Desde
que foi anunciado uma nova versão do clássico bíblico “Ben-Hur”, a expectativa era grande. Em especial, pela excepcional sequência,
a corrida de bigas entre o herói e o amigo de infância, e agora inimigo mortal
Messala. Sem deixar de mencionar sua história que mescla amor, intriga e
aventura. Junto à participação do Messias ao lado de Ben-Hur em sua jornada de
descobrimento.
O
filme do mito Charlton Heston deixou sua marca na história do cinema, com o
recorde de 11 estatuetas do Oscar daquele ano. Que demorou a ser batido. Só
“Titanic” em 1997 e “Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” em 2003 chegaram perto
disso. A história de Judah Ben-Hur ganhou sua primeira versão para a tela
grande do cinema em 1907, seguida de uma em 1925 até chegar à antológica de
1959. Após isso, ela foi levada para a televisão (seja como telefilme ou
minissérie) até um desenho animado foi feito em 2003.
BEN-HUR (1959)
É aonde chegamos à adaptação dirigida por Timur Bekmambetov de “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros (2012)”. Com roteiro escrito por John Ridley & Keith R. Clarke, a partir do romance de Lew Wallace. Temos uma nova visão sobre a história do prospero comerciante judeu que é transformado em escravo pelo seu melhor amigo (agora meio irmão) Messala Severus. Ambos são interpretados por Jack Huston e Toby Kebbell (o Doutor Destino do novo e velho Quarteto Fantástico) respectivamente.
Como na película de 1959, que visava na animosidade entre os antagonistas da história. Isto é, o sentimento de vingança de Ben-Hur contra Messala. Bekmambetov opta por leva-la a extremos. Onde o judeu busca encontrar um modo de destruir seu rival de uma vez por todas. Sua caminhada é intercalada com momentos ao lado de Jesus Cristo. Interpretada pelo brasileiro Rodrigo Santoro (o Xerxes da franquia “300”).
Ao meio a isso, temos o mercador andarilho Ilderim (Morgan Freeman de “Truque de Mestre: O 2º Ato, 2016”). Que se torna seu mentor e o orienta para se tornar um campeão na corrida de bigas. Para assim, acertar as contas com Messala. Daí, temos a trama básica de “Ben-Hur (2016)”. Timur e sua equipe mesclam com perfeição efeitos digitais com locações reais. Em especial no ato final, com a corrida de bigas. Que ganham um impacto maior com o efeito 3D. Trazendo na memória o excepcional “Gladiador (2000)” de Ridley Scott.
Durante a ação frenética do filme, Judah se encontra com o Messias. Onde este diz a ele que o ódio em seu coração, só irá destruí-lo internamente. O amor ao próximo lhe salvará bem como seu povo. “Ben-Hur” nos deixa com esta mensagem, apesar de todas as desavenças, especialmente em família, o amor é mais forte que qualquer outro sentimento que possa abala-la.
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