Desde que anunciado que os Caça-Fantasmas iam voltar para a tela grande do cinema, os fãs ficaram na expectativa de ver novamente os atrapalhados cientistas sobrenaturais Peter Venkman, Ray Stantz, Egon e o veterano de guerra Winston juntos novamente na luta contra fantasmas e afins.
Aos
poucos, as noticias a respeito foram se esclarecendo. O filme seria um reboot
com uma história e personagens novos. Sem claro, perde o encanto e a graça dos
originais. O produtor e diretor Ivan
Reitman retorna apenas para produzir o filme e deixando a cadeira de
diretor para Paul Feig, de comedias
como “Missão Madrinha de Casamento” e “A Espiã que Sabia de Menos”. Ambos
estrelados pela comediante do momento, Melissa
McCarthy.
Ela
foi a primeira ser confirmada como uma das personagens na nova empreitada
fantasmagórica. Mais tarde vieram Kristen
Wiig, Leslie Jones e Kate McKinnon. Vindas do humorístico
norte-americano Saturday Night Live ou se preferir SNL. Apesar da polemica
troca no elenco principal e o primeiro teaser trailer que causou certa polemica
nas redes sociais. Os contrários ao novo filme pegaram pesado com as novas
interpretes.
Onde o preconceito foi a marca registrada do protesto. Mesmo
assim, usaram isso ao seu favor. Como isso dito, McCarthy é a cientista bem humorada e intrépida Abby Yates; Wiig é sua melhor amiga e cientista em
busca de reconhecimento Erin Gilbert; McKinnon
é a geek Jillian Holtzmann, responsável por criar o armamento das
Caça-Fantasmas e Jones é a
metroviária Patty Tolan, que junta a elas depois de ter uma experiência
paranormal na estação em que trabalha.
O roteiro
escrito por Feig ao lado de Katie Dippold opta por uma história
totalmente nova. Onde Erin quer esquecer um livro que escreveu ao lado de Abby
sobre a existência de fantasmas. Não deixando que saibam sobre ele na
universidade Columbia em que trabalha na cidade de Nova York. Em especial seu
reitor, Harold Filmore (Charles Dance,
o Lord Twyn Lannister de “Game of Thrones”). Erin
descobre que Abby tem vendido e divulgado o livro pelas redes sociais. Isso atrás
dela no laboratório em que trabalha.
O reencontro entre as duas é pouco
amistoso. Lá conhece Jillian, que auxilia Abby nos estudos sobre
paranormalidade. Pesquisando na internet, descobrem a busca sobre o assunto
cresceu nos últimos anos. Descobrem
que uma entidade atacou em um ponto turístico da cidade e vão até lá para
investigar. A contra gosto Erin acompanha Abby e Jillian. Lá com o equipamento
montado por Jillian, elas têm seu encontro com o fantasma. Comprovando a tese
de Abby & Erin. Ficam tão entusiasmadas que o vídeo gravado por elas, é
postado no YouTube e conseguindo repercussão por toda Nova York.
Fazendo
com Erin perca o emprego e se junte a Abby e Jillian na empreitada contra o
sobrenatural. Mais tarde, no metrô da cidade Patty tem sua rotina de trabalho
alterada com o surgimento de um fantasma em meio aos trilhos do trem. Através de
um anuncio, vai até elas. De lá, Patty mostra aonde viu a entidade e que novamente
se faz presente. Em meio a sujeira do túnel, Abby encontra um dispositivo que
pode ser relacionado com o caso. Patty
decide sair do emprego e se juntar as meninas. Dizendo que apesar de todo seu
conhecimento cientifico, não conhecem a cidade como ela. E ainda consegue com
tio, dono de uma funerária, o veiculo que as transporta e o equipamento por
toda Nova York.
Assim temos a trama básica do novo, ou melhor dizendo, nova “Caça-Fantasmas (Ghostbusters, 2016)”. Apesar
de ser uma história inédita, as referencias dos filmes originais estão lá. Bem sutis.
A sequência de abertura com a canção tema original cantada por Ray Parker Jr., os
uniformes e seu logo, o carro Ecto-1, a mochila de prótons, o monstro de marshmallow Stay Puft e o fantasma comilão
Geleia. Isso adicionado a um apuro maior nas informações técnicas do
equipamento criado por Holtzmann. Destacando o timing de McKinnon, responsável pelos momentos de ação do filme.
McCarthy está mais contida do que estamos
acostumadas a vê-la. Cumpre bem seu papel como líder da equipe e Wiig como mentora do grupo, apaixonada
pelo recepcionista Kevin (o Thor Chris
Hemsworth). Este mostra uma boa veia cômica como bonitão trapalhão e pouco
inteligente. E Jones tem os melhores
momentos cômicos da película. Em especial, quando as Caça-Fantasmas enfrentam
um fantasma num show de rock, com a participação ilustre do Príncipe das
Trevas, Ozzy Osbourne. Feig exibe que tem aptidão para fazer filmes com mais ação e
efeitos visuais, do que está acostumado. Fazendo um bom uso de ambos.
Ao
contrario dos filmes de 1984 e 1989, onde o timing cômico de seu elenco é seu
fator principal. Não que falte humor nesta nova versão, muito pelo contrario, as
quatros juntam formam um time feminino muito bem humorado, dinâmico e coeso. Os Caça-Fantasmas
originais Bill Murray, Dan Aykroyd e Ernie Hudson fazem aparições pontuais no decorrer do filme. Harold Ramis é homenageado. Sigourney Weaver e Annie Potts (a secretaria Janine) também estão em cena.
VALE A DICA: Para aqueles que forem ver o filme, esperando que Murray, Aykroyd, Hudson, Weaver e Potts reprisem seus papeis. Não se enganem! Eles interpretam outros personagens e de modo algum, os eventos dos filmes anteriores são mencionados. E pegando emprestado a ideia do Universo Cinematográfico Marvel, há uma cena pós-credito, citando o tema para a próxima aventura das Caça-Fantasmas.
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