Dando continuidade a discussão sobre a vinda de Eddie Vedder ao Brasil em sua turnê solo. Já que ontem (12.05.2014) foi sua última apresentação em nossa terra brasilis. Ocorrida no Citibank Hall, na cidade maravilhosa Rio de Janeiro. Vamos relembrar agora o documentário que comemorou os 20 anos da banda que faz parte, o Pearl Jam. Chamado simplesmente “Twenty (2011)”.
Quando Crowe era apenas uma jornalista e foi morar na cidade de
Seattle. Ele ficou maravilhado com a qualidade musical e variedade de bandas
locais. Diferentemente do que tinha visto e ouvido no sul da Califórnia. O documentário começa com um flashback da cena musical americano
mesclado com fatores históricos até chegar a Seattle. Com um bate-papo informal
com Stone Gossard (guitarra) e Jeff Ament (contrabaixo). Junto a eles,
Cameron nos leva a uma viagem no
tempo. Há exatos vinte anos atrás, quando os dois eram apenas adolescentes
tentando ver o show do The Cult na cidade. Isso com imagens caseiras feitas com
a câmera de vídeo de Stone.
PEARL JAM – TWENTY
(trailer)
Lá vemos os músicos iniciantes chamando atenção em Seattle com a banda Green River. Com o sucesso local, Crowe mostra também como os grupos da cidade são unidos. Onde um aprende com o outro. Enquanto em Nova York, as bandas de lá vivem de uma rivalidade destruidora, Chris Cornell (Soundgarden) enfatiza como todos os músicos de Seattle são os melhores amigos de cada um deles. Quando o Green River acaba, surge o Mother Love Bone. Onde Jeff & Stone estão à procura de um vocalista. Daí surge, o carismático Andrew Wood. Com seu carisma e simpatia não só conquista a eles, mas o grande público inclusive. Fazendo com que o Mother Love Bone tenha projeção nacional.
Onde conseguem um contrato para gravação
do seu primeiro álbum. A isso, temos uma história interessante de Chris Cornell. Ele liga para Stone
perguntando se ele deseja dividir o seu apartamento. Stone recusa porque está morando com pais e prefere ficar assim.
Ele indica Andrew que está saindo da
clinica de reabilitação devido ao vicio em drogas. E precisa de um local para
morar. Chris até então não o
conheci, mesmo assim diz que tudo bem. Começa uma amizade que ficará marcada na
vida de Cornell. Devido sua
intensidade e reciprocidade entre ambos.
PEARL JAM - RELEASE
Tudo pronto para a conquista do mundo pelo Mother Love Bone. Só que acontece algo que ninguém poderia imaginar, Andrew tem uma recaída e falece devido a uma overdose de drogas. Deixando a todos estarrecidos e tristes com a notícia. A banda encerra suas atividades como forma de homenagem a Andrew. Seguindo a vida adiante, Stone continua compondo e mais tarde entra em contato com o guitarrista Mike McCready. E lá inicia o embrião do que seria o PJ. McCready insiste que Stone chame Jeff para se juntar a eles. Relutante, Stone acredita que Ament não queria voltar a tocar com ele, já que o mesmo tem tocado com outros músicos. E desanimado por não conseguir engatar sua carreira musical.
PEARL JAM - JEREMY
Gossard deixa a cisma de lado e entra em contato com Ament. Que aceita prontamente o convite. Agora só falta encontrar o cantor certo para ser a voz certa para o grupo. Surge Eddie Vedder, que ouviu uma gravação feita por Mike, Stone & Jeff com Matt Cameron (Soundgarden) na bateria. Daí, ele grava uma demo chama “Momma-Son Demo” e envia para Ament.
Que fica entusiasmado com que
ouviu e já liga para Stone. Assim
começa a formar o que mais tarde seria o PJ. Os primeiros ensaios e shows acontecem. E a interação entre eles é
imediata. Dai temos a ideia de Chris Cornell
em prestar um tributo à memória de Andrew
Wood com os remanescentes do Mother
Love Bone. Formando um novo grupo, o Temple
of the Dog. Com canções compostas por Cornell
surge o disco de mesmo nome. Com Ament
& Gossard junto a Cornell &
Cameron, mais um tímido Vedder nos
vocais de apoio.
TEMPLE OF THE DOG –
HUNGER STRIKE
De volta à banda, eles excursionam com o Alice in Chains, com o nome de Mookie Blaylock. Mas devido a problemas legais, tiveram que mudar para Pearl Jam. Mookie era um jogador de basquete. Ament é fã do esporte. Um pulo para a gravação do primeiro disco, “Ten (1991)”. Com crescente sucesso devido aos shows nos mais variados locais, como em um minúsculo teatro em Zurique que tocaram em formato acústico. Dai veio o convite para o MTV Unplugged em 1992. A cada show, Eddie vai se soltando, começa a escalar as estruturas do palco e ficar pendurado nelas para depois saltar em meio ao público. Junto a isso, a preocupação do grupo, em especial Stone, caso ele se fira mortalmente no pulo.
PEARL JAM – NOT FOR
YOU
Com sucesso nas paradas e o crescimento do movimento grunge, o PJ se torna uma das bandas mais marcantes. E a então rivalidade com o Nirvana, no documentário vemos que isso só foi fomentado pela imprensa. Quando na verdade, Kurt disse não os conhecia. Depois de encontrar com Eddie em uma premiação na MTV e conversarem por telefone, gostou dele. Dali, temos depoimentos de seus membros sobre a morte de Kurt e como isso foi determinante no curso deles como grupo. E como o sucesso, estava interferindo na vida pessoal de seus integrantes, em especial de Eddie.
E ele precisa fazer algo a
respeito. Falam sobre as gravações de “Vs.
(1993)”, “Vitalogy (1994)” e “Mirrorball (1995)” com Neil Young. Onde
vemos nos álbuns do PJ, a liderança
da banda foi passando gradativamente para Eddie
e deixando para Stone & Jeff, um
papel de consultores. Pois antes eram eles que tinham a palavra final sobre os
assuntos referentes ao PJ. E com
Neil Young, eles tiveram a chance de crescer musicalmente e conhecer um pouco
mais seu ídolo. Chamado de “The Godfather of Grunge”.
PEARL JAM – DO THE
EVOLUTION
A briga contra a Ticketmaster sobre o controle de vendas dos ingressos de shows. Cameron Crowe vai às residências dos membros do PJ. Na casa de Stone, ele encontra no porão um grammy empoeirado. Diz também que Jeff Ament é o responsável pela memória e itens lançados com o nome Pearl Jam. Ament falando quando morando em Big Sandy, uma cidade no interior norte americano.
E que ficou louco
com os pais por morar tão longe de tudo. Dai temos Eddie falando da sua amizade com Jeff e é com ele tem mais contato, sendo seu melhor amigo dentro do
PJ. Mike McCready, falando de
seu passado que nos anos oitenta, vivia em Los Angeles e lá tinha uma banda
chamada Shadows. Que não engatou, dai voltou para Seattle. Praticamente
desistindo da carreira musical até receber uma ligação de Stone. Dai o resto, a própria história conta por si só.
PEARL JAM – NOTHING
AS IT SEEMS
Ele também introduz as idas e vindas de bateristas no PJ. Comparando com o Spinal Tap (banda de rock fictícia). Começando com Dave Krusen, que não deu certo. Indo para Matt Chamberlain, que não queria pegar estrada. Que indicou Dave Abbruzzese. Seguido de Jack Irons, que mais tarde não poderia sair mais em turnê. Daí, eles pensaram em Matt Cameron. Que recebeu uma ligação de Eddie, falando que precisava de um batera e que o PJ faria um show em três semanas. Assim foram necessários dez dias para Matt aprender a tocar cerca de 80 canções. E um momento de virada na história do PJ. O incidente no festival de Roskilde (Copenhangen) em 30 de junho de 2000, com nove pessoas pisoteadas mortas e três feridos. Durante a entrada da banda no palco. Momento de parada e reflexão para Eddie, Stone, Mike, Jeff & Matt.
PEARL JAM – CROWN OF
THORNS
No aniversário de dez anos do PJ, Eddie resolve cantar uma canção do Mother Love Bone, “Crown of Thorns”. Isso foi dito anteriormente por ele a Crowe em uma entrevista para Rolling Stone em 1993. A coragem deles ao tocarem “Bushleagher” no Texas. Uma canção que critica ferozmente o ex Presidente norte americano George W. Bush, um texano de origem. Com Eddie vestido a caráter, usando uma máscara de borracha de Bush. Dai temos um balanço da carreira do PJ, com Eddie falando emocionado do convite para tocar ao lado do The Who em um concerto beneficente. Os fãs falando do seu amor pelo grupo e de quantos shows foram vê-los. Intercalados com imagens raras de arquivo e recentes ao som de “Alive”.
PEARL JAM – ALIVE
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