Voltando a falar de sétima arte, está em cartaz nas salas de cinema da
sua cidade a nova ficção cientifica do diretor Neil Blomklamp, do cult sci-fi “Distrito 9 (2009)”. “Elysium (2013)”. Estrelado por Matt Damon (da saga Bourne), Jodie Foster (Oscar por “O Silêncio dos
Inocentes, 1992”), os brasileiros Wagner
Moura (o capitão Nascimento de “Tropa de Elite”) e Alice Braga (“Eu Sou A Lenda, 2007”).
“Elysium” se destaca por ser
uma história que mistura o melhor da ficção cientifica de antigamente aliada a
mais moderna tecnologia e uma critica de como a sociedade de hoje julga o seu
semelhante de acordo com seu status, isto é, o quanto você tem na conta
bancária.
O ano é 2159, o planeta está superlotado com seus recursos naturais
praticamente esgotados. Aqueles que possuem condições financeiras vão para
Elysium, uma estação especial localizada na órbita da Terra. Lá encontram tudo
de bom e de melhor. Casas suntuosas com uma câmera hiperbárica, onde todas as
doenças do ser humano são tratadas sem necessidade de cirurgia. Desde um
resfriado até um tumor cancerígeno. Um verdadeiro paraíso no espaço.
Para os desafortunados, eles vivem em meio ao lixão que a Terra se
transformou. Vivendo em um sistema escravizado de governo autoritário, onde as
pessoas trabalham para sobreviver em condições mínimas de vida, enquanto os que
podem pagar vão viver em Elysium.
Daí, temos a história do órfão Max (Damon)
que desde criança sonha ir para lá. Já adulto, é um ex presidiário que trabalha
em uma fábrica até sofrer um acidente que fica exposto a radiação com condição de cinco dias de
vida. No hospital, encontra Frey (Braga), sua amiga no orfanato e agora
está trabalhando como enfermeira.
Desesperado, Max procura seu antigo parceiro na vida criminal, o hacker
Spider (Moura). Hoje ele é um contrabandista
de informações e leva pessoas para entrar em Elysium ilegalmente também. Sabendo disso, Max precisa da ajuda de Spider para poder se curar da sua
condição.
Não tendo como pagar pelo serviço, Spider tem uma proposta para Max. Onde
ele tem transplantado um exoesqueleto em seu corpo, que o transforma em uma pessoa
com força física sobre-humana. Além de um sistema operacional, para hackear a
memória de alguém. Pois no futuro todos
tem chips implantados no córtex.
A idéia de Spider é sequestrar alguém da alta cúpula de Elysium e assim
roubar os dados para entrar lá sem maiores problemas. A defesa de lá é
comandada pela Secretária Delacourt (Foster),
que comanda a plataforma com punho de ferro. E que planeja um golpe de estado
para se tornar a comandante suprema de Elysium.
“Elysium” segue a fórmula
criada por Blomklamp em “Distrito
9”. Usar a ficção cientifica de um modo a levar as questões, social e econômica,
a serem discutidas e pensadas pelo espectador. As condições que as pessoas
vivem atualmente, especialmente países empobrecidos, em condições sub-humanas
de governos ditatoriais onde quem tem mais (dinheiro) é quem manda e tem todas
as vantagens.
Outro destaque fica para atuação de seus atores. Damon com a competência de sempre ao mesclar a dramaticidade e a
força do seu personagem. Moura como
hacker que quer fazer a diferença e ainda ganhar status com isso. Foster fazendo uma boa vilã que poderia
ter sido melhor aproveitada. Alice
Braga como par romântico de Matt
e saindo se bem no papel. O filme conta também com a participação de Sharlto Copley como o mercenário Kruger,
que faz o trabalho sujo para Delacourt. É
seu segundo trabalho com Blomklamp,
pois os dois estiveram juntos em “Distrito 9”.
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