Tarzan, O Rei das Selvas é um romance escrito por Edgar Rice Burroughs que já ganhou inúmeras adaptações, tanto para a televisão para o cinema. Uma das mais conhecidas é a estrelada pelo saudoso Johnny Weismuller com seu grito primal na floresta nos anos dourados da televisão entre as décadas de 30 e 40. Em 1984, tivemos a versão mais fiel ao que foi escrito por Burroughs para seu clássico personagem com o highlander Christopher Lambert em “Greystoke: A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva”.
E uma
das populares é o desenho animado “Tarzan”
produzido pela Disney em 1999. Que inclusive ganhou o Oscar de Melhor Canção
Original “You’ll Be in my Heart”,
composta e interpretada por Phil Collins. No decorrer dos anos, tivemos outras
que não chamaram tanta atenção. Agora chegou a vez do diretor David Yates, vindo do mundo magico de
Harry Potter (“A Ordem da Fênix,
2007”, “O Enigma do Príncipe, 2009”,
“As Relíquias da Morte Partes 1 e 2,
2010 e 2011”), nos trazer sua visão do conto de Burroughs.
Para ser Tarzan temos Alexander Skarsgard (o vampiro Eric Northman do seriado televisivo “True Blood, 2008 a 2014”) e como Jane, a musa do cinema atual Margot Robbie (de “O Lobo de Wall Street, 2013” e a Arlequina do vindouro “Esquadrão Suicida, 2016”). Para aqueles que não conhecem sua história, aqui vai um breve relato. Tarzan cresceu na selva. Ele e seus pais estavam em viagem pelo Congo (África) e acabam perdidos em meio à floresta. São atacados por um grupo de macacos e assassinados por eles. Só Tarzan sobreviveu e é criado pelos mesmos. Anos mais tarde, em uma expedição no local, Tarzan tem seu primeiro encontro com seres humanos.
Nela se depara com quem seria o amor de sua vida, Jane. Descobre que é descendente de um lord inglês, seu avô Greystoke. Que está a sua procura desde seu desaparecimento. Tem um choque cultural ao vê-lo junto à civilização e a modernidade da época. Sua adaptação é difícil, mas Tarzan é forte. E entendendo seu papel no mundo. Seja ele na selva ou na cidade dos homens. Aqui o filme dá continuidade à sua história. Com Tarzan vivendo na Inglaterra, assumindo a herança deixada pelo avô e seu nome John Clayton. Ao lado da esposa Jane se adapta a vida na capital britânica Londres. Sua rotina é mudada quando é chamado pelo ministro inglês para visitar o Congo.
Parte do Congo é governada pelo Rei da Bélgica, Leopoldo I. Eles querem averiguar as reais intenções do Rei e desejam ajuda-lo a saldar suas dívidas. Para isso, precisam da imagem de Tarzan para garantir a veracidade do foi falado sobre as benfeitorias feitas pelo mesmo. Na verdade, é tudo um plano para levar Tarzan de volta ao Congo. Arquitetado por Leon Rom (Christoph Waltz, o coronel Landa de “Bastardos Inglórios, 2009”), braço direito do Rei. Que precisa dele para usá-lo como moeda de troca com o chefe de um tribal local, Mbonga (Djimon Hounsou, o Korath de “Guardiões da Galáxia, 2014”).
Este
deseja se vingar de Tarzan, por ele ter assassinado seu filho. E mais
importante, a terra da tribo é rica em diamantes. O que ajudaria o Rei Leopoldo
I a saudar seus débitos e conquistar o Congo, com o auxílio de mercenários
contratados por Rom. Durante a viagem, Tarzan tem flashbacks de seu passado.
Quando criado pelos macacos e o momento que conheceu Jane. Junto ao casal,
temos o representante do governo norte-americano George Washington Williams (o
Nick Fury Samuel L. Jackson).
Assim
temos a trama básica de “A Lenda de Tarzan”. Um misto com que
foi escrito por Burroughs e seguindo adiante com Tarzan adaptado à vida civil e
tendo que encarar o passado, fazendo despertar seu lado selvagem para salvar o
dia. A película cumpre bem seu papel de entreter (ação e humor na medida
certa). Bons efeitos especiais, mesclando animais reais com os de captura de
movimentos e/ou CGI. O destaque fica para Margot Robbie, por sua postura de
heroína ativa que auxilia o marido na situação do Congo. E mais uma vez, Christoph Waltz fica devendo (segundo
este que vos escreve). Não exibindo a mesma desenvoltura em cena, quando
trabalha com Quentin Tarantino.
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