A luta pelos direitos
iguais entre homens e mulheres, bem como a de raça e credo, já faz parte do
cotidiano do homem na Terra desde sua existência. Exemplificando isso, temos
filmes que contam esta luta como o recente “Historias Cruzadas (2011)”.
Agora temos “As Sufragistas (Sufragette, 2015)”.
Produção britânica que conta o movimento que dá titulo ao filme, o direito da
mulher ao voto. Por volta de 1912, as inglesas foram às ruas para protestar que
seus direitos perante a sociedade. Como o voto, a guarda dos filhos e cuidar da
própria vida. Sendo que naquela época eram praticamente submissas aos desejos e
vontades do homem.
Com roteiro escrito por Abi Morgan e como diretora Sarah Gavron, vemos a união perfeita de como contar uma história real sem exageros e tudo na medida certa. Mesclando ficção com realidade, aqui vemos a jovem lavadeira Maud Watts (Carey Mulligan, a Daisy Buchanan de “O Grande Gatsby, 2013”) de inicio alheia ao movimento. Mas que com o passar do tempo, vendo o que está acontecendo, se incomoda com a própria situação vivida ao lado do marido Sonny (Ben Whishaw, o novo Q da franquia James Bond) e patrão de onde trabalha.
Maud se engaja com as
sufragistas na luta pelos direitos iguais entre homens e mulheres. Já com as amigas
Edith Ellyn (Helena Bonham-Carter, a
senhora Tim Burton) e Violet Miller (Anne-Marie
Duff, a mãe de John Lennon em “Garoto de Liverpool, 2009”) a tiracolo, após
um encontro com Emily Davison (Natalie
Press), assessora da líder do movimento Emmeline Pankhurst (a dama do
cinema Meryl Streep).
A película exemplifica
bem como o movimento se deu. Mesmo com os embates violentos com a polícia, elas
se mantiveram firmes em seu ideal de igualdade. Maud quando presa, é
interrogada pelo inspetor responsável do caso, Steed (Brendan Gleeson de “Na Companhia do Mar, 2015”) não se intimida com
sua presença e ameaças. Ou quando impedida pelo próprio esposo de ver seu filho
George (Adam Michael Dodd).
Carey
Mulligan está muito
bem no papel. Representando bem a fragilidade e a força da sua personagem. Enquanto
a ótima direção de Gavron aliada à
boa escrita de Morgan mostram bem fieis
aos fatos que se sucederam a luta das sufragistas. Que obtiveram vitória em
1928 quando puderam votar abertamente. Pois em 1918, podiam votar, mas com
restrições.
Com certo ar de atualidade, sendo que recentemente na Arábia Saudita, as mulheres ganharam o direito de votar, ainda que restringido. Meryl faz uma pontual participação e Bonham-Carter com sua tradicional competência na frente das câmeras.
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