A
busca do homem sobre se “realmente estamos sozinhos no espaço”, é uma questão ainda está muito longe de ser respondida. O clássico dirigido pelo mestre Stanley Kubrick,
“2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)” tentou responde-la. Porém, criou mais duvidas
a respeito. Mesmo antes, cineastas de gerações anteriores tentaram entende-la
com películas como “O Dia em que A Terra Parou (1951)” e “Guerra dos Mundos
(1953)”. Estes refletiam o medo da humanidade, caso fossemos invadidos por uma
raça alienígena com intelecto e poderio bélico superior ao nosso. Ou seja, sua
total aniquilação.
Já o
escritor e astrólogo Carl Sagan tinha uma visão mais esperançosa a respeito. Como
seu antológico seriado televisivo “Cosmos (1980)” e seus romances. Um deles foi
adaptado para a tela grande e daí surgiu a excelente scifi “Contato (1997)”. Dirigida
por Robert Zemeckis (“Forrest Gump: O Contador de Histórias, 1994”) e contando
no seu elenco, Jodie Foster e Matthew McConaughey. O mago Steven Spielberg é um
grande amante do tema, nos trouxe os clássicos “Contatos Imediatos do Terceiro
Grau (1977)” e “E.T. – O Extraterrestre (1982)”.
Com
isso dito, estreando nas melhores salas de cinema da sua cidade temos a ficção
cientifica “Vida (Life, 2017)”. Dirigida
pelo sueco Daniel Espinosa, que fez
o ótimo filme de ação e espionagem “Protegendo o Inimigo (2012)” e junto aos roteiristas
Rhett Reese & Paul Wernick. A dupla
foi responsável pela ótima comédia “Zumbilândia (2009)” e a versão para a
telona do anti-herói da Marvel “Deadpool” em 2016. Para nos trazerem sua visão sobre
a vida fora do planeta azul.
Primeiramente,
vamos falar das comparações com “Alien: O Oitavo Passageiro (1979)” de Ridley
Scott. Pelo teor de sua história e pela divulgação feita ao filme, elas são justificáveis.
“Alien” se destacava pela descoberta de um novo ser vivo fora da Terra e pelo
crescente clima claustrofóbico dentro da nave Nostromo, à medida que ele se
desenvolve. Onde assassina cada membro da tripulação.
Em “Vida”, o trio nos traz o conto da
tripulação da Estação Espacial Internacional estacionada na orbita da Terra. Eles
estão aguardando o retorno de uma das sondas que aterrissou em Marte, contando
material orgânico de lá em seu interior. A ser analisado por eles e comprovar a
existência de vida (como bem diz seu titulo), antes do planeta vermelho ser o
deserto conhecido por todos.
A Estação
é comandada pela astronauta Ekaterina (Olga
Dihovichnaya) e tem sua equipe formada pela cientista e responsável pela
segurança de todos Miranda (Rebecca
Ferguson de “Missão Impossível: Protocolo Fantasma, 2015”), o mecânico Roy
(o Deadpool Ryan Reynolds), Sho (Hiroyuki Sanada de “47 Ronins, 2013”) é
o piloto e cuida das comunicações entre a Estação e a Terra, o biólogo Hugh (Ariyon Bakare) e o medico David (Jake Gyllenhaal, um dos cowboys gay de “O
Segredo de Brokeback Mountain, 2005”).
Com as
amostras em seu laboratório, Hugh encontra uma evidencia. Que se vislumbra num microscópico
organismo vivo. Empolgando a todos. Ganha o nome de Calvin, através de um concurso numa escola
nos EUA. Com o passar do tempo, ele cresce. Demonstra alguns movimentos. Hugh
decide estimula-lo com pequenos choques. Respondendo de forma violenta, Calvin agarra sua
mão. E a quebrando dedo por dedo literalmente.
O pânico
toma conta de todos a bordo. Decidem exterminar Calvin. Roy se oferece e usa um
lança-chamas para acabar com o extraterrestre. Mesmo em uma forma diminuto, ele
exibe uma resistência às chamas. Ao revidar o ataque, Calvin entra no corpo de
Roy. O devorando por dentro. Ganhando assim, mais massa física. E tentando
encontrar um modo de sair de lá. Até que consegue. Calvin está em qualquer
ponto da Estação, pronto para atacar seus membros.
Assim
temos o mote de “Vida”. Daí a influencia
de “Alien”, Reese e Wernick souberam pegar o terror
crescente com a presença de Calvin na Estação. Onde ele pode mata-los sem que
notem sua presença. Ao mesmo tempo, o medo de que ele chegue a Terra. E ter o
mesmo destino de Marte. Ou seja, o fim da raça humana e de todo planeta.
A boa
sintonia do elenco garante o clima tenso dentro da Estação. Aliado ao ótimo trabalho
de montagem das sequencias feito por Mary
Jo Markey (“Star Wars: O Despertar da Força, 2015”) & Frances Parker. Espinosa soube usar muito bem outra referencia. No
caso, os passeios ao redor e dentro dela. Como bem vimos Alfonso Cuarón filmar
em “Gravidade (2013)”. Somando a isso, um final que pode surpreender a quem for
ver “Vida”. Mas deixando uma
indagação no ar: “Será que vale a pena realmente acharmos vida (inteligente ou
não) no espaço infinito?”.
Faz muito tempo que não via um filme com uma historia tão boa quanto Vida, o que mais me impressionou foram todos os dados que encontrei do diretor, acho que é uma boa oportunidade para vê. Se ainda não a viram, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza. É um filme que teve muitas opiniões divididas, mas eu realmente gostei disso!
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