Aproveitando
o tema do último post, o novo trabalho do comediante Adam Sandler, a
comedia com tons scifi e aventura, “Pixels (2015)”. Filmes sobre games não são uma novidade nos dias de
hoje. Um exemplo recente é a franquia “Resident
Evil”, com base em um apocalipse onde as pessoas se transformam em zumbis.
E os poucos sobreviventes lutam por suas vidas. Nos anos 80, a Disney apostou
na ideia dos roteiristas Steven Lisberger e Bonnie
MacBird, onde um programador de jogos consegue criar um modo de interagir
mais intensamente com suas criações virtuais. Estamos falando de “Tron: Uma Odisseia Eletrônica (Tron,
1982)”. Quem cria o jogo é o engenheiro de softwares Kevin Flynn que
trabalha na firma ENCOM e tem a intenção de fundar a própria companhia de
games.
Para
ser Flynn temos o cowboy Jeff Bridges (Oscar de Melhor Ator
por “Louco Coração, 2009”). Ele tem
seus projetos roubados por um colega de trabalho, Ed Dillinger (David Warner).
Que os apresenta como seus e é promovido a Vice-Presidente da companhia. Ao
mesmo tempo, despede Flynn para evitar maiores suspeitas para si. Flynn em seu
fliperama, onde desenvolve suas ideias nas horas vagas, usa seus conhecimentos
e invade o sistema operacional da ENCOM através do jogo criado por seu amigo
Alan Bradley (Bruce Boxleitner) que dá nome ao filme. Através de um
programa chamado CLU. Mas ele é detectado pelo Programa de Controle Mestre
(MCP). Desenvolvido por Dillinger para proteger os computadores da ENCOM de
possíveis ataques em sua rede interna.
O MCP conspira contra a humanidade, obrigando Dillinger a ajuda-lo. Ele quer acessar o sistema de armas do Pentágono. O que pode colocar os mundos real e virtual em perigo. Para que isso não aconteça, Flynn e Alan com ajuda de Lora (Cindy Morgan) decidem invadir os sistemas da ENCOM para provar as reais intenções de Dillinger e mostrar que Flynn é quem tem os conhecimentos necessários para o crescimento da empresa. Usando um aparelho criado por Lora, que digitaliza qualquer tipo de matéria física e transporta-lo para o mundo virtual.
Se vendo ameaçado, o MCP usa o aparelho em Flynn e o manda para seu mundo digital. Lá ele encontra os avatares de Alan e Lori como Tron e Yori respectivamente. Por ser um usuário, Flynn tem poderes especiais no mundo virtual, com o auxílio de Tron e Yori entram no MCP, para conseguir os arquivos necessários contra Dillinger. Esse tem a ajuda de Sark (Warner), sistema criado por Dillinger, para proteger o Programa Mestre.
Onde todos devem aceita-lo como mestre supremo. Caso isso não aconteça, eles devem ser competir até a morte em jogos. Como a luta nas arenas com os discos rígidos e a corrida das Lightcycles, isto é, motos iluminadas. “Tron: Uma Odisseia Eletrônica”, dirigido por Lisberger,
chamou atenção por trazer algo novo nos anos 80. Uma película filmada com
animação computadorizada e live action, com seus atores usando trajes com luzes
e pintados à mão. Onde as cores, azul (os mocinhos) e vermelho (os vilões),
tinham seus significados bem específicos. A sequência da corrida dos motos se
tornou um marco no cinema. Pois aqueles que iam aos fliperamas nos anos 80,
vibravam com os movimentos exatos para direita e esquerda. Sem curvas tortas,
formavam uma reta.
Passados
28 anos, estamos de volta à realidade dos games em “Tron: O Legado (Tron Legacy, 2010)”. Com Kevin Flynn
(Bridges) como principal acionista da ENCOM e desenvolvendo o programa
CLU junto a TRON do amigo Alan (Boxleitner). Criam “A Grade (The Grid)” que
contém o mundo digital comandado pelo computador da empresa, o ENCOMM 511. Neste
tempo, ele teve o filho Sam. Conversa sobre o mundo da “Grade” e como se espantou com o que vivenciou nele. Espera leva-lo
um dia lá. Em seguida, Kevin desaparece sem deixar rastros. Sam (Garrett
Hedlund, “Na Estrada, 2012”)
cresce e se torna o dono da empresa. Ele ataca o ENCOM sem dó. Descontando toda
sua raiva pelo abandono do pai.
Alan,
um dos acionistas majoritários, visita Sam. E lhe diz que recebeu uma mensagem
de Kevin em seu pager (os antigos dispositivos de mensagem virtual), vinda do
seu antigo fliperama Flynn’s. Sam de início não acredita que seja verdade.
Então Alan lhe entrega as chaves de lá para Sam verificar o que pode estar
acontecendo. Chegando, Sam vê que o fliperama continua o mesmo. Cheio de pó e
lembranças do pai. No seu jogo favorito, TRON, encontra uma passagem secreta
atrás dele. Até um porão, com um equipamento de alta tecnologia. Com seus
conhecimentos, igualmente aos do pai, aciona sem querer o aparelho que o levará
até a “Grade”.
O que seu pai havia lhe contado era tudo verdade.
Sam é pego pelos programas da “Grade”
e levado para a Arena. Onde é confundido com um programa erradico e lá tem que
lutar pela sua vida contra o campeão da Arena, Rinzler. Mais tarde, percebe-se
que ele é um usuário realmente. E levado até CLU (Bridges). O programa
dominante da “Grade”. Sam o confunde com o pai. Pois é semelhante a ele quando
jovem. Descobre também que foi CLU que enviou a mensagem para o pager de Alan.
Pois está atrás de seu pai e criador. Kevin descobriu um modo de levar
programas para o mundo real, onde os transforma em pessoas.
E CLU quer evoluir para um ser físico. Ao mesmo tempo, seguir sua programação em busca pela perfeição. Durante
a criação da “Grade” CLU, Flynn e TRON
descobrem uma nova programação que eles chamam de “ISOS”. Segundo Flynn, seriam
o próximo estágio para sua revolução digital. Já CLU enxerga diferente e os vê
como uma ameaça. Corrompe o ideal de Flynn e ataca TRON. Muda sua programação e
o transforma em Rinzler. Fazendo com que Flynn fuja para longe de tudo e de
todos. Se isolando na “Grade”, só ele tem as respostas que CLU busca para seus
planos contra a humanidade.
Sam finalmente reencontra o pai e conhece Quorra (Olivia Wilde, a doutora thirteen da serie de TV “House, 2004 a 2012”). A última ISO e a resposta para todos os questionamentos sobre o que é virtual e real para o ser humano. Bem como o portal que os levará de volta para a realidade de nossos dias. Ao contrário de “Tron: Uma Odisseia Eletrônica”, “O Legado” traz o melhor que há em efeitos visuais no século XXI. Fazendo com que Jeff Bridges rejuvenesça como na abertura do filme e no seu alter ego digital CLU. Os sequencias com as motos de luz são espetaculares, onde vemos sua transformação.
De bastões para o formato desejado. Agora dirigido por Joseph Kosinski, o mesmo da excepcional ficção cientifica “Oblivion (2012)” e o retorno de Steven Lisberger como produtor. Aqui temos a continuidade da trama iniciada em 1982, que traz de volta o
questionamento sobre o quanto devemos viver a fantasia virtual e deixando de
lado a vida real. Bridges mostrando porque é um dos melhores atores
da sua geração. Fazendo do seu personagem um misto de Messias da era digital
com o hippie sem noção de “O Grande
Lebowski”. Olivia Wilde trazendo graciosidade em sua
Quorra. E a participação de Michael Sheen (da série de TV “Master of Sex, desde 2013”) como o
surtado dono da boate “Fim da Linha”.
Com o som ambiente e trilha musical épica eletrônica da dupla Daft Punk.
Comentários
Postar um comentário