A produtora de filmes da terra da Rainha Working Tittle é hoje uma das maiores e mais ativas da indústria cinematográfica. Iniciando como independente, fazendo filmes menores na Inglaterra como os cults “Minha Adorável Lavanderia (1985)” e “Sid & Nancy (1986)”. Apostando também em comedias românticas como “Quatro Casamentos & Um Funeral (1994)”, “Um Lugar Chamado Notting Hill (1998)” e “Simplesmente Amor (2003)”.
Bem como nos dramas épicos como “Elizabeth (1998)”, “Elizabeth: A Era de Ouro (2007)” e “Zona Verde (2010)”. Em meio a isso, tivemos a adaptação dos romances escritos pela autora britânica Helen Fielding, sobre uma solteirona que busca desesperadamente pela sua metade da laranja (parafraseando Fabio Jr., este em busca eterna da sua metade). Seus livros “O Diário de Bridget Jones (1996)”, “Bridget Jones: No Limite da Razão (1999)” e “O Bebê de Bridget Jones (2013)”. Este último ganhou sua versão para a tela grande este ano e estreou na última quinta-feira (29 de setembro). Será o tema do próximo post.
Voltando
no tempo, vamos para 2001 quando a produção de “O Diário de Bridget Jones”
foi lançada. Para ser a personagem temos a texana Renée Zellwegger (Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Cold Mountain, 2003”) para ser a inglesa
fora dos padrões de beleza e atrapalhada por natureza Bridget Jones. Vivendo
seu dia a dia na capital inglesa Londres em seu apartamento e trabalhando como
repórter na estatal local. Na festa de final de ano na casa de seus pais,
decide dar uma virada na própria vida. No auge de seus trinta anos, resolve
escrever sua rotina em um diário. E como toda promessa de ano decide: parar de
fumar e beber, emagrecer, achar um emprego melhor e um namorado.
Nessa
busca, ela se encontra com Daniel Cleaver (o galã inglês Hugh Grant), seu futuro chefe. Com quem engata um romance. Descobre
mais tarde, que ele é um cafajeste de primeira. Em uma trapalhada e outra, como
a escolha de uma calcinha sexy para o primeiro encontro. Ou quando tem a
oportunidade de se destacar no trabalho como repórter. Bridget encanta a todos
em uma matéria no corpo de bombeiros da cidade. Detalhe: ela foi transmitida AO
VIVO! Onde Bridget dá uma escorregada digna dos “Trapalhões” da nossa terra brasilis.
Zellwegger entrou de cabeça no papel. Deixando o sotaque texano de lado, para se tornar uma britânica de nascença. De início, sua escolha não foi bem aceita pelos ingleses. Mas depois da estreia, se renderam ao seu talento. Como toda comedia romântica, há um triângulo amoroso. E ele é completado pelo rei gago Colin Firth (Oscar de Melhor Ator por “O Discurso do Rei, 2010”).
Firth é o advogado Mark Darcy. Um homem
bonito, inteligente porem tímido. Que não consegue expressar seus sentimentos a
Bridget. Colin e Hugh são responsáveis por uma das
melhores sequencias da película, quando brigam por ela e acabam destruindo um
restaurante ao lado do apartamento dela. Ao fundo ouvimos o clássico disco “It’s Raining Men” das The Weather Girls.
Dirigido por Sharon Maguire, o roteiro foi adaptado por Richard Curtis & Andrew Davies. Eles souberam aproveitar a essência da história de Bridget, dando um timing cômico para suas confusões na vida amorosa junto com a entrega de Renée ao papel. Dando a veracidade necessária, onde não enxergamos outra pessoa para ser Bridget Jones.
Grant está perfeito como o bonitão de caráter duvidoso e Firth mostrando porque se tornou um dos melhores atores da sua geração. O elenco de apoio é outro destaque com a nata britânica em cena. Formada por Jim Broadbent (“A Dama de Ferro, 2011”) sendo o pai de Bridget, Colin, e Gemma Jones é sua mãe Pam. Estes se separam depois de mais de 30 anos de casamento. E somando a isso o trio de amigos de Bridget formado por Tom (James Callis), Jude (Shirley Henderson) e Shazzer (Sally Philips).
Em
2004, tivemos a continuação “Bridget Jones: No Limite da Razão (Bridget Jones: The Edge of Reason)”.
Com a personagem vivendo uma relação estável com Mark (Firth). Onde a carreira de ambos, em ascensão. Ela como repórter
responsável por matérias inusitadas como “saltar
de paraquedas e cair um rebanho de porcos”. E ele como advogado de causas
internacionais. Tudo vai bem. Até Bridget conhece a colega de trabalho de Mark,
Rebecca (Jacinda Barrett, da serie
Netflix “Bloodline” desde 2015).
Ao mesmo tempo, ela se diz feliz e satisfeita pela relação com Mark e a quantidade de vezes que fizeram sexo. Deixando-a assustada, já se imagina gravida. O alertando a respeito, faz o teste de gravidez de farmácia. Sendo só um susto. Mas os decepciona. Já que pensaram que seriam pais. Sendo assim, Bridget começa a pensar sobre se vale a pena continuar ao lado de Mark. Junto a isso, o encontro inusitado com Daniel (Grant).
Mais uma vez, os dois são responsáveis por uma das melhores partes da película. Eles brigam novamente por Bridget e acabam dentro de uma fonte próxima a um museu em Londres. Ao som de “I Believe in a Thing Called Love” do The Darkness. Os pais de Bridget e o trio de amigos também retornam para ouvir suas lamentações e a aconselharem sobre os rumos de sua vida. A direção do filme coube a Beeban Kidron e adaptação foi feita por Andrew Davies, Richard Curtis, Adam Brooks e a própria Fielding.
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