Com uma premissa bem interessante, onde a raça humana teve que deixar o planeta Terra porque esgotou todos os seus recursos naturais e assim criando um cataclismo que o torna inabitável. Onde a humanidade teve que viajar pelo espaço até encontrar uma nova moradia chamada de Nova Prime. Isso ocorreu há 1.000 anos. Como toda colonização, há sempre empecilhos. Aparece uma raça alienígena que ataca os humanos a partir do medo interior de cada um.
Daí
surge Cypher Raige (Will Smith), que
ensina as pessoas a não ter mais medo. Este é mote inicial de “Depois
da Terra (After Earth, 2013)”
e dirigido por M Night Shyamalan de
“O Sexto Sentido (1999)”. Com
produção e história do seu ator principal Will
Smith (da saga “MiB: Homens de Preto”)
é chance dele dividir a tela mais uma vez com seu filho Jaden como aconteceu em “À
Procura da Felicidade (The Pursuit of
Happiness, 2006)”.
Jaden, agora um pré-adolescente, é Kitai Raige. Filho do general Cypher (Will), o lendário líder da resistência contra extraterrestres, o comandante no treinamento dos jovens soldados. Em uma missão, onde pai e filho tem a chance de se conhecerem melhor, a nave sobre um acidente e eles caem na Terra. Agora um planeta inóspito com todo o tipo de perigo que se possa ou não imaginar.
“Depois da Terra”, idealizado por Will, a história tem ares de cientologia, onde prega que o homem precisa conhecer a si mesmo, como uma forma de se entender como ser humano. Filosófico demais ou apenas um modo de confundir as pessoas em momentos delicados em suas vidas? Esta dita “religião” criada pelo escritor L. Ron Hubbard têm vários adeptos, por exemplo, estrelas do cinema como Tom Cruise. Questionado sobre isso, Will apenas diz que a escreveu como uma forma de alertar o filho Jaden sobre o mundo de fantasia criada nos bastidores de Hollywood e como sobreviver a ele sozinho.
Dito isso, “Depois da Terra” segue como uma aventura na ficção cientifica entre pai e filho tem seus altos e baixos. Nos altos, temos uma primorosa direção de arte ao mostrar Nova Prime com seu visual totalmente branco e limpo. Nas vestimentas de Kitai que muda de cor de acordo com o ambiente em que está. Sem deixar de mencionar a presença do pai Will como mentor de Kitai, só para variar, todo seu carisma e talento a seu favor.
Nos
baixos, o desempenho de Jaden ficou devendo desta vez. Apesar de ter atuado bem
em “À Procura da felicidade” e no
remake de “Karate Kid (2010)”, agora
tendo que mostrar se tem força para segurar um filme, não se saindo muito bem
na tarefa. Talvez necessite sair um pouco de baixo da asa dos pais Will & Jada Pinkett Smith (a Niobe
de “Matrix Reloaded, 2003” & “Matrix Revolutions, 2003”) para crescer
como ator.
O
destaque fica para a direção sóbria de M
Night Shyamalan, apesar de ter sido contratado apenas como diretor, deixa
sua marca pessoal nos momentos de suspense e terror em “Depois da Terra”.
Relembre “Sinais (2002)” e “Fim dos Tempos (2008)”. “Depois
da Terra” vale a ida ao cinema, por proporcionar exatamente aquilo que
promete. Uma boa ficção cientifica mesclada à reconciliação de um pai com seu
filho junto a uma crítica para a sociedade como um todo ao seu modo de vida que
agride o planeta em que vive.
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