A saga mutante mais conhecida do cinema, X-Men, chega ao seu derradeiro episodio em “X-Men Apocalipse (X-Men Apocalypse, 2016)”. Seguindo o caminho iniciado em “X-Men: Primeira Classe (2011)” e dando sequencia em “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido (2014)”, onde temos as origens dos seus clássicos personagens contadas. Em especial, o Professor X Charles Xavier e o Magneto Erik Lehnsherr. Ambos são feitos esplendorosamente por James McAvoy e Michael Fassbender respectivamente. Respeitando o legado deixado por Patrick Stewart e Ian McKellen na primeira trilogia mutante no inicio dos anos 2000. Agora em “Apocalipse”, uma continuação direta de “Dias de um Futuro Esquecido”, conhecemos o primeiro mutante nascido no planeta.
Ele se chama En Sabah Nur (Oscar Isaac, o Poe Dameron de “Star Wars: O Despertar da Força, 2015”). Em uma das melhores aberturas da saga, estamos no antigo Egito. Lá vemos o ritual para que ele continue a viver eternamente. Isto é, absorvendo poderes de outros mutantes. É auxiliado por quatro seres tão poderosos quanto eles. Uma alusão ao conto bíblico “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”.
Dai
temos um salto no tempo e estamos em 1983. Passados 10 anos dos eventos de “Dias de um Futuro Esquecido (2014)”,
Charles abre sua escola para Jovens Superdotados (AKA mutantes) com a ajuda de
Hank McCoy (Nicholas Hoult). Mística (Jennifer
Lawrence) corre mundo afora para salvar mutantes presos em condições
subumanas. Como na sequencia que introduz Noturno (Kodi Smit-McPhee), que o resgata de uma jaula eletrificada onde tem
que lutar com outro mutante. No caso, o Anjo (Ben Hardy). Ela ganha
admiração de outros jovens como ela.
Já Erik vive anonimamente no interior da Polônia. Onde constituiu família. Trabalhando em uma metalúrgica. Deixando de usar seus poderes. Voltando aos Estados Unidos, temos o adolescente Scott Summers (Tye Sheridan) descobrindo seus poderes. Destruindo o banheiro de sua escola. Isolado em casa, seu irmão Alex (Lucas Till) resolve leva-lo até a escola de Charles.
Chegando
lá, conhece a telepata Jean Grey (Sophia
Turner, a Sansa Stark de “Game of Thrones”). Demonstra seus poderes para
Charles e Hank, que ficam impressionados. Fazendo com que Hank desenvolva um
par de óculos para que Scott possa abrir os olhos e não cause maiores
problemas. Voltando ao Egito, a agente da CIA Moira MacTaggert (Rose Byrne, de “A Espiã que Sabia de
Menos, 2015”) está investigando sobre En Sabah Nur. Em uma escavação no meio da
cidade, encontra sua tumba com seus seguidores.
Visualiza parte da pirâmide que ampliava os poderes de En Sabah Nur. Ela é atingida pelo raio do sol na entrada da escavação. Fazendo com que o mesmo desperte e a destrua por completo. Moira sobrevive. O abalo é sentido ao redor do globo. No subterrâneo da mansão, onde temos o Cerebro e o hangar com Quinjet, Hank o sente através dos sensores.
Enquanto
isso, na Polônia, Erik salva um dos funcionários da metalúrgica com seus
poderes. Tenta esconder, mas foi visto por outros e é denunciado para
autoridades locais. Eles se direcionam para sua casa, para prendê-lo. Na ação,
a filha de Erik se desespera e seu poder aflora. O que assusta os policiais que
acabam a vitimando e sua esposa. Voltando a despertar seu lado sombrio.
Ainda no Egito, En Sabah Nur caminha pelas ruas da cidade, incógnito. À procura de seguidores, esbarrando na jovem Ororo Monroe (Alexandra Shipp). Uma pequena ladra do comercio local, com quem se conecta com o mundo. Descobrindo o que ocorreu quando estava adormecido. Percebe o potencial de Ororo e amplifica seus poderes como o conhecemos.
Agora
estamos na Berlim Oriental, Mística está tentando tirar Noturno de lá. No
submundo da cidade, descobre o que aconteceu com Erik. Fazendo com que vá até
Charles e pedir sua ajuda. Mais tarde, surge En Sabah Nur com Ororo, agora
chamada Tempestade. E recruta a mutante Psylocke (Olivia Nunn), que indica Anjo. Que se torna o Arcanjo. Para sua
empreitada de dominação da Terra ser completa, eles vão ao encontro de Erik.
Amargurado e ressentido pela perda da sua família, volta se chamar Magneto.
Se
aproveitando disso, Nur o convence a se tornar o quatro cavaleiro. Na mansão,
Charles e Mítica se encontraram. Ela o persuade a encontrar Erik. No Cerebro,
seus poderes se ampliam. Se conecta com Erik e ao mesmo tempo, chama atenção de
Nur. Este enxerga uma oportunidade de seus planos se concretizarem. Esta é a
história básica de “X-Men Apocalipse”.
A
reconstituição de época está perfeita. Nos sentimos realmente em 1983. Os
penteados, as jaquetas com ombreiras e as cores berrantes. Este que vos escreve
é uma cria daqueles tempos. Por exemplo, quando Scott, Jean, Noturno e Jubileu (Lana Condor) vão passear no shopping. De
lá para o cinema e ver “Star Wars: O Retorno de Jedi”. Na saída, discutem que
“Império Contra-Ataca” é melhor. Por tem mais conteúdo. E Jean disse que todos
concordam com ela que o terceiro sempre é o pior. Uma piada interna, já que
muitos consideram “X-Men: O Confronto
Final (2006)”, o episódio mais fraco da saga.
Turner e Sheridan dão o tom de seus personagens. Se conhecendo e ainda
engatinhando o romance visto nas HQ’s. Ela exibe bem os questionamentos de Jean
sobre seus poderes. Até que consegue liberá-los com o auxilio de Charles. Ele
com duvidas de seu potencial como futuro líder dos X-Men.
Temos
o retorno de Mercúrio (Evan Peters)
e como em “Dias de um Futuro Esquecido”,
é responsável pelas melhores cenas da película. Em uma delas ouvimos “Sweet
Dreams (Are Made of This)” dos Eurythmics, seu maior sucesso e clássico dos
anos 80. O mutante de garras de Adamantium (Hugh Jackman) se faz presente em uma sequencia que liga esta
história com a de “X-Men Origens:
Wolverine (2009)”. E já dá uma ideia do que poderemos ver no novo filme de
Wolverine (com estreia prometida para 2017).
O saldo
final é positivo. Pois a trama de “Apocalipse”
se conecta diretamente com a de “X-Men:
Primeira Classe (2011)”. Onde Charles entende seu papel como mentor de seus
alunos e se reconcilia com seu passado ao lado de Moira. Apesar dos altos e
baixos, a amizade com Erik se fortalece. Com um dialogo que remete ao final de
“X-Men: O Filme (2000)”, na prisão
de plástico quando Erik questiona Charles se alguém for à sua escola para
incomodar seus estudantes e se isso lhe tira o sono. Ele confirma e lhe diz que
lamenta pelo pobre coitado que tentar fazer isso.
AVISO AOS NAVEGANTES: Como em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” temos uma cena pós crédito. Indicando
um novo vilão para a saga em futuros filmes.
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