Estreando nesta sexta-feira, o mais novo filme do diretor Guillermo Del Toro da saga “Hellboy” e do conto de terror “O Labirinto do Fauno (2006)”. Agora ele solta uma homenagem aos antigos filmes de monstros japoneses no melhor estilo Godzilla. Ela se chama “Círculo de Fogo (Pacific Rim, 2013)”. Onde na falha geológica no meio do oceano pacifico citada no título original temos um portal que traz monstros gigantes de outra dimensão com o intuito de destruir a raça humana. Chamados de Kaijus (citação japonesa aos monstros), eles atacam sem piedade as maiores capitais do globo como San Francisco (EUA), Sydney (Austrália) e Tokyo (Japão) é claro, como por exemplo. Como bem dito no seu primeiro trailer, foi necessário que a humanidade criasse monstros para enfrentar os Kaijus. Que são chamados de Jaegers.
Robôs gigantes que são operados por dois tripulantes e conectados
por um link neural, onde acabam não só dividindo os comandos do Jaeger como
também suas lembranças pessoais. Apesar da criação de um exército de robôs,
isso acaba se mostrando insuficiente para destruir os Kaijus. E a esperança da
Terra depende um dos primeiros robôs Jaegers criados e pilotados por Raileigh (Charlie Hunnam da série de
TV “Sons of Anarchy, 2008 até hoje),
um ex-piloto, e Mako (Rinko Kikuchi de “Babel, 2006”) como uma cadete sem
qualquer tipo de experiência de campo.
Del Toro acerta novamente no apuro técnico de “Círculo de Fogo”. Como em seus filmes anteriores a cenografia e a fotografia se destacam. Onde as grandes metrópoles servem de cenário para a destruição imposta pelos Kaijus e Jaegers em cores quentes e frias. Graças ao excelente trabalho de fotografia feita por Guillermo Navarro. Xará de Del Toro e uma parceria que lhe rendeu o Oscar de Melhor Fotografia por “O Labirinto do Fauno” em 2006.
“Círculo de Fogo” cita
os antigos seriados japoneses que passavam na programação televisiva na nossa
terra brasilis, como “Spectreman”, “Ultraman”, “Ultra Seven”, “Robô Gigante”
e dentre outros, no final dos anos 70 e início dos 80. Sem esquecer, é claro,
dos filmes do Godzilla. Um bom exemplo para isso está nos nomes dos robôs:
Gypsy Dancer, Cherno Alpha, Crimson Typhoon e Striker Eureka. Bem como na
trilha musical composta por Ramin Djawadi (de “Games of Thrones”, 2011 até hoje).
O roteiro de Del Toro & Travis Beacham presta uma homenagem, criando um universo próprio cheio de imaginação mesclado ao pesadelo do
extermínio da raça humana por criaturas gigantescas e horrendas. Nem por isso
deixa de ser divertido, com uma película que traz a
memória daqueles que viram esses seriados na infância e dando uma sensação de
satisfação garantida por ser um entretenimento de primeira, com a
visão única de Del Toro.
Podemos ver também em “Círculo de Fogo”, o eterno Hellboy Ron Pearlman, Idris Elba (o Heimdall de “Thor, 2011”) e Charlie Day (da franquia “Quero Matar Meu Chefe, 2011”). O filme vale o ingresso por ser um dos melhores de 2013. Tente ver na versão IMAX em 3D para se sentir dentro (literalmente) da luta pela sobrevivência da humanidade entre os Jaegers e os Kaijus.
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