O escritor norte-americano Dan Brown chamou atenção do grande publico pela sua escrita apurada e o trabalho de pesquisa em suas obras literárias. Em especial, no conteúdo religioso. Mais especificamente ao cristianismo. A serie sobre o professor especialista em símbolos Robert Langdon, iniciada com “Anjos & Demônios (2000)” seguida com o polemico best seller “O Código Da Vinci (2003)”, “O Símbolo Perdido (2009)” e “Inferno (2013)”. Este último ganhou uma versão para o cinema a estrear este final de semana mundialmente.
Para
introduzir o personagem na sétima arte, tivemos a adaptação de “O Código Da Vinci (The Da Vinci Code)”
em 2006. Estrelado pelo oscarizado Tom
Hanks, dirigido pelo também premiado pelo Oscar Ron Howard e o roteiro escrito por Akiva Goldsman (Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por “Uma Mente
Brilhante, 2001”). Aqui conhecemos o professor Langdon em meio a uma
investigação da policia francesa. Onde o curador do Louvre, Jacques Saunière
(Jean-Pierre Marielle) foi
assassinado. Seu nome é citado no local do crime.
Bezu
Fache (Jean Reno do cult “O
Profissional, 1994”) é o investigador responsável pelo caso. Lá conhece
a cientista forense Sophie Neveu (Audrey
Tautou do indie “O Fabuloso Destino de Amélie Poulian, 2001”). Ela e Robert
percebem pistas escondidas no corpo da vitima e no seu entorno. Enquanto isso,
Bezu prepara uma armadilha para prender Langdon. Mais tarde, Sophie revela que
conhece Saunière e alerta Robert sobre as intenções de Fache.
Distraindo
a força policial no museu, Robert e Sophie correm contra o tempo para descobrir
com o que Saunière deixou. Uma nota com números que representam o cálculo
matemático descrito como Fibonacci. Junto a uma frase escrita no chão do museu
por Jacques. A memoria ágil e fotográfica de Robert percebe um anagrama que o
leva uma pista escondida no quadro da Mona Lisa de Leonardo Da Vinci.
Langdon
e Neveu acham uma relação da obra de Da Vinci com o assassinato de
Saunière e uma sociedade secreta chamada o “Priorado do Sião”. Ele fazia parte
dela e tinha o intuito de proteger o Santo Graal. Em busca de auxilio, eles vão
ao encontro do antigo mentor de Robert, sir Leigh Teabing (sir Ian McKellen, o Magneto da saga mutante X-Men). Somado a isso,
são perseguidos pela Opus Dei, força ortodoxa do Vaticano. Ela é comandada pelo
Bispo Aringarosa (Alfred Molina, o
Dr. Octopus de “Homem-Aranha 2, 2004”). Tendo como seu fiel seguidor, Silas (Paul Bettany, o Visão do Universo
Cinematográfico Marvel).
Essa
é trama básica de “O Código Da Vinci”,
com Ron Howard nos trazendo uma
trama engenhosa. Onde nada para ser o que é realmente. Aproveitando a história criada por Brown, ser bem adaptada por Goldsman,
que nos envolve até seu ato final. O filme, assim como o livro, levantou uma
polemica sobre a divindade de Jesus Cristo. E como o Vaticano interferiu (e
interfere até hoje) sobre sua imagem. Seria o filho de Deus apenas uma pessoa
comum como nós ou a lenda mítica que cresceu com o passar dos anos?
Com
o sucesso de “O Código Da Vinci”,
tivemos em 2009 a continuação “Anjos
& Demônios (Angels & Demons)”. Que na verdade é o primeiro conto
sobre o professor Langdon. O que vemos aqui são eventos anteriores aos de “O
Código Da Vinci”. Estamos na cidade do Vaticano (Itália) em meio ao Conclave, a
eleição do novo Papa. Já que o último faleceu. E a Igreja está assustada com a
volta de um velho inimigo, os Illuminati.
No laboratório
do CERN (Organização Européia para Pesquisa Nuclear, traduzindo), a dra. Vittoria
Vetra (Ayelet Zurer, “Homem de Aço,
2013”) está supervisionando um experimento para criação de antimatéria. Ela
obteve sucesso, porem um dos cilindros é roubado. O responsável, um mercenário
contratado pelos Illuminati. Uma sociedade secreta com cientistas e matemáticos, que possui um raciocínio logico sobre a criação do mundo. Galileu Galilei (segundo estudos) seria um simpatizante (ou não) deles.
Eles
ameaçam destruir o Vaticano e atrapalhar o Conclave. Eles estão sequestrando e
assassinando os "preferiti". No caso, os principais candidatos ao posto. Por
isso, pedem ajuda a Langdon. Junto a ele a dra. Vetra e o Camerlengo Patrick
McKenna (o cavaleiro jedi Ewan McGregor),
protegido do papa morto e que está no comando do Vaticano, quando seu sucessor
não é escolhido. Ao lado deles, o comandante da policia do Vaticano Richter (Stellan Skarsgard, o dr. Erik Selvig
dos filmes do Deus do Trovão) e o investigador local Ernesto Olivetti (Pierfrancesco Favino).
Como
em “O Código Da Vinci”, “Anjos & Demônios” é uma corrida
contra o tempo. Em busca de pistas na biblioteca do Vaticano e nas marcas deixadas
em cada padre que foi assassinado. A simbologia dos Illuminati se refere aos
quatros elementos que compõem o planeta: Fogo, Ar, Terra e Água. Seus ideais
colocam a ciência em primeiro lugar, em detrimento ao cristianismo.
Enquanto
“O Código Da Vinci” de forma
didática explicava os eventos sobre o mito de Jesus Cristo. Desta vez, o
suspense e ação tomam conta da trama de “Anjos
& Demônios”. Não que isso seja um defeito, cada uma tem sua característica
dramática. O primeiro é a introdução do personagem interpretado de forma
brilhante por Tom Hanks. Já o
segundo, o coloca em meio a ação de forma contínua.
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