Você está levando sua vida normalmente. No caso, uma bem sucedida professora da área de linguística no auge de seus 50 anos até que em determinado momento em uma palestra sobre o assunto, tem um pequeno lapso de memoria. Mais tarde, em uma caminhada na faculdade em que trabalha, ela se perde e não se lembra do caminho de volta para casa. Estamos falando de Alice Howland (Julianne Moore). Estranhando o ocorrido, ela vai até o neurocirurgião Benjamin (Stephen Kunken) para saber o que pode estar acontecendo. Faz alguns testes na consulta e o pedido para outros exames mais detalhados sobre seu estado de saúde.
Morando na cidade de Nova York. Casado com John (Alec Baldwin de “Blue Jasmine, 2013”) e mãe de três filhos. A mais velha Ana (Kate Bosworth, a Lois Lane de “Superman: O Retorno, 2006”), o do meio Tom (Hunter Parrish) e mais nova Lydia (Kristen Stewart, a Bella da saga “Crespúsculo”). A película é dirigida e escrita pela dupla Richard Glatzer e Wash Westmoreland, que adaptaram o livro de mesmo nome escrito pela neurocientista Lisa Genova. Que conta a história de Alice diagnosticada precocemente com mal de Alzheimer. E como isso a afetou onde o tempo é seu maior inimigo.
A cada dia que passa, suas lembranças vão se apagando. Em um dos retornos com dr. Benjamin, ele explica que isso pode acontecer de forma mais acelerada para pessoas de maior raciocínio perdendo a cognição por causa dos desvios e conexões criados, uma espécie de disfarce para o surgimento da doença. O que pode esconder seus primeiros sintomas. Impossibilitando seu diagnóstico. A interpretação na medida certa de Julianne consegue mesclar o sentido de raiva e impotência por saber que não há cura para a doença. E ao mesmo tempo, um certo conformismo com a situação. Onde sabe o que conquistou em sua carreira profissional e só sentindo mal por não ter orientado melhor Lydia. Tendo seu melhor momento, quando vai fazer um discurso em uma ONG apenas diz: “Estou aprendendo a arte de perder todos os dias. Perdendo meus modos, perdendo objetos, perdendo o sono e, acima de tudo, perdendo memórias”.
Simplesmente tocante. Justificando sua premiação ao Oscar de Melhor Atriz deste ano. No decorrer da película, junto a sua perda de memória e a vinda de estado catatônico por causa da doença. O esposo John se afastando por não saber lidar com a situação. Sua filha Ana se distancia e justificando com o nascimento de seus filhos gêmeos. Tom, por não ter condições financeiras para ajudá-la. Quem se aproxima e se prontifica em cuidar dela, é Lydia. O trabalho do elenco de apoio formado por Baldwin, Parrish, Bosworth e principalmente Stewart dão a base necessária para o excelente trabalho feito por Moore. Que nos conseguem passar a sensação real pelo o que estão passando. Um mal que pode (ou está acontecendo) com a sua pessoa e /ou ao próximo.
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