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OS "ALIADOS" de Brad Pitt


Filmes de guerra sempre encantaram os estúdios em Hollywood. Pode ser um assunto rico que pode gerar tramas originais ou baseadas em fatos reais. Como por exemplo, o clássico “Fugindo do Inferno (1963)” e “O Resgate do Soldado Ryan (1998)” respectivamente. E quando se adiciona uma pitada romântica como o imortal “Casablanca (1942)” com os igualmente imortais Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, o tema ganha ainda mais ênfase em sua história.


É assim temos “Aliados (Allied, 2016)”. Estrelado pelo galã Brad Pitt e a Edith Piaf do cinema Marion Cotillard. Dirigido por Robert Zemeckis (Oscar de Melhor Diretor por “Forrest Gump: O Contador de Histórias, 1994”) de volta aos filmes com atores reais desde o excelente drama “O Voo (2012)”. Traz-nos este conto ficcional de guerra escrito por Steven Knight sobre dois espiões que trabalham secretamente na paradisíaca Casablanca no Marrocos, em plena Segunda Guerra Mundial. Pitt é Max Vatan. Oficial da força aérea canadense que trabalha para o exercito da Rainha da Inglaterra como espião ocasional.

Tem que encontrar uma militante da resistência francesa chamada Marianne Beausejour (Cotillard). Em Casablanca, eles precisam fingir que são um casal recém-casado. Ela já está infiltrada no setor administrativo dos alemães na cidade. A missão deles é assassinar o chefe local, para que as forças aliadas tenham uma vantagem quando chegarem lá. A operação é um sucesso. Em meio a ela, Max e Marianne se apaixonam. Ele a chama para ir até Londres, para viverem juntos. Lá conhece o comandante de Max, Frank Heslop (Jared Harris, o professor Moriarty de “Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras, 2011”).


Passado um ano da ação deles, se casam de verdade. E têm uma filha, Ana, em meio a um bombardeio na capital britânica. Indo morar em Hampstead, um bairro da cidade londrina. Dai surge o Serviço Secreto Inglês com uma missão para Max. Eles interceptaram uma mensagem decodificada para os nazistas. Deixando uma pista da identidade de quem pode estar os espionando para os alemães. Elas a chamando de “Fräulein” (tradução: madame em alemão). E a única indicação que eles possuem é a esposa de Max, Marianne. O chefe da seção (Simon McBurney, de “Missão Impossível: Nação Secreta, 2015”) encontrou provas que ela não é quem diz ser.



De inicio, Max não acredita no que ouviu. É convencido por Frank a receber uma mensagem falsa e deixar que Marianne a ouça. Se for realmente (ou não) a espiã a repassará. Dai temos a trama cheia de nuances de “Aliados”. Zemeckis volta a exibir a habilidade e o olhar apurado que bem vimos no mítico “Forrest Gump”, na trilogia “De Volta para o Futuro” e no suspense sobrenatural a lá Hitchcock “Revelação (2000)”. A influência de “Casablanca” não é por acaso no conto de Knight. Onde as aparências podem enganar. 


A cenografia e o vestuário de Cotillard criado por Joanna Johnston (indicada ao Oscar na categoria de Melhor Figurino) se destacam. A boa química do casal Pitt & Cotillard lembra a dinâmica de Bogart & Bergman. Brad com seu carisma, é o herói em duvida se é verdade o que dizem de sua esposa. Já Marion, mostra porque é uma das mais talentosas atrizes da sua geração, nos brinda com uma atuação que vemos a dualidade de sua personagem. Sendo sexy, intrigante e forte quando necessário.

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