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"DEZESSEIS LUAS", Um Novo Crepúsculo?


Estreando no último final de semana nos cinemas de sua cidade, temos o filme “Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, 2013)”. Dirigido por Richard Lagravenese, roteirista de renome em Hollywood com filmes como “O Pescador de Ilusões (1991)” de Terry Gilliam, “As Pontas de Madison (1995)” de Clint Eastwood e “Água para Elefantes (2011)” de Francis Lawrence. Como diretor realizou “P.S. Eu Te Amo” e “Escritores da Liberdade” ambos de 2007. Agora ele adapta para a tela grande o romance “Belas Criaturas” dos autores Kami Garcia & Margaret Stohl.

Que conta a história de Ethan Wate (Alden Ehrenreich) em seu cotidiano na cidade de Gatlin, no interior da Carolina do Sul e que sonha sair de lá para ganhar o mundo como escritor de sucesso após terminar o colegial e entrar na faculdade mais distante de Gatlin. Ao mesmo tempo, tem sonhos com uma garota que não consegue visualizar o rosto. Que o deixa com a pulga atrás da orelha. Até que surge Lena Duchannes (Alice Englert), sobrinha de Macon Ravenwood (Jeremy Irons da série de TV “Os Bórgias, 2011 até hoje”), descendente dos fundadores da cidade que têm fama de satanistas. No último ano do colegial, ela integra a classe de Ethan e chama sua atenção por se parecer com a garota de seus sonhos.


Ele tenta se aproximar dela, porém Lena o afasta inicialmente. Aos poucos, Ethan vai conseguindo sua atenção. E o que parecia ser uma bela amizade acaba se tornando uma paixão avassaladora. Mas Lena guarda um segredo que pode acabar com tudo isso. Ela na verdade é uma bruxa com 15 anos de idade e ao completar 16, precisa decidir se irá para o lado negro ou para luz (lado bom) quando atingir a vida adulta como conjuradora, como os da sua raça preferem ser chamados. Pois, se Lena ir para lado negro (se alguém lembrou da saga Star Wars, não foi o primeiro!), pode acabar com a raça humana devido a maldição sobre sua ancestral Genevieve Duchannes que se apaixonou pelo soldado mortal Ethan Carter durante a Guerra Civil americana.

Morto em combate, ela o ressuscita. Sendo proibido aos conjuradores, despertar os mortos. Vendo isso acontecer novamente com Lena, Sarafine (Emma Thompson, a Nanny MacPhee da telona), líder do lado negro com ajuda de Ridley (Emmy Rossum de “Poseidon, 2006”) tentam de tudo para que a profecia aconteça novamente. Com uma trama que lembra a franquia “Crespúsculo”, trocam-se os vampiros e lobisomens, entram pessoas com poderes mágicos no melhor estilo Harry Potter, sai a mocinha indefesa e entra o rapaz idealista que se apaixona pela mulher dos seus sonhos, literalmente.


Mas para por aí. O romance de Lena & Ethan não chega a ser tão melado como o de Edward & Bella, é uma conquista que vai aos poucos onde o laço entre eles se fortalece a cada cena. O interessante em “Dezesseis Luas” são as citações literárias como “Apanhador no Campo de Centeio” de J.D. Salinger e as obras de Charles Bukowski, referências de leitura para Ethan e Lena. 

Sem esquecer o ótimo elenco de apoio formado por Emma Thompson estupenda como vilã, Jeremy Irons competente em seu papel de mentor e Viola Davis (“Histórias Cruzadas, 2011”) é Amma, como tutora de Ethan após a morte da mãe dele. Deixe de lado as comparações com “Crespúsculo”, veja “Dezesseis Luas” como uma boa aventura romântica com toques de magia recheada com a trilha musical composta pela banda Thenewno2 de Dhani Harrison, filho do beatle George Harrison. Comprovando um velho ditado: “Filho de peixe, peixinho é”.


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