A
cerimonia do Oscar será no próximo domingo (28 de fevereiro de 2016), vamos
falar sobre os que estão indicados na categoria mencionada no título do post e
que estão em cartaz nos melhores cinemas de sua cidade. No caso, a produção
franco turca “Cinco Graças (Mustang,
2015)”, o jordaniano “O Lobo do
Deserto (Theeb, 2015)”, o colombiano “O
Abraço da Serpente(2015)” e o húngaro favorito à estatueta, “O Filho de Saul (Saul Fia, 2015)”.
“Cinco Graças” é uma produção conjunta entre
França, Alemanha e Turquia. Que mostra cinco irmãs vivendo no vilarejo de
Kastamonou ao norte da Turquia. Narrado pela mais nova, Lale. Que encara seu
destino de um casamento arranjado como suas irmãs. Após um incidente ocorrido
quando voltavam para casa depois da escola. Ao invés de pegarem o ônibus, elas
resolvem ir por um atalho pela mata até à praia. No caminho, se encontram com
um grupo de meninos.
A avó
delas descobre o que ocorreu através de outras pessoas. Já está à espera delas
para uma surra, de acordo com os preceitos religiosos é uma ofensa. O tio
resolve tranca-las dentro da própria casa. Trocam os jeans e blusinhas por
roupas que as cobrem dos pés a cabeça. E ainda são levadas ao médico para ter
certeza que sua virgindade está intacta.
Apesar
da temática pesada por causa do idealismo, “Cinco Graças” a vê com muito bom humor e ironia de suas
interpretes, em especial Lale. Que enxerga ali, um modo de atualizar o assunto
com olhar de uma adolescente do século XXI que busca entender o que ocorre ao
seu redor.
“O Lobo do Deserto” é um filme que discute
a relação de dois irmãos. Em meio ao deserto, Theeb e Hussein que trabalham
como guias e seguem as regras de sua tribo. Eles levam um oficial
inglês a um destino secreto. Numa emboscada feita por mercenários acabou
vitimando Hussein.
Há momentos que o filme lembra o clássico “Lawrence da Arábia (1962)”. Tanto que sua
linha do tempo remete à sua época, o Império Otomano na província de Hijaz
(atualmente Arábia Saudita) no auge da Primeira Guerra Mundial. Mostrando o
amadurecimento e o conflito interno de Theeb, o diretor Naji Abu Nowar nos
proporciona uma aventura à moda antiga com um ar de conto histórico. Dando uma
ideia sobre os costumes beduínos e a tradição dos nômades pelo deserto. Contando
com atores amadores e a participação do veterano ator britânico James Fox (“Fantástica Fábrica de
Chocolate (2005)” de Tim Burton).
“Abraço da Serpente” é o terceiro
trabalho do diretor colombiano Ciro
Guerra e conta sobre a amizade do índio Karamakate, o último sobrevivente
de sua tribo, com dois cientistas, Theo e Evan, em busca de uma planta
medicinal. Muita rara da região colombiana do Amazonas.
Filmado
em preto e branco, vemos a relação conflituosa entre eles. Em especial com Theo que mostra pouca cordialidade com outras tribos da região, enquanto tenta se
aproximar de Karamate. E este mais velho, com Evan. Apesar da desconfiança,
mostra como conseguir a planta.
“O Filho de Saul” chegou a ser exibido na última Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, agora em circuito
comercial, vemos a história do judeu Saul (Géza
Röhrig) preso em um campo de concentração nazista e é forçado a trabalhar
nas câmeras de gás. Onde as limpa e prepara outros como ele, condenados à morte. E
ainda tem recolher seus corpos ao final do procedimento.
Seu cotidiano
é acompanhado num plano sequencia feito pelo diretor László Nemes. Onde vemos como o Holocausto afetou a todos e
repercute até hoje na mente de quem foi testemunha ocular de seus horrores.
Comentários
Postar um comentário