Os
mistérios do Oriente sempre fascinaram os amantes da sétima arte. Em especial a
China e o Japão. No primeiro temos como principal atrativo, a Muralha que cerca
os chineses por mais de 21 mil quilômetros e tendo aproximadamente 7 metros de
altura. Entre suas lendas, ela foi construída por seu Imperador para impedir
que tribos vindas do norte invadam a Cidade Proibida. Sendo um tema rico para um
dos melhores cineastas chineses Zhang Yimou. Que nos trouxe os
elogiadíssimos dramas “Lanternas Vermelhas (1991)” e “Tempo de
Viver (1994)”. Nos anos 2000, tivemos as aventuras épicas “Herói (2002)”,
indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro daquele ano, “O Clã das Adagas
Voadoras (2004)” e “A Maldição da Flor Dourada (2006)”.
Junto ao controverso drama de guerra “Flores do Oriente (2011)”,
estrelado pelo cavaleiro das trevas Christian Bale.
Agora ao lado do Jason Bourne Matt Damon, para juntos trazerem a aventura fantástica “A Grande Muralha (The Great Wall, 2016)”. Matt é o mercenário William Gavin que vaga mundo afora por trabalhos pagos com dinheiro e comida. Junto ao parceiro Pero Tovar (Pedro Pascal, o Javier Peña da serie Netflix “Narcos, desde 2015”), estão à procura do pó negro (mais conhecido como pólvora) e ouviram boatos que podem encontra-lo na China. Em meio à viagem, são atacados por um animal. Que surge das sombras, graças a um golpe perfeito de William consegue mata-lo. De volta à estrada, são emboscados pela patrulha do Exercito Sem Nome. São levados para uma instalação militar dentro da Muralha. Lá são apresentados ao General Shao (Zhang Hanyu), o estrategista de guerra Wang (Andy Lau) e a Comandante Lin (Jing Tian).
Mais
tarde, descobrem a origem do animal que os atacou. Ele era um Tao Tei. Ser
místico, que faz parte de um exército, liderado por sua Rainha. Que a cada 60
anos atacam a Muralha para se alimentar de carne humana. E caso vençam, pode
destruir o mundo. Na primeira batalha, William e Pero se destacam. Ganhando a
admiração do General e seus comandados. Conhecem também sir Ballad (Willem Dafoe, o
escritor ranzinza de “A Culpa é das Estrelas, 2014”). Um comerciante
preso há 25 anos na Muralha, que tem o mesmo proposito de William e Pero.
Roubar o pó negro para vendê-lo por toda Europa e enriquecerem. Durante
as batalhas, William começa a mudar seus interesses. Percebendo que suas habilidades
podem ajudar o Exercito Sem Nome. Em especial, a comandante Lin.
Este é o
mote básico de “A Grande Muralha”. Com Damon, saindo
dos papeis que está acostumado. Seja como o ágil agente sem memoria ou em
filmes como “Elysium (2013)” e “Perdido em Marte (2015)”.
Para viver um guerreiro de caráter duvidoso tentando a redenção de seus pecados
ao lutar ao lado de Lin e seus exercito em uma película que mescla aventura
fantástica com o termo épico (já bem exemplificada com a Trilogia do Anel). Zhang
Yimou é como um artesão do
cinema. Bem visto em seus trabalhos mencionados acima. Deixa bem claro os
significados das cores. Onde elas exibem como cada sessão do Exercito Sem Nome
funciona. Por exemplo, o esquadrão liderado por Lin é da cor azul.
Formado por mulheres, elas literalmente voam pela Muralha quando o
defendem dos Tao Tei. A cenografia e o figurino, são um espetáculo a
parte. “A Grande Muralha” é uma aventura descompromissada
que vale o ingresso. Por explicar o necessário da motivação dos Tao Tei junto à
sequências de ação empolgantes.
Comentários
Postar um comentário