, só que não é.  Tashi é uma mulher ambiciosa, que deseja aproveitar ao máximo seu talento para o esporte. Art e Patrick, tem interesses próprios. O primeiro quer conquistar todos os torneios que participar, já o segundo deseja fama e fortuna. Embora Patrick mostra

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do

"VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU": documentário conta a vida louca vida de NASI

Está ocorrendo na cidade de São Paulo desde o dia 06 de junho, o festival In-Edit . Em sua décima edição, ele traz as melhores produções sobre a música mundial. Sendo no formato de documentário ou filme biográfico. Passando por gêneros como música clássica, eletrônica, world music e chegando até o bom e velho rock’n’roll. Na ultima segunda-feira (11 de junho de 2018) tivemos a estréia do documentário sobre um dos ícones mais controversos do rock brasileiro dos anos 80, o vocalista da banda paulistana Ira! , Marcos Valadão Ridolfi. Mais popularmente conhecido como Nasi . Com o título de “ Você Não Sabe Quem Eu Sou ”, conhecemos um pouco da sua personalidade forte. Dirigido pelo jornalista Alexandre Petillo (que escreveu a biografia de Nasi , “ A Ira de Nasi ” ao lado de Mauro Betting) e contou com a colaboração dos também jornalistas Rodrigo Cardoso e Rogério Corrêa . A estréia ocorreu no Cinesesc com a presença dos envolvidos e sua equipe da produtora Kurundu Filmes. Eles c