Há 30
anos, vimos a última aventura de Max Rockatansky em “Mad Max 3: Além da
Cúpula do Trovão (1985)” na telona. Então estrelada pelo Mad Mel
Gibson onde a saga apocalíptica rendeu a ele, o estrelado mundial na sétima
arte. Junto a isso, seu criador George Miller marcou seu nome
na indústria cinematográfica. Ela começou com “Mad Max (1979)” e “Mad
Max 2: A Caçada Continua (1982)”. Desde então, Miller se
voltou para sua produtora Kennedy-Miller Mitchell com os filmes infantis “Babe:
O Porquinho Atrapalhado (1995)” e “Babe: O Porquinho Atrapalhado na
Cidade (1998)” mais as animações musicadas “Happy Feet: O Pinguim (2006)”
e “Happy Feet 2 (2011)”. Agora ele retorna ao mundo devastado de
Max em “Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road,
2015)”.
Seguindo
o que se viu antes, o apocalipse aconteceu através de uma guerra por
água e petróleo. E Max continua sua rotina em vagar pelo deserto em busca de
recursos para sua sobrevivência. Com um pequeno diferencial: sai Mel e
entra Tom Hardy (o Bane da saga do Cavaleiro das Trevas) como
o ex-patrulheiro em busca de paz de espirito num mundo sem esperança. Logo
na abertura, ele diz a si mesmo, que seu mundo é regido por loucos e que
precisa ficar são para não enveredar para esse caminho tresloucado. É daí que
vemos o quanto ele está virado do avesso. O deserto toma conta de tudo e sendo
perseguido por garotos de guerra liderados por Immortan Joe (Hugh
Keays-Byrne, que atuou em “Mad Max (1979)” como o vilão
Toecutter). Em uma sequência empolgante, Max é feito prisioneiro e marcado por
isso como doador universal de sangue.
Enquanto isso, Imperatriz Furiosa (a musa Charlize Theron), a favorita de Immortal em uma missão para a Cidadela construída por ele (com uma fonte inesgotável de água e o ambiente certo para o plantio de alimentos), vai atrás de suprimentos e combustível. Quando na verdade, ela planeja sequestrar as esposas de Joe e leva-las para o Vale Verde. Sua morada antes de ser levada por ele, quando era uma criança. Avisado, Immortal vai atrás dela com seu exército formado pelos garotos de guerra. Entre eles, temos Nux (Nicholas Hoult, o jovem Fera da saga mutante X-Men). Um jovem como os outros, doutrinados por Joe e que acreditam na reencarnação segundo suas palavras no campo de batalha. E Max é levado por Nux, como uma bolsa de sangue. Pois ele estava hospitalizado quando houve o chamado para irem atrás de Furiosa.
Na perseguição, conhecemos outros clãs parceiros da Cidadela, a Cidade Gasolina e a Fazenda da Bala. Como um espectador involuntário, Max vê Furiosa dirigindo um caminhão chamado de “Máquina de Guerra” para fugir de todos ao seu encalço. Assim somos apresentados à montanha russa da nova trama de Mad Max. Muito bem arquitetada por Miller, junto a um trabalho de edição ágil e fotografia que combina perfeitamente tons quentes (explosões e a visão do deserto) e frios (aparência dos carros e caminhões envelhecidos e enferrujados), onde o mesmo consegue colocar na medida certa a ação desenfreada das perseguições e momentos de reflexão de seus personagens, em especial Nux.
Percebendo
que a doutrina de Immortal Joe é apenas uma ilusão. É preciso vivenciar todos
os momentos (bons e ruins) naquele exato instante, devido a loucura marcante de
seu mundo. Onde Hoult aproveita o momento. Isso é visto quando
Nux avista uma árvore e não sabendo como chama-la. Tom Hardy consegue
substituir Mel, dando a carga emocional necessária ao fazer o personagem
atormentado por não ter conseguido salvar a família da loucura de seus tempos.
Mostrando a aptidão física necessária para o papel. E Charlize Theron,
provando sua versatilidade como atriz em um papel que exige dela, muito além da
força dramática. Onde literalmente rouba a cena de Max.
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