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DAVID BOWIE É "O HOMEM QUE CAIU NA TERRA"


No ultimo dia 10, fez um ano do falecimento do camaleão do rock David Bowie e entrando em cartaz nos melhores cinemas da sua cidade, temos seu primeiro trabalho como ator na sétima arte, o cult “O Homem que Caiu na Terra (The Man Who Fell the Earth, 1976)”. Dirigido pelo britânico Nicolas Roeg que junto a Paul Mayersberg, adaptou o conto scifi de mesmo nome do escritor Walter Trevis.

Celebrando seus 40 anos, aqui temos a historia do alienígena Thomas Jerome Newton (Bowie), que na verdade não caiu, ele chegou com sua nave a Terra com uma missão. Seu planeta natal está morrendo devido à falta d’água e buscando recursos por aqui.  Ele foi escolhido para vir até aqui, por ser um estudioso sobre o comportamento humano através de vídeos captados no espaço.


Ele está entre nós, como um vendedor de anéis em lojas de penhores. Assim que consegue os recursos necessários, contrata o advogado Oliver Farnsworth (Buck Henry). Sua especialidade são contratos em patentes. Usando seus conhecimentos e a tecnologia de seu planeta, Thomas se torna aos poucos um magnata no ramo da tecnologia. Trazendo novidades em termos de fotografia, televisores e aparelhos de som.

Assim se torna um milionário recluso. Suas invenções despertam a atenção do professor universitário Nathan Bryce (Rip Torn, o Zed da franquia “M.I.B. – Homens de Preto”). Ele fica maravilhado com o que é possível fazer com as câmeras fotográficas e a resolução de suas imagens. O que mais tarde se torna uma obsessão e quer conhecer Thomas a todo custo.


Enquanto isso, Thomas conhece a jovem Mary Lou (Candy Clark, de “American Graffiti: Loucuras de Verão, 1973”). Até então seu único contato por aqui era Farnsworth. Com o passar do tempo, ela se torna sua confidente. Dai temos o conto de Trevis levado para a tela grande por Roeg, como uma ficção que se mistura com a história de seu protagonista.

Com Bowie, bem à vontade no papel, seu carisma e a popularidade na época, junto ao personagem Ziggy Stardust, criado no antológico álbum “The Rise and The Fall of Ziggy Stardust & The Spiders From Mars (1972)”. Um alien bissexual e rockstar entre nós. Roeg nos traz uma metáfora que vale até nos dias de hoje. Onde o ingênuo se deslumbra com a riqueza momentânea e a facilidade de acesso ao que ele traz (Exemplo: sexo, álcool e drogas). Se perdendo em seu objetivo final. Enxergamos bem isso, quando um estrangeiro que chega a um ambiente que não conhece. 

Como toda boa scifi, ela nos traz como reflexão a frieza de Thomas em sua relação com as pessoas, seu vicio em televisão (naqueles tempos, a melhor diversão da humanidade), o mundo empresarial tentando a todo custo lucrar com o sucesso de Thomas e a sustentabilidade ambiental (neste caso, a água).

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