Aberta
em 06 de setembro, a exposição sobre um dos ícones do rock brasileiro, o poeta Renato Russo (27.03.1960 – 11.10.1996)
Líder da Legião Urbana ao lado do
guitarrista Dado Villa-Lobos e o
baterista Marcelo Bonfá. Que teve a
participação de Renato Rocha no
contrabaixo até o terceiro álbum do grupo “Que
País É Este 1978 / 1987 (1987)”. Participou das gravações do disco seguinte
“As Quatro Estações (1989)”, mas
devido a desentendimentos, saiu antes do final das gravações. Russo e Dado se revezaram nas quatro cordas.
Voltando
a falar da mostra, sua ideia surgiu quando o filho de Renato, Giuliano Manfredini, visitou a
exposição sobre o camaleão do rock David Bowie em 2014. Se encontrou com o
então diretor do MIS, André Sturm
(hoje Secretario Municipal da Cultura na cidade de São Paulo), para juntos
catalogarem todo material deixado pelo pai em seu apartamento no Leblon, Rio de
Janeiro. De acordo com Giuliano, ele
permanecia lacrado desde o falecimento de Russo em 1996. Com o auxilio da
cocuradora do MIS Fabiana Ribeiro,
os 3000 itens foram catalogados minuciosamente em 1000 para serem exibidos para
o publico.
A obsessão
por organização de Renato ajudou no
processo. Fabiana disse: “Quase tudo é manuscrito, tem bem pouca coisa
datilografada. E diante dessa organização, não tem como mostrar de outra forma.
O acervo manda na exposição, não precisa procurar um roteiro, a exposição meio
já se monta”. E completou: “Depois
que ele descobriu ser soropositivo, trabalhar muito foi o que manteve
equilibrado”.
Patrícia Lira, supervisora do Centro de Memória e
Informação do MIS (Cemis) falou a
respeito: “Giuliano Manfredini procurou o
MIS na época e o acordo foi que o museu cuidaria de tratar e catalogar todo
material, não apenas os itens da exposição. O rapaz abriu todas as portas sem
fazer nenhuma exigência”. Giuliano é
conhecido por ser linha dura, quando o assunto são os direitos autorais sobre a
obra do pai. A equipe dela entre idas e vindas, passou dois anos recolhendo,
restaurando, higienizando e catalogando todo o material.
Assim
a mostra sobre a persona de Renato Russo no Museu da Imagem & do Som (MIS) na cidade de São Paulo, que vai
desde a infância precoce de Renato até se tornar um dos ícones do rock no
Brasil e de sua geração formada ao lado do igualmente poeta Cazuza. Mostrando como o rock dos anos 80 na nossa
terra brasilis foi um dos produtivos de todos os tempos. O mesmo não pode ser
dito nos anos seguintes e perdurando até hoje.
Lá vemos
fotos de quando era um garoto que crescendo lendo obras de Bertrand Russell e
Jean-Jacques Rousseau, as primeiras letras como a da canção “Química” e o hit “Eduardo & Mônica”. As gravuras e as histórias quando teve que
ficar um ano e meio acamado aos quinze anos, devido a uma doença óssea chamada “epifisiólise”.
De volta à escola, os primeiros desenhos do seria da sua primeira banda de
rock, o Aborto Elétrico. A influência
dos Sex Pistols, o pós-punk com The Cure, Siouxsie & and The Banshees e principalmente
pelos Smiths de Morrissey.
Em um
dos espaços mais disputados da exposição, temos uma galeria com os livros,
discos e vídeos que fizeram parte do seu cotidiano cultural. Destacando os
vinis dos Menudos. Vemos as camisas de Renato marcaram sua carreira e as
camisetas de seus ídolos como David Bowie, Elvis e Beatles.



A vestimenta
usada na capa do disco “Descobrimento do
Brasil (1993)” e no vídeo-clip “Perfeição”.
E a camisa usada por ele para ilustrar a capa do seu primeiro trabalho solo, “The Stonewall Celebration Concert (1994)”.
Juntamente com os instrumentais usados por ele, seja em estúdio ou no palco. A
parte final é composta por seus diários, sua ligação com I Ching e a troca de
cartas entre os fãs. Na saída da mostra, a reprodução do apartamento de Renato.
INFORMAÇÕES
Local: Museu da Imagem & do Som - Avenida
Europa, 158, Jardim Europa
Período: de 07 de setembro de 2017 a 28 de
janeiro de 2018
Horário: 10h às 21h (terça a sábado) e 9h às
19h (domingos e feriados)
Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) - (grátis
às terças)
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