Como uma das principais estreias nas salas de cinema do país, temos “O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook, 2012)” de David O. Russell, diretor de “O Vencedor (2010)”. O filme conta a história de Pat Solitano (Bradley Cooper da franquia “Se Beber, Não Case”), professor que teve um surto de raiva ao ver sua esposa Nikki (Brea Bee) transando com um colega de trabalho no chuveiro da sua casa ao som da sua canção de casamento. Onde ele quase o matou a pancadas. Acaba internado em um hospital psiquiátrico por oito meses, liberado graças a uma ordem de restrição, onde não pode se aproximar da sua mulher a mais de 150 metros, e devendo ficar sob a supervisão de seus pais Patrizio & Dolores Solatano, Robert DeNiro e Jacki Weaver respectivamente.
Durante o tempo que ficou em tratamento, descobriu-se que Pat sofre de distúrbio bipolar, pessoas que sofrem com mudanças de humor repentinas (vão da extrema felicidade ao mais puro estado de loucura e depressão em segundos) onde se consta sua obsessão em reatar com Nikki e achando que curado da sua doença, irá reconquistá-la. Não tomando sua medicação diária e fazendo exercícios físicos de forma compulsiva, como corridas diárias em torno do bairro que mora.
Nelas, encontra Tiffany (Jennifer Lawrence, a Katniss Everdeen da franquia “Jogos Vorazes”). Ela é ninfomaníaca que sofre de uma depressão profunda pela morte do marido Tommy, onde tem atitudes impensadas que a prejudicam emocionalmente. Porém, os dois se conhecem antes em um jantar na casa de seu amigo de infância Ronnie (John Ortiz) e de sua mulher Veronica (Julia Stiles, “No Balanço do Amor, 2001”) e lá Pat descobre que as duas são irmãs.
Assim acabam criando um vínculo onde cada um ajuda ao outro a superar seus traumas pessoais. Tiffany conhece Nikki e Pat quer enviar uma carta de desculpas a ela, Tiffany se oferece para entrega-la desde que ele seja seu par em um concurso de dança, da academia que ela participa e usa como terapia ocupacional. Pat de início recusa, mas depois volta atrás. Pois, não enxerga outra alternativa para reatar com Nikki. O filme é baseado no romance de mesmo nome escrito pelo autor americano Matthew Quick e adaptado por Russell, por retratar um drama pessoal onde seu filho sofre da mesma doença.
“O Lado Bom da Vida” vale a ida ao cinema pela ótima história que se divide em drama em seus momentos mais tensos e na mais pura comédia para quebrar o gelo. Isso se deve a ótima direção de Russell sobre seus atores que capturaram bem a essência de seu roteiro. O destaque fica a excelente atuação de Cooper e Lawrence, onde vemos a química do casal crescendo no decorrer da película e mostrando a evolução de seus personagens. Assim como também DeNiro, em um papel fora dos padrões que está acostumado a fazer, e Chris Tucker (da franquia “A Hora do Rush”) mais contido e menos neurótico e afetado como de costume.
Para o conhecimento de todos: Desde 1981, com o “Reds” de Warren Beatty, um filme não era indicado às principais categorias do Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor (Russell), Melhor Ator (Cooper), Melhor Atriz (Lawrence, onde é favorita para ganha-lo), Melhor Ator Coadjuvante (DeNiro), Melhor Atriz Coadjuvante (Jacki Weaver). “O Lado Bom da Vida” também foi nomeado a Melhor Roteiro Adaptado (Russell) & Melhor Edição (Jay Cassidy).
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