Como já foi falado
anteriormente, o cinema tem o costume de realizar excelentes películas de
guerra. Seja de conflitos do passado como as Primeira e Segunda Guerra Mundiais
e / ou a batalha entre os estados do Norte e do Sul Norte Americanos.
Exemplificando isso temos os clássicos “A Ponte do Rio Kwai (1957)”, “Fugindo
do Inferno (1963)”, “Tempo de Glória (1989)”, "Corações de Ferro (2014)" e o filme que revolucionou o modo
de filmar às guerras, “O Resgate do Soldado Ryan (1998)”.
Bem como os mais recentes
em filmes como “Falcão Negro em Perigo (2002)”, “Guerra ao Terror (2008)”,
“Zona Verde (2010)”, “O Grande Herói (2013)”. Leia nos links abaixo o que
discutimos sobre o assunto:
AS CASUALIDADES DA
GUERRA NA SÉTIMA ARTE
O GRANDE HERÓI
CORAÇÕES DE FERRO
Agora o mítico cowboy Clint Eastwood volta ao front de guerra
com “Sniper Americano (American Sniper,
2014)”. Fez anteriormente “A Conquista da Honra (2006)” e
“Cartas de Iwo Jima (2006)”, que mostravam os dois pontos de vista (os
exércitos aliado e japonês) sobre um dos momentos determinantes para o fim da
Segunda Guerra.
Aqui temos a
cinebiografia do atirador de elite Chris Kyle, integrante dos Navy Seals da
marinha norte-americana durante o período de guerra com o Iraque, onde se
tornou uma lenda. Em quatro idas, somou 160 mortes confirmadas oficialmente
pelo Pentágono de um total de 255. Conhecido pela sua mira precisa e seu
trabalho em auxiliar soldados a se recuperarem de seus traumas, quando estavam
no campo de batalha.
Assassinado em 2013,
quando fazia um exercício de tiro por um veterano com problemas psicológicos.
Vemos em “Sniper Americano”, as viagens
de Chris ao Iraque para cumprir seu dever e ao mesmo tempo, ser o anjo da
guarda da tropa. Para personifica-lo temos o bonitão Bradley Cooper da franquia “Se Beber, Não Case”, onde inclusive é o
produtor do filme.
Com base no livro
escrito pelo próprio Kyle ao lado de
Scott McEwen e Jim DeFelice, vemos o personagem, texano de origem, perdendo a sua
inocência e se tornando um homem transtornado pela guerra. Com isso, vai
deixando a família em último lugar.
A parte familiar é
muito bem representada por Sienna Miller
(“Foxcatcher: A História que Abalou o Mundo, 2014”) que faz a esposa de Chris,
Taya. Apesar de estar em casa, ele tem seus pensamentos voltados para o Iraque.
Um bom exemplo é quando em um dos seus retornos, Chris conversa com Taya, não
diz a ela que havia voltado e precisava de um tempo sozinho no bar, que fica na
cidade em que moramos.
Como em seus filmes de guerra,
Clint faz um trabalho primoroso nas
sequencias de ação. E mesclando em seus momentos intimistas, exibindo o
conflito interno vivido por Chris dividido entre o dever com sua nação e à família.
Destacando o trabalho
de Cooper, que para fazer o
personagem se preparou fisicamente ao encarar um treinamento que ganhou massa
muscular e saiu da sua zona de conforto (comédias feitas para o estilo bonitão
de olhos azuis) ao fazer um papel dramático (caprichando no sotaque texano e
reproduzir fielmente os trejeitos de Chris) que lhe rendeu seu melhor momento
na tela grande e justificando sua indicação ao Oscar de Melhor Ator deste ano.
E Sienna fazendo a esposa que está sempre ao lado do marido, nos
poucos bons momentos e nos muitos maus momentos. O roteirista Jason Hall nos traz um bom tributo à
memoria de Chris. Mas levando um assunto que tem se intensificado a cada
critica, seja positiva ou negativa, que o "Sniper Americano" recebe.
O quanto vale fazer uma película que
discute se uma pessoa pode ser o herói e / ou vilão por ter matado tantas
pessoas e na mesma proporção, salvado tantas vidas.
“Sniper Americano” recebeu seis indicações ao Oscar 2015: Melhor
Filme, Melhor Ator (Bradley Cooper), Melhor Roteiro Adaptado (Jason Hall),
Melhor Montagem, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.
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