Os quadrinhos de um modo geral têm gerado boas e más adaptações para a tela grande. Mais recentemente tivemos um crescendo em termos de qualidade com a saga do amigo da vizinhança, “O Homem-Aranha”, feita por Sam Raimi no início dos anos 2000 e mais tarde, indo para inevitável reboot com “O Espetacular Homem-Aranha” dirigido agora por Marc Webb. Onde inclusive neste mês de maio teremos o segundo capitulo “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (2014)”.
Sem
esquecer os arrasa-quarteirão da Marvel como "Homem de Ferro (2008)", "Thor (2011)", "Capitão
América (2011)" e "The
Avengers: Os Vingadores (2012)".
Passando pelas sagas dos mutantes “X-Men”
de Bryan Singer, do “Cavaleiro das Trevas”
de Christopher Nolan, as histórias de “Sin
City” de Frank Miller por Robert Rodriguez até chegarmos a 300 do mesmo
Miller e ao novo Superman, “O Homem de
Aço” de Zack Snyder.
É claro que tivemos decepções no meio do caminho como o “Lanterna Verde (2011)” com Ryan Reynolds e o “Demolidor (2003)” de Ben Affleck junto ao genérico “Elektra (2005)” com Jennifer Garner. O mesmo aconteceu com “Spirit (2008)” adaptação das histórias do quadrinista Will Eisner por um Frank Miller pouco inspirado na cadeira de diretor.
Se
juntando a eles, temos as histórias criadas por Mark Millar e desenhadas por
John Romita Jr., com o adolescente Dave Lizewski cansado de ser o nerd da
escola e apanhar todos os dias fora dela. Resolve agir e se tornar “Kick
Ass”, inspirado pelos heróis dos quadrinhos acima mencionados. Com
nenhum tipo de treinamento, Dave sofre todas as dificuldades de ser um herói no
mundo real. Sem superpoderes e apanhando ainda mais, ele aprende como agir em
situações extremas.
No seu caminho, encontra Big Daddy e uma garotinha chamada Hit Girl. Onde são pai e filha, vigilantes que lutam, como Dave, contra a injustiça que impera em Nova York. Lá temos o mafioso local John Genovese e seu filho Chris, que se inspiraria em Kick Ass para se tornar Red Mist, um parceiro seu que mais tarde se tornaria um vilão.
Este é
plot inicial da saga criada por Millar e levada para a telona por Matthew Vaughn (“X-Men: Primeira Classe, 2011”). Que fez algumas alterações como o
nome do mafioso de John Genovese se transformou em Frank D’amico e foi feito
por Mark Strong (“O Espião que Sabia Demais, 2011”). Seu
filho Chris só mudou o sobrenome (óbvio) e é interpretado por Christopher Mintz-Plasse (“Superbad: É Hoje, 2007”).
Já no
time de heróis temos Aaron Johnson
(“Selvagens, 2012”) como Kick Ass, Chloë
Grace Moretz (da refilmagem “Carrie:
A Estranha, 2013”) é Hit Girl e o incansável Nicolas Cage (Oscar de Melhor Ator por “Despedida em Las Vegas, 1995”) como Big Daddy. A película foi lançada
em 2010 como “Kick Ass: Quebrando Tudo (Kick
Ass)”. Se tornou um sucesso, chamando atenção pela sua violência e a
performance de Chloë com 13 anos na
época, mostrando muita desenvoltura física e dramática para criar sua
personagem. O mesmo destaque teve Aaron,
onde os produtores de Hollywood vislumbraram um novo galã para uma nova geração
de fãs, especialmente feminina.
Matthew acerta a mão ao não sair muito do que
foi criado nos quadrinhos de Millar.
Com uma edição ágil e contando a origem de Big Daddy. Ele é Damon Maccready, um
policial incorruptível que foi acusado falsamente de ter assassinado a esposa.
Consequentemente é preso e logo depois que é solto, treina sua filha Mindy, ou
melhor, Hit Girl. Para lutarem juntos contra D’amico, responsável pela sua
prisão e morte da sua mulher.
No ano passado (2013), tivemos a sua óbvia continuação, “Kick Ass 2”. Onde Dave dá continuidade à sua vida paralela como estudante indo para a faculdade e nas horas vagas como o herói local. Ao seu lado, agora adolescente Hit Girl, se adaptando a vida civil e morando com o policial Marcus Williams (Morris Chesnut), seu protetor e melhor amigo do seu pai. Já que Big Daddy foi assassinado no primeiro episódio.
Do
outro lado, temos Chris D’amico que assumiu os negócios da família e busca
vingança contra Kick Ass e Hit Girl, responsáveis pela morte de seu pai. Assim
arquiteta um plano mirabolante, juntar o maior número possível de vilões para
se livrar de seus inimigos. Buscando gente das mais diversas nacionalidades e
etnias.
Sem Big Daddy, agora é vez do Coronel Star & Stripes, interpretado pelo homem de mil máscaras Jim Carrey. Que junto a Dave e Mindy, formam um exército de heróis para lutarem contra Chris, antes conhecido Red Mist e que agora prefere ser chamado de Motherfucker. Neste capitulo, há várias referências cinematográficas, como citações ao Homem-Aranha, Will Smith até chegar ao Homem-Morcego e seu parceiro, Robin.
Bem fiel ao segundo volume da HQ, Matthew preferiu apenas produzir. Deixando o roteiro e a direção para Jeff Wadlow (“Quebrando Regras, 2008”), que segue a linha traçada por Vaughn anteriormente. Onde mais uma vez, o destaque é Chloë com 16 anos agora, dando um ar mais sexy à Hit Girl. Sem esquecer sua performance física e se mostrando uma atriz de futuro. Já Johnson repete os mesmos trejeitos de outrora e tendo que esconder o físico avantajado conseguido em outros filmes. As duas películas se complementam. Dando sequência a história iniciada no cinema em 2010 e ao final do segundo filme, temos uma ideia que pode haver um novo capitulo para Hit Girl e ao Kick Ass na sétima arte.
Comentários
Postar um comentário