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LEONARDO DiCAPRIO é "O LOBO DE WALL STREET"


Principal estreia cinematográfica do final de semana de aniversário da cidade de São Paulo, temos o novo filme da dupla formada pelo diretor Martin Scorsese e o ídolo Leonardo DiCaprio. Em seu quinto filme chamado de “O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street, 2013)”. DiCaprio é Jordan Belfort, corretor da Bolsa de Wall Street em Nova York que negociava ações de imóveis. Ele teve que cumprir uma pena de 20 anos por fraude bancária junto a funcionários da Bolsa e negócios com a Máfia, ao se recusar a colaborar com o FBI na investigação em 1990.  

Scorsese leva autobiografia de mesmo nome para a tela grande, onde Jordan se vangloria por ter ganhado 49 milhões de dólares aos 26 anos de idade. O filme começa com uma narração em off de DiCaprio explicando como seu personagem chegou a Wall Street, recém formado e casado com pouca experiência no ramo. Chegando ao escritório do corretor Mark Hanna (Matthew McConaughey, “Magic Mike, 2012”) para seu estágio, se encanta com o entusiasmo dele que o convida para almoçar e lhe explicar como funcionam os negócios.

No restaurante, Hanna mostra a Jordan como lida com a pressão dos negócios. Usando cocaína e bebendo whisky o dia todo. Jordan, ainda inocente, bebe água. Mas ao mesmo tempo, fica fascinado com o jeito dele e aos poucos adota estilo de vida de Hanna. Até dia 19 de outubro de 1987, conhecido como “A Segunda-Feira Negra” na Bolsa de Wall Street. Nesta data, a bolsa caiu 500 pontos, fazendo com que a empresa que Jordan trabalhava fosse à falência.

Desempregado e com esposa Tereza (Cristin Milioti) a tiracolo. Consegue uma vaga em uma pequena corretora de imóveis em Long Island. Com a experiência adquirida em Walll Street e utilizando os ensinamentos de Hannas, faz com que ela cresça financeiramente. Treinando inclusive os outros corretores a fazerem o mesmo que ele.



Mais tarde, conhece Danny Porush (o anjo da lei Jonas Hill). Juntos eles abrem uma empresa chamada Stratton Oakmont e ao lado de alguns colaboradores como Brad (Jon Berthal, o Shane do seriado de TV “Walking Dead de 2012 até hoje”), que passam a fazer negociatas visando o lucro rápido e fácil ao mostrar para os potenciais clientes como podiam enriquecer com a compra e venda de ações imobiliárias que não valiam realmente aquilo que era investido.

O escritório da Stratton Oakmont era em uma garagem até sua rápida ascensão para um luxuoso andar em um prédio próximo a bolsa. O empreendedorismo e o carisma de Jordan chamam atenção de todos, sendo inclusive matéria de capa da revista Forbes que o chamou de “O Lobo de Wall Street”. Daí o nome da película e da autobiografia literária.


Jordan chama seu pai Max (o diretor Rob Reiner de “Antes de Partir, 2007)” para cuidar das finanças da Stratton Oakmont. O sucesso faz com que Jordan e seus amigos a darem festas suntuosas em suas casas e mesmo no local de trabalho a base de muito sexo, drogas e bebidas alcoólicas. Isso faz com que o FBI fique atento às atividades de Jordan, com o investigador Patrick Denham (Kyle Chandler, “Super 8, 2011”) encarregado pelo caso.

Em meio às festas, Jordan conhece Naomi (Margot Robbie). A paixão entre eles é fulminante. Fazendo com que seu primeiro casamento terminasse. E assim os dois ficariam livres e desimpedidos para juntar os trapos. Onde inclusive tiveram uma filha chamada Skylar.


Com uma edição ágil feita por Thelma Schoomaker (parceira de Scorsese desde “O Touro Indomável, 1980”), a fotografia primorosa de Rodrigo Prieto e o estilo de filmar diferenciado de seu diretor, fazem de “O Lobo de Wall Street” um filme acima da média do que é visto atualmente e mais uma obra prima Scorsesiana. Se você acompanha a carreira do cineasta, vai perceber que a película lembra outra dele, devido sua estrutura narrativa. Estamos falando de “Os Bons Companheiros (Goodfellas, 1990)”.


Onde vemos os excessos cometidos por Jordan no manuseio com as drogas e o álcool. Por exemplo, ao cheirar cocaína através de um canudinha e colocada no ânus de uma garota de programa. Ou para conseguir falar com seu advogado, precisa sair de casa. Pois seus telefones foram grampeados pelo FBI. Porém, ele está tão drogado e mal consegue dirigir sua Ferrari até o telefone público mais próximo.

Isso graças a excelente atuação de Leonardo DiCaprio. Tanto que ele ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator para Comedia e/ou Musical deste ano e foi indicado para a próxima cerimônia do Oscar a ser realizada no dia 02 de março. O elenco coadjuvante também se destaca principalmente Hill (também indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante). A pequena participação de McConaughney que chega a ofuscar DiCaprio no inicio do filme.


Scorsese consegue mostrar como exatidão os absurdos cometidos por Jordan e sua turminha. Muitos o acusam de fazer uma ode para os crimes de colarinho branco. Enaltecendo os atos ilícitos. Porém, ele acerta ao fazer isso em tom de comédia. Para vermos como o que é feito de errado para enriquecimento próprio sem se preocupar com o futuro e seu próximo. Podem acarretar em graves consequências como sua prisão, por exemplo.

EM TEMPO: O Lobo de Wall Street” quebrou um recorde em Hollywood. É o filme em que a palavra “fuck (ou mais popularmente conhecida como ... )” é pronunciada mais vezes  em cena. Isto é, mais de 508 vezes em seus 180 minutos de duração. Além das nomeações de DiCaprio & Hill para o Oscar, "O Lobo de Wall Street" foi indicado também para Melhor Filme, Melhor Diretor (Martin Scorsese) e Melhor Roteiro Adaptado. 

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