Não, não é nenhuma previsão cabalística ou que o número 13 faça parte de uma conjunção numérica no melhor estilo Lost (para aqueles que acompanharam o seriado, sabem o que estou dizendo). E sim, um dos lançamentos mais esperado do mercado fonográfico, o novo álbum dos criadores do Heavy Metal Black Sabbath, “13 (2013)”. O disco marca o retorno oficial de Ozzy Osbourne ao grupo desde sua saída após o lançamento do álbum “Never Say Die (1978)”. Isso sem contar as idas e vindas em tour e festivais (Ozzfest, por exemplo). E especialmente em 1998, na Reunion Tour, que juntou a formação original com Tony Iommi (guitarra), Terry “Geezer” Butler (contrabaixo) & Bill Ward (bateria). Com direito a duas canções, até então inéditas, “Psycho Man“ & “Selling My Soul”. Em “13”, era para acontecer o mesmo, a volta dos membros fundadores. Porém, em uma conversa sobre a divisão de lucros sobre as vendas do disco e dos ingressos das apresentações, Bill Ward se sentiu desvalorizado. Não entrando em acordo com o restante do grupo, saiu do projeto.
Assim mesmo, eles continuaram com seus planos de gravação e juntamente
com o produtor Rick Rubin, resolveram chamar para o lugar de Ward,
o batera do Rage Against The Machine & ex-Audioslave Brad Wilk.
Problema resolvido. Eles foram adiante e fizeram, desde já, um dos melhores
álbuns do ano. Trazendo de volta a magia das canções do bom & velho Black
Sabbath do começo de carreira mesclando uma atualização no som vinda dos
últimos discos lançados pelo madman Ozzy.
Segue abaixo a análise de cada canção e vale lembrar que por aqui saiu também à
edição Deluxe com três canções inéditas. E mais uma que só saiu na edição para
as lojas Best Buy (isso lá nos EUA) chamada “Nativity in Black”. End
of the Beginning – Lembra o clássico que dá nome à banda, “Black
Sabbath”. Que vai crescendo onde já se ouve o riff marcante de Iommi junto
ao contrabaixo pulsante de Geezer e as batidas de Wilk.
God is Dead?: O primeiro
single do álbum. Lembra um pouco as canções da carreira solo de Ozzy (fase
atual). Destaque para a marcação nas quatro cordas de Geezer. Loner: Pura pegada Sabbath
anos 70.
Zeitgeist: Começa acústica
com Iommi dedilhando o violão com uma delicadeza que poucos
têm. Resquícios de “Planet Caravan”. Age of Reason: Wilk se destaca por
fazer o simples. Não inventando nas marcações. Não tem como deixar de mencionar
o som maravilhoso do contrabaixo de Geezer, com os riff’s poderosos
de Iommi. Acrescido pela interpretação de Ozzy. Live Forever: Mais uma com pegada, puro Sabbath
anos 70.
Lembrando que o Black Sabbath (Geezer, Iommi & Ozzy) está aqui & agora, para ficar. Já no disco bônus da edição especial temos: Methademic: Começa devagar ao som do violão de Iommi e de repente 1 segundo de silêncio. Daí se inicia o riff matador de Iommi, o baixo potente de Geezer, a batida forte de Wilk e a voz marcante de Ozzy. Em uma canção que evoca o melhor da banda nos anos 70 e o início da carreira solo de Ozzy nos 80. Peace of Mind: a interação entre Wilk & Geezer é o principal destaque. Onde Wilk mostra que aprendeu bem com o mestre Bill Ward. Poderia estar no último álbum do madman, “Scream (2009)”. Pariah: Puro Sabbath anos 70, se encaixaria perfeitamente no álbum “Paranoid (1970)”. Naivete in Black (Best Buy): canção rápida e lembra os tempos de “Dehumanizer (1992)”. Cairia bem na voz de Ronnie James Dio.
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