Saindo
da saga mutante do cinema, vamos voltar a falar do mundo da música. Mais
especificamente do musical baseado nas canções do grupo da terra da Rainha, Queen.
Deixando os trocadilhos de lado, a ideia do comediante inglês Ben Elton nasceu em 2002. O ponto de partida foi
uma conversa do ícone do cinema Robert
De Niro em um jantar entre ele, Brian
e Roger no Festival de Cinema de
Veneza em 1996.
Em
conjunto com os membros remanescentes da banda, o guitar hero Brian May e o charmoso baterista Roger Taylor, temos a história de um
futuro utópico onde a música feita de forma mecânica e comprada via downloads. A
sociedade é controlada pela mídia. No caso, a Global Soft. E a Terra mudou seu
nome para Iplanet. A individualidade e pensamento próprio são proibidos. Bem
como os instrumentos musicais.
Dai surge
o jovem Galelo que têm sonhos e ouve vozes que o despertam. Percebe que há algo
de errado no mundo em que vive. Conhece a jovem Scaramouche, que sente o mesmo.
Descobrem uma conspiração liderada pelos Bohemians, que buscam libertar o mundo
da opressão da Global Soft. Esta comandada pela Killer Queen que tem ao seu
lado, o capanga Khashoggi. Que faz todo o trabalho sujo por ela.
Os
Bohemians estão atrás da Rapsódia Boêmia, que seria o símbolo da liberdade. E para
chegar a ela, precisam encontrar o sonhador. Que é o único que sabe aonde
encontra-la. Esta é a história básica do
musical. Que além do tributo ao grupo de Freddie
Mercury, John Deacon, Brian e Roger, questiona a situação do mundo atual. Onde vivemos conectados
24 horas e perdemos o sentimento de estarmos próximos dos melhores amigos. Por
exemplo, você mais de mil amigos no Facebook. Mas fica a indagação: “Quem são
os verdadeiros no mundo real?”.
Para
ser Galelo temos Alirio Netto, Livia Dabarian é Scaramouche, Andrezza Massei como Killer Queen e Fred Silveira é Khashoggi. Como guia
para público temos o simpático Toca Raul feito de forma esplendida por Rodrigo Miallaret. Este faz um ex-bibliotecário
da Global Soft que se rebelou com o sistema e busca pelo conhecimento
esquecido. No caso, a música. Todos
com experiência nos palcos em nossa terra brasilis e também fora deles.
Destacando Livia mostrando todo seu
talento e soltando a voz em “Somebody to
Love”. E seu protagonista Alirio,
muito carismático. Junto a um elenco formado por gente talentosa como Thais Piza, ela é
Oz de Ozzy Osbourne e Nicholas Maia
como Brit de Britney Spears, juntos cantam "I Want it All". Um esclarecimento: os rebeldes homens possuem
nomes de rockstars femininas. Já as meninas são chamadas por roqueiros como
Mick Jagger, David Bowie e Jackson Five.
Contando
com uma banda formada por oito músicos que executam o repertório do Queen com
uma perfeição única. Destaque fica para a abertura com “Innuendo” tocada junto à voz de Freddie. E além dos clássicos “Radio
Ga Ga”, “I Want to Break Free” e
“Somebody to Love”. Há canções não
tão conhecidas do grande público como “Ogre
Battle” e “Seven Seas of Rhye”. Fechando
a apresentação com os hinos “We Will
Rock You” e “We Are The Champions”.
Em “WWRY” temos os dois formatos. O
mundialmente conhecido e a versão acelerada tocada pelo Queen em shows no final dos anos 70 e inicio dos 80.
E no bis, a antológica “Bohemian Rhapsody”, onde temos todo elenco fazendo a Opera Section da canção. Simplesmente espetacular. Junto a uma sensação de “quero mais”. O musical está em cartaz até 19 de junho no Teatro Santander. Para maiores informações: https://www.ingressorapido.com.br/compras/?id=47540#!/tickets
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