Como principal estreia
do feriado prolongado de carnaval no país, temos o novo filme de Denzel Washington (“Protegendo o
Inimigo, 2012”), “O Voo (The Flight,
2012)”. Dirigido por Robert Zemeckis,
de “Forrest Gump (1994)” e a saga “De Volta ao Futuro (1985, 1989 & 1990)”. É a volta de Zemeckis aos filmes live action, isto é, filmes com atores reais.
Ao contrário do que vinha fazendo nos seus últimos filmes de animação com
captura de movimentos como “O Expresso Polar (2004)”, “A Lenda de Beowulf
(2007)” e “Os Fantasmas de Scrooge (2009)”.
Desta vez, ele conta a história
do piloto William “Whip” Withaker (Washington)
em mais um dia de trabalho em um voo matinal de Orlando a Atlanta. Porém antes,
na privacidade do seu quarto no hotel do aeroporto, ele comete um ato que vai
contra tudo aquilo o que sua profissão pede. Sexo com uma das aeromoças (Nadine Velasquez), cheirar cocaína e
virar a noite bebendo.
Tirando isso, tudo segue a sua rotina laborativa. Chegando ao aeroporto debaixo de uma forte chuva, ele se senta na cadeira de seu avião e desafiando as forças da natureza consegue levantar voo em meio a uma tempestade nos céus até chegar a um campo acima das nuvens para fazer uma viagem segura e limpa.
Tudo corre tranquilamente onde Whip consegue tirar uma soneca até que um solavanco no ar faz o avião perder o controle e o acordando-o. Seu copiloto Ken Evans (Brian Geraghty) não consegue nivelar a aeronave, fazendo Whip agir e pensar rápido para pousá-la em segurança para salvar todos a bordo.
Numa cena espetacular, que já vale o ingresso, Whip consegue aterrissar a nave em uma manobra radical e salvando a todos com exceção de dois membros da tripulação e quatro passageiros. Já no hospital, acorda assustado e preocupado com o que ocorreu e principalmente consigo mesmo. Pois se fizeram testes no seu sangue, vão constatar o uso de drogas e álcool.
Lá está também seu velho amigo Charlie Anderson (Bruce Greenwood de “Star Trek, 2009”), que trabalha para o sindicato de pilotos dos EUA para lhe dar suporte sobre o acidente. Pois a NTBS, uma comissão que investiga as razões do desastre, descobre o teste sanguíneo feito pelo hospital e querem culpar Whitaker pelas mortes ocorridas. Assim é contratado o advogado Hugh Land (Don Cheadle de “Hotel Ruanda, 2004”) para cuidar da acusação e defender Whip.
No hospital, Whip conhece Nicole (Kelly Reilly, a Mary Watson da franquia “Sherlock Holmes”). Que está lá para se tratar do vício em drogas, depois de sofrer uma overdose. E lá iniciando uma relação em comum, ele um alcóolatra e ela uma viciado em heroína.
Assim começa a luta pessoal de Whip em se livrar do vício. Em uma atuação comovente de Washington que mostra os altos e baixos do seu personagem. Onde cada derrapada dele, se afunda ainda mais na bebida, não reconhecendo que tem um problema, acreditando que bêbado e drogado consegue fazer melhor seu trabalho e administrar a sua vida. Em especial, quando surge Harling Hays (John Goodman de “Argo, 2012”), seu fornecedor pessoal de drogas.
“O Voo” vale a ida ao cinema, não só pelas excelentes cenas aéreas como
uma discussão de que o vício em drogas e álcool podem destruir a vida de uma
pessoa e como ela fica totalmente dependente desta doença que não só acaba com
a vida dela como daquelas que estão mais próximas. Outro destaque fica para
ótimas canções que tocam no decorrer do filme, quando Whip está chapado toca “Feelin’
Alright” de Joe Cocker e nos momentos que Hays surge, temos “Sympathy for the
Devil” e “Gimme Shelter” dos Rolling Stones.
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