Filmes
que discutem sobre a formação do jovem negro na terra do Tio Sam, não chegam
por aqui como à frequência necessária. Um dos poucos exemplos é o clássico dos
anos 90, “Boyz n the Hood: Os Donos da
Rua (1991)” de John Singleton. Que falava de como é difícil à convivência em um
dos bairros mais violentos dos Estados Unidos na cidade de Los Angeles, o South
Central. Lá temos o conto de Tre (Cuba Gooding Jr.) que luta para ter um futuro
fora de lá.
BOYZ N THE HOOD: OS DONOS DA RUA
Agora
estreando nas melhores salas de cinema da sua cidade, a história de Chiron. Nascido
em Miami vive sua dura realidade, onde é hostilizado desde pequeno por seus
colegas de escola. Encontrando refugio na figura de Juan (Mahershala Ali, o Boggs da franquia “Jogos Vorazes”). Um traficante
local que acaba se transformando em seu tutor na vida. Ao mesmo tempo, conhece
sua namorada Teresa (Janelle Monáe
de “Estrelas Além do Tempo, 2016”).
Enxergando neles, uma estabilidade familiar que não tem ao lado da mãe Paula (Naomie Harris, a nova Moneypenny da saga 007), viciada em crack. Este é o mote inicial de “Moonlight: Sob A Luz do Luar (Moonlight, 2016)”. Dirigido por Barry Jenkins que adaptou junto ao autor Tarell Alvin McCraney, a peça teatral escrita pelo segundo. O conto de Chiron é levado por eles em três atos. O primeiro é chamado de LITTLE.
Enxergando neles, uma estabilidade familiar que não tem ao lado da mãe Paula (Naomie Harris, a nova Moneypenny da saga 007), viciada em crack. Este é o mote inicial de “Moonlight: Sob A Luz do Luar (Moonlight, 2016)”. Dirigido por Barry Jenkins que adaptou junto ao autor Tarell Alvin McCraney, a peça teatral escrita pelo segundo. O conto de Chiron é levado por eles em três atos. O primeiro é chamado de LITTLE.
Retratando
sua infância. Sendo interpretado por Alex
Hibbert. Sofrendo bullying na escola. O único amigo que tem lá é Kevin (Jaden Piner). Ao lado de Juan, aprende
o que é ter uma figura paterna. Ele lhe ensina o que é verdade e o que é
errado. Apesar dele, vender drogas. Mais tarde, ele descobre que a mãe de Chiron
é uma das suas melhores clientes. Já no
segundo ato (CHIRON), que ganha seu
nome, ele já está adolescente (Ashton
Sanders). Como todo bom garoto na
idade, tenta entender sua sexualidade. Descobrindo ao lado de Kevin (Jharrel Jerome). Em um momento íntimo,
os dois se beijam. No dia seguinte, é provocado pelo valentão da escola Terrel
(Patrick Decile). Que pede a Kevin
dar uma surra em Chiron. Mais tarde, ele atinge Terel com uma cadeira no meio
da sala de aula. Fazendo com que seja preso.
BLACK é o terceiro e ato final, com Chiron (Trevante Rhodes) adulto vivendo em
Atlanta como Juan. Traficando drogas, enriquecendo e solitário. Sua mãe
liga constantemente, lhe cobrando uma visita. Até que recebe uma ligação
inesperada. É Kevin (André Holland),
que deseja reencontra-lo para colocar a conversa em dia. É assim
que Jenkins nos traz o conto sobre
Chiron. De maneira simples e direta, vemos seu crescimento e amadurecimento. Com
a câmera acompanhando de perto, o passo a passo de sua jornada. Por exemplo, no começo do filme quando está fugindo dos meninos da escola e se esconde em
um apartamento abandonado.
Seus três interpretes (Hibbert, Sanders e Rhodes) exibem toda sua inibição, seus medos e questionamentos sobre quem é. Em especial, Ashton passou isso muito bem. Pois só se sente a vontade ao lado de Kevin e mais certo sobre sua personalidade. “Moonlight” ganha um atrativo para o publico brasileiro com a canção “Cucurrucucú Paloma” de Tomás Méndez Sosa, interpretada por Caetano Veloso.
E o
filme se tornou um dos favoritos do Oscar (cerimonia a ser realizada na noite
deste domingo). Já que na noite do último sábado (25 de fevereiro de 2017) foi o grande
vencedor do Spirit Awards, principal premiação do cinema independente. Vencendo
nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor
Fotografia, Melhor Edição e Prêmio Robert Altman pelo conjunto da obra. “Moonlight” foi indicado a oito Oscars:
Melhor Filme, Melhor Diretor (Jenkins),
Melhor Ator Coadjuvante (Ali),
Melhor Atriz Coadjuvante (Harris),
Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhor Trilha
Sonora Musical (Nicholas Britell).
Interessante, você gostou do filme? É excelente, sinto que história é boa, mas o que realmente faz a diferença é a participação do ator Mahershala Ali neste filme. Eu o vi recentemente em a série true detective, você viu? A participação do ator foi fundamental. Adorei, pessoalmente eu acho que é uma série que nos prende. A historia está bem estruturada, o final é o melhor! Sem dúvida a veria novamente, se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo. Cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção.
ResponderExcluirOlá, Areli. Sim, gostei do filme. O diretor trouxe a tona um assunto pouco discutido na comunidade negra nos EUA. A homossexualidade. E ele exibe a história de Chiron de forma natural sem cair no melodrama comum. A atuação de Mahershala realmente é o diferencial do filme. Já vi as temporadas anteriores da série. Esta última ainda não. Verei em breve. Ela é excelente, muito bem estruturada e cuidadosa em seus mínimos detalhes.
Excluir