Filmes que contam sobre os bastidores da Segunda Guerra Mundial são poucos e raros. Normalmente estamos acostumados a ver, películas que contam os dramas vividos pelos soldados no campo de batalha como os clássicos “Mais Longo dos Dias (1962)” e “Fugindo do Inferno (1963)”. Exemplificando isso, temos “Corações de Ferro” com o galã Brad Pitt. Leia a resenha no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2015/02/coracoes-de-ferro.html. Agora falando sobre o assunto, temos “O Jogo da Imitação (The Imitation Game, 2014)”.
Drama inglês (que não foi produzido pela Working Title) que conta como o serviço militar e o MI6 (Agencia de Espionagem Britânica – Calma! não é nenhum filme de James Bond) se uniram para formar um time de matemáticos especialistas em decifrar códigos intricados. Mais especificamente a criptografia. No caso, alemães possuem uma máquina chamada Enigma, que passa mensagens decodificadas para suas forças militares espalhadas pela Europa. Com um detalhe, elas são tão bem elaboradas é quase impossível descobrir qual é seu real significado.
É assim que conhecemos AlanTuring (Benedict Cumberbatch, o Sherlock Holmes da TV), um matemático excêntrico que esconde um segredo pessoal que se torna determinante para seu futuro. Considerado o pai da computação, devido seu intelecto privilegiado pôde criar uma maquina (ele lhe dá o nome de Christopher) capaz de decodificar Enigma e mudar os rumos da Segunda Guerra. Segundo estudos, caso Christopher não tivesse sido criado, ela teria durado mais dois anos. Baseado em fatos reais, “Jogo da Imitação” foi dirigido pelo norueguês Morten Tyldum (do suspense “Headhunters, 2011”).
Além de Cumberbatch, temos no seu elenco a bela Keira Knightley da franquia “Piratas do Caribe”, Matthew Goode (o Ozymandias de “Watchmen, 2009”), Charles Dance (o Tywin Lannister de “Game of Thrones, 2011 até hoje”) e Mark Strong (“Rock’n’Rolla: A Grande Roubada, 2008”). O filme intercala momentos da vida de Turing em três atos. A adolescência no internato, onde conhece seu melhor amigo Christopher e se descobre sexualmente. Quando estava construindo o decodificador e a corrida contra o tempo para descobrir o segredo das mensagens de Enigma. E anos depois, como professor em Cambridge e acusado de obscenidade ao se relacionar com uma pessoa do mesmo sexo. Nos anos 50, homossexualismo era considerado crime na Inglaterra. Benedict Cumberbatch tem seu melhor momento na tela grande.
Balanceia o tom de voz com a gagueira de Alan e seu
lado introspectivo. Já qie não consegue interagir com a equipe formada por
Hugh (Goode),
John (Allen
Leech) e Peter (Matthew
Beard). Só sente a vontade na presença de Joan Clarke (Knigthley),
por ser a única mulher do grupo, sofre com o preconceito daqueles tempos. Keira justifica sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz
Coadjuvante deste ano. Uma atuação sóbria, mostrando o carinho
pela amizade de Turing. E indignação por sua situação diante da sociedade da
época. “O Jogo da Imitação” ganhou oito indicações ao Oscar 2015: Melhor
Filme, Melhor Diretor (Tyldum), Melhor Ator (Cumberbatch), Melhor Atriz Coadjuvante (Knightley), Melhor Roteiro Adaptado (Graham Moore), Melhor Trilha Sonora Original (Alexander Desplat), Melhor Direção de Arte e Melhor Montagem.
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