Este que vos escreve esteve no último sábado (10 de setembro de 2016) na Beatlemania Experience que está acontecendo no estacionamento do Shopping Eldorado na cidade de São Paulo. Numa tenda com mais de dois mil metros quadrados ao entrar, sentimos o clima britânico. No caso, a cidade de Liverpool.
O
acesso a ela não é difícil. A bilheteria tem pouca fila de espera. A entrada
para a exposição tem horário marcado, mas não há período controlado quando você
já está dentro dela. Só um aviso, após passar uma cortina preta que divide as
alas, você não pode retornar a que estava anteriormente. Acompanhado do meu
velho amigo Marcello Fonseca, somos
introduzidos com um vídeo que nos mostra a história dos quatro rapazes de
Liverpool e sua influencia, mundo a fora.
Na
ala seguinte, vemos uma linha do tempo com as formações dos Beatles. Que inclui os primeiros nomes
do grupo (desde The Quarrymen e passando por Silver Beatles). Nota-se que o posto
de baterista sempre foi problema para eles. Até a chegada de Pete Best e sua substituição por Ringo Starr.
Vemos
uma replica do caminhão em que John
Lennon se apresentou com sua primeira banda e o resto faz parte da
história. O primeiro encontro com seu futuro parceiro musical, sir Paul McCartney. Ao lado, em um
expositor de vidro, uma copia do boletim escolar de Lennon. Onde os professores escreviam sobre sua evolução. Em
matérias como matemática, química e ciências, quase o chamam de retardado
mental. Já na matéria descrita como “singing (tradução: canto)”, a linha está
branco. Por que será?
Passamos para próxima, estamos na rua do Cavern Club. A exposição é bem interativa com painéis sensíveis ao toque, mais fotos da época que contam história do grupo. A reprodução do interior do pub é perfeita. Sentimos o aperto do local e o palco próximo ao publico. Junto aos instrumentos e a roupa usada por eles ao se apresentarem. Vale lembrar que o material exposto são réplicas. Com exceção do que foi doado por fãs daqui. Por exemplo, edições em vinil só lançados em nossa terra brasilis, a coletânea “BEATLEMANIA”.
Bonecos
de pano, jogo de caça-palavras, quebra-cabeças, lancheiras, revistas antigas
(como o Cruzeiro), recortes de jornais, posters e até um álbum de figurinhas. Nos
monitores, vemos documentários como “The First U.S. Visit” e imagens dos
Beatles se apresentando ou dando entrevistas. E de lá, vamos para uma sala que
está sendo exibindo o concerto que o Fab
Four quebrou todos os recordes de público em um local fechado. No caso, o
Shea Stadium na cidade de Nova York. Em meio à realidade virtual, usando óculos
3D, nos sentimos dentro dele e ao lado das pessoas vendo o show. Uma sensação
única. Do lado de fora, as vestimentas usadas na ultima turnê da banda, com
passagens pelo Japão.
Mais frente, estamos na porta dos estúdios Abbey Road. Nas paredes do lado de fora, posters dos discos gravados lá. Como a trilha sonora musical da saga do anel “O Senhor dos Anéis” e os clássicos “The Dark Side of the Moon (1973)” do Pink Floyd, “Odessey and Oracles (1968)” do The Zombies e “The Bends (1995)” do Radiohead. Lá dentro sentimos o clima das gravações, da fase que o grupo deixou os palcos. Para fazer as experiências musicais, nos antológicos álbuns “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)”, “White Album (1968)”, “Let it Be (1970)” e “Abbey Road (1969)”.
Instrumentos
e a reprodução dos uniformes vistos na capa de “Sgt. Pepper’s” e o visual
“Summer of Love”. Na próxima ala, o fim do sonho. Como bem disse John Lennon, o terraço da Abbey Road. Com
a imagem da banda cover All You Need is Love, refazendo a performance dos Fab Four tocando “Don’t Let Me Down”. Antes
disso passamos literalmente dentro do submarino amarelo.
Em um quadro de vidro, a reprodução da guitarra Fender Telecaster usada por George Harrison no disco “Let it Be”. Poucas foram produzidos, só autorizadas pelo seu filho Dhani. Ao final, chegamos a uma ala que se divide para os quatro rapazes de liverpool. A de sir Paul, temos nas paredes os setlists de todos os shows (estava na apresentação de 1993) no Brasil e um ukelele autografado. A de George tem uma citara. Ringo com posters e vídeos. E a de John, o piano branco com par de óculos e uma rosa. Ao lado, a guitarra Gibson do disco “Live in New York City (1972)”.
Nas alas, há pontos de escuta. São tablets conectados ao Spotify, que possui todo catalogo dos Beatles. Bem como das respectivas carreiras solo de seus membros. O saldo final é extremamente positivo. A organizadora do evento Let It Be nos leva a uma viagem no tempo e no espaço, fazendo com que o visitante se sinta dentro do ambiente vivido por John, Paul, George & Ringo. Ela nos trouxe também a Rock Street da última edição do Rock in Rio no Brasil. Onde o tema foi a capital inglesa Londres. Por exemplo, um dos stands foi montado como um pub. Que inclusive trouxe as tradicionais cervejas britânicas avermelhadas. E um food truck com o popular “fish‘n’chips”, traduzindo peixe com batata frita.
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