Passada a festa do Oscar, temos em cartaz na sua cidade, três filmes indicados ao Oscar deste ano. O austríaco “O Amor (Amour, 2012)” que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, já “As Sessões (The Sessions, 2012)” não levou nada na noite da maior festa cinematográfica de Hollywood. Mas ganhou notoriedade pela história tocante de um homem paralisado do pescoço para baixo tentando levar sua vida da melhor forma possível. Assim como “Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild, 2012)”, sobre a luta pela sobrevivência pelos olhos de uma menina de seis (6) anos.
Em “Amor”, temos a história do casal octogenário Georges (Jean-Louis Trintgnant) e Anne (Emmanuelle Riva) onde seu cotidiano em seu pequeno apartamento em Paris é virado de cabeça para baixo com um derrame sofrido por ela. Devido a isso, Anna tem seus movimentos limitados e onde têm que ser cuidada 24 horas pelo marido que necessita da ajuda da filha Eva (Isabelle Huppert).
“Amor” discute a essência “na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, até que a morte nos separe” onde o casal deve aprender com as limitações da idade avançada juntamente com uma situação médica para superar todos os obstáculos à frente. Dirigido por Michael Haneke, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2009 por “A Fita Branca”, tem um olhar nu & cru a respeito nos fazendo refletir sobre a situação do casal e visualizar sobre nós mesmos neste momento peculiar.
Já em “As Sessões”, temos a história de Mark O’Brien (John Hawkes), escritor e poeta, que perdeu os movimentos do corpo do pescoço para baixo devido a poliomielite contraída quando criança. Assim precisa passar boa parte do seu cotidiano dentro de um aparelho chamado “Pulmão de Aço”. Só conseguindo mover a cabeça, Mark tenta se relacionar com o mundo a sua volta. Ele procura ter sua primeira relação sexual, para isso necessita de uma terapeuta. Daí, temos Cheryl Cohen Greene (Helen Hunt, Oscar de melhor atriz por “Melhor Impossível”). Uma especialista em consciência corporal que o inicia nos caminhos do sexo. Sugerida pelo seu melhor amigo, o padre Brendan (William H. Macy de “Fargo, 1996”).
Baseado no livro “On Seeing a Sex Surrogate” do próprio Mark temos uma visão positiva sobre sua situação e não caindo do dramalhão com momentos inusitadas vividas por ele nesta descoberta sobre sua sexualidade devido a sua condição. Hawkes fez um papel com uma leveza e humor surpreendentes, Hunt mostra porque é uma grande atriz sabendo dosar a comédia e a emoção dramática em suas cenas. Macy mostrando todo seu desconforto nas confissões de Mark sobre as sessões com Cheryl e sempre com um ditado bem humorado para encerrar a conversa.
Com “Indomável Sonhadora”, conhecemos a personagem Hushpuppy (Quvenhané Wallis) que vive em uma comunidade pobre à beira de um rio que pode inundar o local em que mora. O pai bêbado Wink (Dwight Henry) tenta cria-la da melhor forma possível, mas é a determinação de Hushpuppy a faz seguir em frente e enfrentar seus maiores medos. O destaque fica para a atuação de Wallis, onde a fantasia e a realidade se misturam em meio à tragédia vivida por ela e o pai depois que uma tempestade destrói a vila que moram. “Indomável Sonhadora” é dirigido por Behn Zeitlin em sua estreia na tela grande.
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