O versátil Tom Hanks está de volta à tela grande com “Capitão Philips (Captain Philips, 2013)”. Dirigido por Paul Greengrass de “Vôo United 93 (2006)” e da franquia Bourne (“A Supermacia, 2004” & “O Ultimato, 2007”). Juntos contam a história do capitão do titulo em uma viagem a trabalho no cargueiro Maersk Alabama, na região marítima próxima a Somália onde foram atacados por piratas somalis. O filme começa com Philips se preparando para viajar e tendo uma conversa com sua esposa Andrea (Catherine Keener) sobre seus filhos e a preocupação com o futuro deles em um mundo em constante mudança.
De lá, somos levados para o porto onde está atracado seu navio e ele se instalando em sua cabine pessoal. O Maerks Alabama parte com Philips e seu imediato verificando a rota até seu destino final. Enquanto isso, uma tribo na Somália tem sua rotina quebrada com a chegada de contrabandistas chamando os homens de lá para um trabalho como piratas. Assim temos Muse (Barkhad Adbi), uma espécie de líder, que seleciona pessoas para acompanha-lo na ação.
Tudo corre normal, até a chegada de Muse e sua turma para atacar o navio de Philips. No primeiro ataque, Muse é não bem sucedido, pois o motor de sua lancha improvisada quebra. Assim Philips e sua tripulação ficam atentos para uma nova abordagem. Até que são realmente e daí a calmaria se torna um ambiente tenso devido à personalidade pirada de Muse. Onde este se mostra sarcástico, dizendo que só quer o dinheiro e que ninguém será machucado, e sádico, querendo exibir força e atitude para seus companheiros ao ameaçar Philips de matar a todos no navio se não for atendido. Dai o vemos o trabalho de Greengrass.
Já acostumado em filmar em ambientes apertados e com câmera ágil em tom de documentário. Vemos a tensão vivida por Philips ao estar do lado de uma pessoa que só está fazendo isso a mando de alguém no poder de seu país e dizendo toda hora a ele que é só um pescador. Esta é uma frase de duplo sentido dita por Muse. Pois ele pesca dois coelhos de uma vez só. O peixe para sua tribo e os barcos de grande porte para exigir uma recompensa. Greengrass mostra com precisão a forma como foi feito o resgate de Philips pelos SEALS, grupo especial da marinha americana, especializada em situações extremas em pleno mar.
A performance de Hanks sempre se destaca. Sabendo
colocar na medida certa, os momentos de tensão vividos por Philips e o
alívio (na cena final) quando é resgatado. Baseado no livro “A Captain
Duty” escrito pelo próprio Philips com Stephan Talty, o filme vale a
ida ao cinema por mostra como a rotina no mar pode ser mudada, assim como a
maré. Onde histórias reais quando bem adaptadas para o cinema se tornam um
espetáculo visual impressionante junto ao contexto social vivido pelos seus
personagens.

Comentários
Postar um comentário